Relação entre escrita acadêmica e identidade é tema de livro da EdUFSCar
São Carlos
Lançamento será no dia 28 de março, às 18 horas, no campus da Universidade, em São Carlos
Fazer reflexões sobre a escrita acadêmica com foco em grupos minoritários e em suas demandas, utilizando o contexto da presença de estudantes indígenas na UFSCar. Esse é um dos objetivos do livro "Escrita acadêmica e identidade à luz da presença indígena na Universidade Federal de São Carlos", de autoria de Maria Sílvia Cintra Martins e Glaucia Regina Gomes de Carvalho e publicado pela EdUFSCar.
De acordo com Martins, docente do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, há alguns anos a temática da escrita acadêmica vem ganhando cada vez mais espaço nos centros de pesquisa nacionais e internacionais. "No Brasil, temos várias pesquisas voltadas ao tema, mas não necessariamente com o nosso foco. Nós temos dois objetivos com o livro: um deles é refletir sobre a questão do que é a escrita acadêmica, que especificidade ela tem em relação às demais e que tipo de trabalho didático-pedagógico tem que ser desenvolvido junto aos graduandos de forma que eles dominem esse tipo de escrita. Já o outro é voltado a chamar a atenção para uma questão particular em diversas universidades: a presença indígena, em cursos de graduação e pós-graduação", descreve a professora.
A pesquisa que deu origem ao livro foi desenvolvida por Carvalho, com orientação de Martins. O estudo teve início no final do ano de 2009 quando estudantes indígenas frequentavam atividades de integração entre ensino, pesquisa e extensão, na UFSCar. "Nessa época, eu atendia muitos alunos indígenas, de diversas áreas do conhecimento, e eles apresentavam questões relacionadas à escrita acadêmica, o que me chamou a atenção", conta Carvalho, que fez seu doutorado em Linguística.
A escrita acadêmica é muito peculiar no que diz respeito ao uso da Língua Portuguesa padrão e aos formatos de textos. Os gêneros típicos desse tipo de escrita são resenha, resumo, relatório, dissertação, tese ente outros, específicos do contexto universitário e, geralmente, os graduandos recém chegados à universidade têm dificuldades em empregá-la. "A pesquisa realizada com os alunos indígenas da UFSCar traz resultados extensivos também a outros grupos da comunidade acadêmica e que, de modo geral, vêm sendo denominados como minoritários, como os afrodescendentes ou estrangeiros. São estudantes que, por questões biográficas e de percurso de estudo, não tiveram tantas oportunidades de dominar esse tipo de escrita previamente ao ingresso na universidade", descreve Martins.
Assim, como é discutido no livro, muitas vezes o aluno não se enxerga nesse tipo de escrita."A nossa grande preocupação é a questão da subjetividade. Quando o estudante pratica os gêneros acadêmicos, ele muitas vezes perde a sensibilidade de colocar aquilo em que acredita, o seu eu, a sua identidade. Ele tem sua maneira própria de escrever, traz crenças e valores que muitas vezes não são bem vistos na Academia", destaca Carvalho.
O livro conta com o prefácio "A escrita acadêmica e as marcas da oralidade", de autoria de Martins; a apresentação que trata da presença indígena na UFSCar; três capítulos ("Estudos do letramento e letramento acadêmico", "A questão da identidade dentro da esfera acadêmica na contemporaneidade" e "Escrita acadêmica à luz da presença indígena na UFSCar"); e fecha com "A universidade e a sua nova identidade: possíveis caminhos a seguir".
O evento de lançamento de "Escrita acadêmica e identidade à luz da presença indígena na Universidade Federal de São Carlos" é aberto ao público e acontece no dia 28 de março, às 18 horas, na Livraria da EdUFSCar, localizada na área externa do prédio da Biblioteca Comunitária (BCo), na área Norte do Campus São Carlos. Mais informações no site da EdUFSCar.
De acordo com Martins, docente do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, há alguns anos a temática da escrita acadêmica vem ganhando cada vez mais espaço nos centros de pesquisa nacionais e internacionais. "No Brasil, temos várias pesquisas voltadas ao tema, mas não necessariamente com o nosso foco. Nós temos dois objetivos com o livro: um deles é refletir sobre a questão do que é a escrita acadêmica, que especificidade ela tem em relação às demais e que tipo de trabalho didático-pedagógico tem que ser desenvolvido junto aos graduandos de forma que eles dominem esse tipo de escrita. Já o outro é voltado a chamar a atenção para uma questão particular em diversas universidades: a presença indígena, em cursos de graduação e pós-graduação", descreve a professora.
A pesquisa que deu origem ao livro foi desenvolvida por Carvalho, com orientação de Martins. O estudo teve início no final do ano de 2009 quando estudantes indígenas frequentavam atividades de integração entre ensino, pesquisa e extensão, na UFSCar. "Nessa época, eu atendia muitos alunos indígenas, de diversas áreas do conhecimento, e eles apresentavam questões relacionadas à escrita acadêmica, o que me chamou a atenção", conta Carvalho, que fez seu doutorado em Linguística.
A escrita acadêmica é muito peculiar no que diz respeito ao uso da Língua Portuguesa padrão e aos formatos de textos. Os gêneros típicos desse tipo de escrita são resenha, resumo, relatório, dissertação, tese ente outros, específicos do contexto universitário e, geralmente, os graduandos recém chegados à universidade têm dificuldades em empregá-la. "A pesquisa realizada com os alunos indígenas da UFSCar traz resultados extensivos também a outros grupos da comunidade acadêmica e que, de modo geral, vêm sendo denominados como minoritários, como os afrodescendentes ou estrangeiros. São estudantes que, por questões biográficas e de percurso de estudo, não tiveram tantas oportunidades de dominar esse tipo de escrita previamente ao ingresso na universidade", descreve Martins.
Assim, como é discutido no livro, muitas vezes o aluno não se enxerga nesse tipo de escrita."A nossa grande preocupação é a questão da subjetividade. Quando o estudante pratica os gêneros acadêmicos, ele muitas vezes perde a sensibilidade de colocar aquilo em que acredita, o seu eu, a sua identidade. Ele tem sua maneira própria de escrever, traz crenças e valores que muitas vezes não são bem vistos na Academia", destaca Carvalho.
O livro conta com o prefácio "A escrita acadêmica e as marcas da oralidade", de autoria de Martins; a apresentação que trata da presença indígena na UFSCar; três capítulos ("Estudos do letramento e letramento acadêmico", "A questão da identidade dentro da esfera acadêmica na contemporaneidade" e "Escrita acadêmica à luz da presença indígena na UFSCar"); e fecha com "A universidade e a sua nova identidade: possíveis caminhos a seguir".
O evento de lançamento de "Escrita acadêmica e identidade à luz da presença indígena na Universidade Federal de São Carlos" é aberto ao público e acontece no dia 28 de março, às 18 horas, na Livraria da EdUFSCar, localizada na área externa do prédio da Biblioteca Comunitária (BCo), na área Norte do Campus São Carlos. Mais informações no site da EdUFSCar.
27/03/2018
13:00:00
14/04/2018
23:59:00
Fabricio Mazocco
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Livro será lançado no dia 28 de março. (Imagem: EdUFSCar)
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