Projeto na USE acompanha crianças e adolescentes após a alta
São Carlos
Casos são avaliados pelos docentes e podem ter acompanhamento na Unidade, em casa e na escola
Um projeto de extensão desenvolvido na Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar oferece acompanhamento aos usuários que recebem alta dos serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional na Linha de Cuidados da Infância e Adolescência (LCIA). Em 2019, 20 usuários estão em acompanhamento entre os que já receberam alta e outros que estão em processo de alta.
Atualmente, a LCIA da USE atende cerca de 150 crianças e adolescentes nas áreas de Fisioterapia, cujo público é formado por bebês em risco e por crianças de qualquer faixa etária em condições que comprometam o desenvolvimento neuromotor; Terapia Ocupacional (TO), com foco em Saúde Mental e em casos de disfunção física; e Medicina, que atende a população pediátrica em especialidades como Gastroenterologia, Imunologia e Nefrologia. Além dos pacientes, os familiares também são integrados aos cuidados da USE.
De acordo com Ana Carolina Campos, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora da LCIA, o projeto da alta monitorada é realizado desde 2016 e surgiu como uma forma de continuar dando apoio ao paciente e mantendo o vínculo entre o serviço de saúde, o usuário e sua família. "Felizmente, com a melhora na qualidade do cuidado, a população com desordens do desenvolvimento tem tido uma expectativa de vida cada vez mais longa. No entanto, constatamos que, uma vez que recebem alta dos serviços pediátricos, os espaços de saúde com foco em adultos nem sempre oferecem um cuidado tão especializado quanto os pacientes infanto-juvenis necessitam. Além disso, como acompanhamos os pacientes e suas famílias por muitos anos, existe um vínculo entre eles e o nosso serviço para o qual damos muito valor", relata a docente. O acompanhamento daqueles que já tiveram alta pode acontecer na própria USE ou por meio de visitas domiciliares e nas escolas, conforme a necessidade de cada caso.
A docente explica que a transição da infância para a adolescência, e depois para a vida adulta, são fases muito importantes no cuidado em saúde de pessoas com deficiência. Em geral, essas etapas são acompanhadas de mudanças consideráveis como aumento da independência e autonomia e por maiores desafios impostos aos cuidadores, principalmente no caso de pacientes que têm maior grau de dependência. "O papel da equipe de saúde é apoiar as decisões dos jovens e suas famílias na busca por soluções que maximizem a autonomia e a qualidade de vida. Por vezes, nosso papel é mais específico, como descrever um equipamento assistivo. Outras vezes, precisamos acionar outros profissionais para abordar desafios que surgem nessa fase, como apoio psicológico e de serviço social. Demandas relacionadas a orientação emocional e vocacional são extremamente importantes nessa fase. É um trabalho realmente interprofissional", afirma Campos.
O acompanhamento da alta monitorada pode ser domiciliar para orientação sobre cuidados da vida diária e também pode ser feito por meio de visitas escolares, quando são identificadas demandas de apoio na escola, como orientação a professores sobre indicações e contra-indicações de atividades com a criança ou o adolescente. Campos aponta que, em alguns casos específicos, os pacientes podem retornar temporariamente para o atendimento regular na USE.
Não há um limite para o tempo de acompanhamento da alta monitorada. A proposta é acompanhar os sujeitos enquanto eles sentirem necessidade. Todo o trabalho é realizado com a participação de alunos de graduação em estágio na USE ou voluntários, sempre sob supervisão de docentes e profissionais da Unidade.
Campos destaca que o resultado da alta monitorada tem sido positivo e gratificante. "É especial para nós acompanharmos a trajetória adentrando a vida adulta de usuários que cuidamos enquanto crianças, de forma humanizada e mantendo o vínculo com o serviço. Além disso, percebemos que as famílias apresentam menos apreensão quando os pacientes recebem alta, pois sabem que poderão continuar recebendo apoio quando precisarem", conclui a docente.
Atualmente, a LCIA da USE atende cerca de 150 crianças e adolescentes nas áreas de Fisioterapia, cujo público é formado por bebês em risco e por crianças de qualquer faixa etária em condições que comprometam o desenvolvimento neuromotor; Terapia Ocupacional (TO), com foco em Saúde Mental e em casos de disfunção física; e Medicina, que atende a população pediátrica em especialidades como Gastroenterologia, Imunologia e Nefrologia. Além dos pacientes, os familiares também são integrados aos cuidados da USE.
De acordo com Ana Carolina Campos, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora da LCIA, o projeto da alta monitorada é realizado desde 2016 e surgiu como uma forma de continuar dando apoio ao paciente e mantendo o vínculo entre o serviço de saúde, o usuário e sua família. "Felizmente, com a melhora na qualidade do cuidado, a população com desordens do desenvolvimento tem tido uma expectativa de vida cada vez mais longa. No entanto, constatamos que, uma vez que recebem alta dos serviços pediátricos, os espaços de saúde com foco em adultos nem sempre oferecem um cuidado tão especializado quanto os pacientes infanto-juvenis necessitam. Além disso, como acompanhamos os pacientes e suas famílias por muitos anos, existe um vínculo entre eles e o nosso serviço para o qual damos muito valor", relata a docente. O acompanhamento daqueles que já tiveram alta pode acontecer na própria USE ou por meio de visitas domiciliares e nas escolas, conforme a necessidade de cada caso.
A docente explica que a transição da infância para a adolescência, e depois para a vida adulta, são fases muito importantes no cuidado em saúde de pessoas com deficiência. Em geral, essas etapas são acompanhadas de mudanças consideráveis como aumento da independência e autonomia e por maiores desafios impostos aos cuidadores, principalmente no caso de pacientes que têm maior grau de dependência. "O papel da equipe de saúde é apoiar as decisões dos jovens e suas famílias na busca por soluções que maximizem a autonomia e a qualidade de vida. Por vezes, nosso papel é mais específico, como descrever um equipamento assistivo. Outras vezes, precisamos acionar outros profissionais para abordar desafios que surgem nessa fase, como apoio psicológico e de serviço social. Demandas relacionadas a orientação emocional e vocacional são extremamente importantes nessa fase. É um trabalho realmente interprofissional", afirma Campos.
O acompanhamento da alta monitorada pode ser domiciliar para orientação sobre cuidados da vida diária e também pode ser feito por meio de visitas escolares, quando são identificadas demandas de apoio na escola, como orientação a professores sobre indicações e contra-indicações de atividades com a criança ou o adolescente. Campos aponta que, em alguns casos específicos, os pacientes podem retornar temporariamente para o atendimento regular na USE.
Não há um limite para o tempo de acompanhamento da alta monitorada. A proposta é acompanhar os sujeitos enquanto eles sentirem necessidade. Todo o trabalho é realizado com a participação de alunos de graduação em estágio na USE ou voluntários, sempre sob supervisão de docentes e profissionais da Unidade.
Campos destaca que o resultado da alta monitorada tem sido positivo e gratificante. "É especial para nós acompanharmos a trajetória adentrando a vida adulta de usuários que cuidamos enquanto crianças, de forma humanizada e mantendo o vínculo com o serviço. Além disso, percebemos que as famílias apresentam menos apreensão quando os pacientes recebem alta, pois sabem que poderão continuar recebendo apoio quando precisarem", conclui a docente.
17/12/2019
13:00:00
04/01/2020
23:59:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Reunião com adolescentes em alta monitorada em 2019 (Foto: Ana Carolina Campos)
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