Docente da UFSCar integra ação de enfrentamento à resistência microbiana
São Carlos
Rosely Figueiredo está entre as duas brasileiras que participaram da elaboração de material sobre o tema
Uma ação colaborativa entre cientistas de universidades de diferentes países desenvolveu um quadro de competências sobre a utilização adequada de antibióticos, dirigido à formação de estudantes de graduação em cursos da área da Saúde. A elaboração do material foi coordenada por Molly Courtenay, da Universidade de Cardiff, do Reino Unido, e contou com a participação da professora Rosely Moralez de Figueiredo, do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar, dentre outros pesquisadores.
Infecções que não podem ser facilmente tratadas com antibióticos representam uma séria ameaça para a saúde humana em todo o mundo. Uma vez que a exposição aos antibióticos estimula a seleção de linhagens de bactérias mais resistentes, é essencial que esses medicamentos sejam utilizados apenas quando forem estritamente necessários. No entanto, o uso racional dessas substâncias não é comum.
Diante desse problema, surgiu a necessidade de elaborar um quadro de competências reunindo conteúdos básicos sobre a resistência microbiana, os quais devem ser abordados em todos os cursos de graduação na área da Saúde. Rosely Figueiredo aponta que, atualmente, o tema é trabalhado na formação dos estudantes de Medicina, que serão os profissionais responsáveis pela prescrição dos antibióticos. No entanto, a proposta do quadro de competências foi identificar o que outros futuros profissionais envolvidos no processo - como enfermeiros, farmacêuticos e microbiologistas - também precisam saber sobre o assunto.
A maior parte do grupo de pesquisadores que elaborou o material é da área da Enfermagem. Para Figueiredo, a avaliação da Enfermagem contribui substancialmente na escolha do antibiótico e da via de administração mais adequados, e até mesmo na comprovação da eficácia do medicamento escolhido. "A Enfermagem é a responsável pela etapa de administração dos antimicrobianos no paciente internado, por exemplo. É quem melhor pode identificar problemas com a via de administração e perceber os primeiros sinais de infecção como febre e secreção", explica a docente sobre a importância da atuação dos enfermeiros e por que eles também precisam de amplo conhecimento sobre resistência microbiana e manejo de antibióticos.
"O problema da resistência microbiana é de interesse mundial e vai, inclusive, além da área da Saúde. Precisamos gerenciar de forma adequada o uso de antimicrobianos para preservar certas drogas e garantir a possibilidade de tratamentos seguros de infecções", conclui Figueiredo.
Na elaboração do material, a professora da UFSCar atuou ao lado de Maria Clara Padoveze, docente da Universidade de São Paulo (USP), que foi a outra brasileira a integrar o grupo internacional, no processo de validação das competências. A parceria resultou, também, em um capítulo de livro e artigo publicado sobre o tema no The Journal of Hospital Infection.
Infecções que não podem ser facilmente tratadas com antibióticos representam uma séria ameaça para a saúde humana em todo o mundo. Uma vez que a exposição aos antibióticos estimula a seleção de linhagens de bactérias mais resistentes, é essencial que esses medicamentos sejam utilizados apenas quando forem estritamente necessários. No entanto, o uso racional dessas substâncias não é comum.
Diante desse problema, surgiu a necessidade de elaborar um quadro de competências reunindo conteúdos básicos sobre a resistência microbiana, os quais devem ser abordados em todos os cursos de graduação na área da Saúde. Rosely Figueiredo aponta que, atualmente, o tema é trabalhado na formação dos estudantes de Medicina, que serão os profissionais responsáveis pela prescrição dos antibióticos. No entanto, a proposta do quadro de competências foi identificar o que outros futuros profissionais envolvidos no processo - como enfermeiros, farmacêuticos e microbiologistas - também precisam saber sobre o assunto.
A maior parte do grupo de pesquisadores que elaborou o material é da área da Enfermagem. Para Figueiredo, a avaliação da Enfermagem contribui substancialmente na escolha do antibiótico e da via de administração mais adequados, e até mesmo na comprovação da eficácia do medicamento escolhido. "A Enfermagem é a responsável pela etapa de administração dos antimicrobianos no paciente internado, por exemplo. É quem melhor pode identificar problemas com a via de administração e perceber os primeiros sinais de infecção como febre e secreção", explica a docente sobre a importância da atuação dos enfermeiros e por que eles também precisam de amplo conhecimento sobre resistência microbiana e manejo de antibióticos.
"O problema da resistência microbiana é de interesse mundial e vai, inclusive, além da área da Saúde. Precisamos gerenciar de forma adequada o uso de antimicrobianos para preservar certas drogas e garantir a possibilidade de tratamentos seguros de infecções", conclui Figueiredo.
Na elaboração do material, a professora da UFSCar atuou ao lado de Maria Clara Padoveze, docente da Universidade de São Paulo (USP), que foi a outra brasileira a integrar o grupo internacional, no processo de validação das competências. A parceria resultou, também, em um capítulo de livro e artigo publicado sobre o tema no The Journal of Hospital Infection.
09/10/2019
13:00:00
19/10/2019
23:59:00
Gisele Bicaletto
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Quadro prevê competências que devem ser trabalhadas na formação profissional (Foto: Freepik)
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