Estudantes do CCN participam de mutirão de plantio de plantas medicinais

Lagoa do Sino
Plantio em sistema agroflorestal aconteceu em assentamento rural, junto a cooperativa formada por mulheres
No dia 2 de outubro, 14 estudantes do Campus Lagoa do Sino, dos cursos de Ciências Biológicas e Engenharia Agronômica, participaram de mutirão para o plantio de plantas medicinais em sistema agroflorestal (SAF) no Sítio Panela Cheia, localizado no assentamento rural Pirituba, no município de Itapeva (SP). A atividade está vinculada ao projeto de extensão "Pesquisa, capacitação e desenvolvimento tecnológico em Agroecologia", coordenado por Henrique Carmona Duval, docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN), que também participou da atividade.

O projeto coordenado por Carmona reúne atividades de ensino, pesquisa e extensão com incidência na agricultura familiar em quatro territórios: Sudoeste Paulista (que abrange municípios no entorno do Campus Lagoa do Sino); o Alto Vale do Ribeira; a região de São Carlos e Araraquara (identificada como Território Central do Estado de São Paulo); e o Sul de Minas (na região da Serra da Mantiqueira, próximo a Itajubá e Maria da Fé). O coordenador explica que as ações sempre partem de diagnósticos participativos junto aos chamados grupos de referência (grupos que já desenvolvem experiências em agroecologia no território), que levantam demandas e subsidiam as propostas de ações a serem desenvolvidas. No caso do Sítio Panela Cheia, um grupo de referência é justamente a Cooperativa de Plantas Medicinais (Cooplantas), formada por mulheres.

Carmona conta que a Cooperativa atua há bastante tempo na produção, processamento e comercialização de plantas medicinais, com certificação de produção orgânica há 11 anos. A implantação do SAF, no entanto, é uma novidade. "Já havia o planejamento de implantação do SAF, que foi acelerado pelo fato de, cerca de um mês atrás, uma das áreas coletivas em que há plantio ter sido incendiada. A iniciativa, assim, teve também o objetivo de resgatar a autoestima dessas mulheres depois do ataque", registra o docente. Carmona conta que a unidade de processamento existente no local é bastante complexa, com produção de plantas desidratadas, pomadas, tinturas e cosméticos, e que inclusive há um arranjo produtivo com a Prefeitura Municipal de Itapeva que leva essa produção ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O docente destaca a auto-organização dos estudantes para a realização do mutirão, bem como a oportunidade de integração entre ensino, pesquisa e extensão vivenciada no âmbito do projeto como um todo. "Além de atividades dessa natureza colocarem em perspectiva os conhecimentos apresentados em sala de aula, também há pesquisas em andamento no SAF implantado no próprio Campus, e ações na comunidade - como o mutirão - inserem a extensão no projeto. Assim, os estudantes vivenciam os pilares de implantação do Campus na teoria e na prática", avalia o coordenador. Ele explica que, especificamente no mutirão, houve a participação de um grupo de estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias (Fait) de Itapeva, por meio de parceria com docente da Instituição, que deve resultar em um termo de cooperação técnica entre as duas instituições.
15/10/2018
15:00:00
05/11/2018
23:59:00
Mariana Pezzo
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Participantes se dividiram em setores para a realização do mutirão (Foto: Divulgação)
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