Estudo evidencia impactos do Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus
Lagoa do Sino, São Carlos
Artigo é o primeiro a ser publicado sobre a iniciativa
Que imagens estudantes de um cursinho popular constroem sobre a iniciativa? Que significados são atribuídos ao projeto? O cursinho pode intervir no processo de subjetivação de seus estudantes? Estas são algumas das questões que emergem no artigo "Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus da UFSCar Lagoa do Sino: Sujeito, Sentido e Imaginário", publicado no último número da Revista de Estudos de Literatura, Cultura e Alteridade - Igarapé, da Universidade Federal de Rondônia. O artigo tem autoria de Ilka de Oliveira Mota, André Pereira e Leonardo Paes Niero, a primeira docente e os demais servidores técnico-administrativos do Centro de Ciências da Natureza (CCN), sediado no Campus Lagoa do Sino da UFSCar.
O artigo analisa, na perspectiva da Análise do Discurso de cunho materialista, as imagens construídas sobre o Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus por seus alunos, a partir de respostas dadas por esses estudantes à questão "Em sua opinião, em que sentido o Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus tem contribuído para a sua formação e para o desenvolvimento da região?". Dentre outros resultados, a análise indica a projeção de sentidos positivos sobre o Cursinho e, na direção oposta, também de sentidos depreciativos sobre os próprios sujeitos, concluindo, assim, que a iniciativa pode, a partir de um trabalho que incida no processo identitário dos alunos, tentar deslocar sentidos "a fim de que os sujeitos possam ser subjetivados a partir de outro lugar que não seja o do erro, do fracasso, da incapacidade, da incompetência".
Além desses resultados, o artigo também apresenta a realidade socioeconômica e histórica de Campina do Monte Alegre, município mais próximo do Campus Lagoa do Sino, e descreve as condições de produção do Cursinho Popular, registrando sua relação com o ideal de desenvolvimento da região que motivou a implantação do Campus. O Cursinho, hoje, atende 120 pessoas de Campina do Monte Alegre, Buri e Angatuba, com a participação de estudantes dos cinco cursos de graduação do Campus e de servidores técnico-administrativos e alguns docentes. Mais informações sobre a iniciativa podem ser conferidas no site do Cursinho.
O artigo analisa, na perspectiva da Análise do Discurso de cunho materialista, as imagens construídas sobre o Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus por seus alunos, a partir de respostas dadas por esses estudantes à questão "Em sua opinião, em que sentido o Cursinho Popular Carolina Maria de Jesus tem contribuído para a sua formação e para o desenvolvimento da região?". Dentre outros resultados, a análise indica a projeção de sentidos positivos sobre o Cursinho e, na direção oposta, também de sentidos depreciativos sobre os próprios sujeitos, concluindo, assim, que a iniciativa pode, a partir de um trabalho que incida no processo identitário dos alunos, tentar deslocar sentidos "a fim de que os sujeitos possam ser subjetivados a partir de outro lugar que não seja o do erro, do fracasso, da incapacidade, da incompetência".
Além desses resultados, o artigo também apresenta a realidade socioeconômica e histórica de Campina do Monte Alegre, município mais próximo do Campus Lagoa do Sino, e descreve as condições de produção do Cursinho Popular, registrando sua relação com o ideal de desenvolvimento da região que motivou a implantação do Campus. O Cursinho, hoje, atende 120 pessoas de Campina do Monte Alegre, Buri e Angatuba, com a participação de estudantes dos cinco cursos de graduação do Campus e de servidores técnico-administrativos e alguns docentes. Mais informações sobre a iniciativa podem ser conferidas no site do Cursinho.
03/09/2018
13:00:00
06/10/2018
23:59:00
Mariana Pezzo
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
A escritora Carolina Maria de Jesus, homenageada no nome do Cursinho (Imagem: Reprodução)
10914