Pesquisa avalia músculos e marcha de portadores de artrose no quadril

São Carlos
Resultados podem contribuir para tratamentos mais eficazes e para a qualidade de vida de quem sofre com o problema
Avaliar a marcha e a força dos músculos que envolvem a articulação do quadril. Esse é o principal objetivo de pesquisa de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar. De acordo com os pesquisadores, os resultados podem contribuir para a aplicação de tratamentos mais eficazes e para a melhor qualidade de vida de pessoas que sofrem com a osteoartrite (artrose) de quadril.

O trabalho é realizado pela mestranda Cristiane de Sousa Melo, sob orientação de Paula Regina Serrão, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e coorientação de Luiz Fernando Selistre, também professor do DFisio. De acordo com Melo, as avaliações propostas na pesquisa visam um melhor entendimento sobre as alterações que podem ocorrer em indivíduos afetados pelo desgaste do quadril. Conforme explica a pesquisadora, a avaliação da força dos músculos do quadril é importante já que eles são uma das estruturas do corpo responsáveis pelo movimento adequado dessa articulação. Esses movimentos são principalmente aqueles que ocorrem durante atividades funcionais como a marcha. "A partir dos resultados obtidos com as avaliações da força muscular, será possível verificar se existe fraqueza muscular do quadril e se as alterações estão comprometendo os movimentos da articulação, gerando desajustes no padrão da marcha, e prejudicando a capacidade funcional de quem sofre com a artrose do quadril", detalha.

De acordo com a mestranda, a expectativa é que o estudo traga uma melhor compreensão sobre a força muscular, o comprometimento da capacidade funcional e os impactos na qualidade de vida de pessoas nas fases iniciais do desgaste do quadril. "Esperamos também que os resultados contribuam para a reabilitação fisioterapêutica em si e para que o profissional possa reconhecer a importância das alterações que ocorrem já nos graus iniciais da doença e, assim, auxiliá-lo na busca de um tratamento mais eficaz, retardando o aparecimento de complicações funcionais decorrentes da progressão da doença", destaca Melo.

Para realizar o estudo, estão sendo convidados homens ou mulheres, com idade acima de 40 anos, que tenham, ou não, dor e/ou desgaste no quadril. As pessoas não podem ter feito cirurgia cardíaca, nas pernas ou na coluna, não podem ter sofrido AVC ou ter diagnóstico de demência ou Parkinson, e devem conseguir caminhar sem apoio de bengalas, muletas ou andador, e ter índice de massa corporal menor que 35kg/m². Os voluntários passarão por testes e avaliações nos laboratórios de Avaliação e Intervenção em Ortopedia e Traumatologia (Laiot) e de Reumatologia e Reabilitação da Mão (LaPReM), do DFisio, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.

Os interessados devem entrar em contato com a pesquisadora até o início do mês de agosto deste ano, pelos telefones (16) 99107-1919 (ligação e WhatsApp), (16) 3351-6575 ou pelo e-mail cristianemelofisio19@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 08630819.5.0000.5504).
14/06/2019
13:00:00
30/06/2019
23:59:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Pesquisa avalia dor e desgaste no quadril (Foto: Pixabay)
11702