Danças Circulares podem auxiliar cuidadores de pacientes com Alzheimer
São Carlos
Grupo que promove a prática na UFSCar recebe inscrição de voluntários até 25 de maio
Até o dia 25 de maio estão abertas as inscrições para participação no Grupo de Danças Circulares para Cuidadores de Idosos com Alzheimer, promovido no escopo do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar. A iniciativa é gratuita e integra as atividades de pesquisa da doutoranda Julimara Gomes dos Santos, sob orientação de Anielle Takahashi, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
As danças circulares representam um movimento mundial que une danças tradicionais de diversos povos e também danças contemporâneas. A prática é sempre realizada em círculos, de mãos dadas, mas pode ter outros desenhos, danças em duplas, troca de pares, com o intuito de estimular a participação e integração de pessoas de diferentes faixas etárias e condições físicas, sem enfoque na apresentação ou na técnica. Em março de 2017, a dança circular foi reconhecida pelo Ministério da Saúde - por meio da Portaria 489 - como terapia e incluída oficialmente na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPI) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
A pesquisa da UFSCar tem por objetivo avaliar o efeito de um protocolo de 12 semanas de danças circulares em variáveis cognitivas, psicológicas, físicas e relacionadas à síndrome da fragilidade em idosos cuidadores de pacientes com doença de Alzheimer. Por meio do grupo, a ideia é promover a dança circular como forma de contribuir para amenizar os desgastes físico e mental que a tarefa de cuidar de um familiar com Alzheimer pode causar.
De acordo com pesquisadora, a literatura científica aponta que, em geral, a saúde física e psicológica de cuidadores de pessoas com Alzheimer é pior quando comparada a de sujeitos não cuidadores ou de cuidadores de pessoas com outras patologias. Além disso, Santos afirma que o quadro se agrava quando são idosos cuidando de outros idosos, já que os próprios cuidadores estarão vivenciando alterações motoras e cognitivas decorrentes do processo de envelhecimento.
Diante desse contexto, Santos diz que a dança circular mostra-se como uma opção de atividade física prazerosa, não farmacológica, que não exige técnica, e sua prática pode contribuir para a promoção da saúde física e psicológica dos cuidadores e, com isso, retardar o possível desenvolvimento da síndrome da fragilidade entre eles. "Inclusive, o simbolismo de dançar em círculo e de mãos dadas com outros cuidadores que estão passando pelas mesmas dificuldades propicia sensação de pertencimento a um grupo, de igualdade, confiança e sentimentos de união consigo mesmo e com os outros", complementa a doutoranda.
Ela acredita que os resultados da sua pesquisa poderão servir de base para fundamentar e promover a institucionalização das danças circulares no SUS, a partir da PNPI. Além disso, por terem sido recentemente incluídas nessa Política Nacional, a pesquisadora acredita que deve haver um aumento da demanda dessa prática por parte da população e a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para aplicá-la.
O Grupo de Danças Circulares realizará atividades por 12 semanas, sempre às quartas e sextas-feiras, das 16 às 17 horas, na Unidade Saúde-Escola (USE) da UFSCar, que fica na área Norte do Campus São Carlos. Para participar, os voluntários podem ser homens ou mulheres, a partir de 50 anos de idade; e ser o cuidador principal de um familiar com diagnóstico médico da doença de Alzheimer há pelo menos seis meses. Além de praticar a dança circular, o cuidador passará por uma avaliação física, cognitiva e psicossocial no início e no final da pesquisa. Caso o paciente com Alzheimer esteja no estágio leve ou moderado da doença e ainda conseguir caminhar pequenas distâncias, poderá participar, mediante disponibilidade de vagas, de sessões gratuitas de fisioterapia nos mesmos dias e horários em que serão ofertadas as atividades para os seus cuidadores na USE.
