Pesquisa avalia relação entre controle glicêmico e alterações vasculares

São Carlos
Projeto da UFSCar convida voluntários a partir dos 60 anos e que tenham diagnóstico de diabetes
Uma pesquisa realizada na UFSCar tem o objetivo de avaliar a influência do controle glicêmico na rigidez arterial e no desempenho funcional de idosos portadores de diabetes tipo 2. Para desenvolver o estudo, os pesquisadores estão convidando voluntários que farão testes e exames gratuitos na Universidade.

De acordo com Alessandro Heubel, doutorando que integra o grupo da pesquisa, a escolha da temática foi motivada pelo desafio de se estudar uma doença crônica, como o diabetes tipo 2, que afeta mais de 20% da população idosa no Brasil e é responsável direta por mais de 50 mil mortes anuais. O diabetes consiste no aumento persistente do açúcar no sangue, resultado da deficiência na produção e/ou ação da insulina (hormônio que metaboliza carboidratos e açúcares). Entre as principais consequências da doença estão o maior risco de acidente vascular cerebral e de infarto agudo e complicações como cegueira, insuficiência renal e amputação dos pés.

Além disso, Heubel diz que há estudos que já vêm demonstrando que um controle glicêmico deficiente pode acelerar o aparecimento de outras complicações como mudanças estruturais no sistema circulatório e alterações nos vasos sanguíneos. "Isso pode prejudicar o aporte de nutrientes ao sistema muscular, o que levaria ao declínio da força muscular e dificuldade em atividades como andar, sentar e levantar, que são essenciais para a independência da pessoa idosa", afirma o pesquisador.

A expectativa é que o trabalho comprove que os idosos com diabetes e controle glicêmico insatisfatório apresentam maior rigidez de vasos sanguíneos e pior desempenho funcional quando comparados àqueles que tenham bom controle da glicemia. "A partir dessa confirmação, esperamos contribuir com a proposição de estratégias específicas, objetivando a redução do risco de complicações cardiovasculares associadas ao diabetes", aponta Alessandro Heubel.

Para desenvolver o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, a partir dos 60 anos, que tenham diagnóstico de diabetes. Os participantes farão exame de sangue e passarão por avaliação do sistema circulatório e testes físicos da marcha e força muscular das pernas, no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. Os interessados devem entrar em contato com os pesquisadores até o final de junho, pelo telefone (16) 3306-6704 ou pelo WhatsApp nos números (14) 99797-7887 ou (16) 99616-9854.

A pesquisa é realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob supervisão de Renata Gonçalves Mendes, docente do DFisio, e tem a participação dos pós-graduandos Erika Kabbach e Alessandro Heubel e dos graduandos Guilherme Migliato e Isabella Russo. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 72773917.7.0000.5504).
03/03/2020
13:00:00
20/03/2020
23:59:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Testes serão realizados no Departamento de Fisioterapia da UFSCar (Foto: Arquivo CCS/UFSCar)
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