Os interessados podem se inscrever diretamente com a pesquisadora, até o dia 25 de maio, pelo e-mail julimaraefi@yahoo.com.br ou pelos telefones (16) 3351-8704 e (33) 99113-2227 (telefone ou WhatsApp). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE 48973315.7.0000.5157 e 62112716.8.0000.5504).
As danças circulares representam um movimento mundial que une danças tradicionais de diversos povos e também danças contemporâneas. A prática é sempre realizada em círculos, de mãos dadas, mas pode ter outros desenhos, danças em duplas, troca de pares, com o intuito de estimular a participação e integração de pessoas de diferentes faixas etárias e condições físicas, sem enfoque na apresentação ou na técnica. Em março de 2017, a dança circular foi reconhecida pelo Ministério da Saúde - por meio da Portaria 489 - como terapia e incluída oficialmente na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPI) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
A pesquisa da UFSCar tem por objetivo avaliar o efeito de um protocolo de 12 semanas de danças circulares em variáveis cognitivas, psicológicas, físicas e relacionadas à síndrome da fragilidade em idosos cuidadores de pacientes com doença de Alzheimer. Por meio do grupo, a ideia é promover a dança circular como forma de contribuir para amenizar os desgastes físico e mental que a tarefa de cuidar de um familiar com Alzheimer pode causar.
De acordo com pesquisadora, a literatura científica aponta que, em geral, a saúde física e psicológica de cuidadores de pessoas com Alzheimer é pior quando comparada a de sujeitos não cuidadores ou de cuidadores de pessoas com outras patologias. Além disso, Santos afirma que o quadro se agrava quando são idosos cuidando de outros idosos, já que os próprios cuidadores estarão vivenciando alterações motoras e cognitivas decorrentes do processo de envelhecimento.
Diante desse contexto, Santos diz que a dança circular mostra-se como uma opção de atividade física prazerosa, não farmacológica, que não exige técnica, e sua prática pode contribuir para a promoção da saúde física e psicológica dos cuidadores e, com isso, retardar o possível desenvolvimento da síndrome da fragilidade entre eles. "Inclusive, o simbolismo de dançar em círculo e de mãos dadas com outros cuidadores que estão passando pelas mesmas dificuldades propicia sensação de pertencimento a um grupo, de igualdade, confiança e sentimentos de união consigo mesmo e com os outros", complementa a doutoranda.
Ela acredita que os resultados da sua pesquisa poderão servir de base para fundamentar e promover a institucionalização das danças circulares no SUS, a partir da PNPI. Além disso, por terem sido recentemente incluídas nessa Política Nacional, a pesquisadora acredita que deve haver um aumento da demanda dessa prática por parte da população e a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para aplicá-la.
O Grupo de Danças Circulares realizará atividades por 12 semanas, sempre às quartas e sextas-feiras, das 16 às 17 horas, na Unidade Saúde-Escola (USE) da UFSCar, que fica na área Norte do Campus São Carlos. Para participar, os voluntários podem ser homens ou mulheres, a partir de 50 anos de idade; e ser o cuidador principal de um familiar com diagnóstico médico da doença de Alzheimer há pelo menos seis meses. Além de praticar a dança circular, o cuidador passará por uma avaliação física, cognitiva e psicossocial no início e no final da pesquisa. Caso o paciente com Alzheimer esteja no estágio leve ou moderado da doença e ainda conseguir caminhar pequenas distâncias, poderá participar, mediante disponibilidade de vagas, de sessões gratuitas de fisioterapia nos mesmos dias e horários em que serão ofertadas as atividades para os seus cuidadores na USE.
Os interessados podem se inscrever diretamente com a pesquisadora, até o dia 25 de maio, pelo e-mail julimaraefi@yahoo.com.br ou pelos telefones (16) 3351-8704 e (33) 99113-2227 (telefone ou WhatsApp). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE 48973315.7.0000.5157 e 62112716.8.0000.5504).
08/05/2018
13:00:00
26/05/2018
23:59:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Grupo de Dança Circular realizado pela pesquisadora em espaço de São Carlos (Foto: Divulgação)
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