Comitê da UFSCar apresenta análise sobre evolução do Coronavírus
Araras, Sorocaba, Lagoa do Sino, São Carlos
Estudo compara cenários de São Carlos e Sorocaba com a realidade do Brasil e do Estado de São Paulo
O Comitê de Controle e Cuidados em relação ao Novo Coronavírus da UFSCar elaborou uma análise epidemiológica transversal dos dados divulgados publicamente até o último dia 4 de maio sobre o número de casos da Covid-19 no Brasil, no Estado de São Paulo e nas cidades de São Carlos e Sorocaba onde a UFSCar tem campus universitário.
O levantamento realizado demonstrou que as curvas do acúmulo do número de casos nos locais estudados estão em ascensão e que o ritmo de crescimento do número de casos tem sido diferente entre o Brasil, o Estado e os municípios de São Carlos e de Sorocaba. Em relação a São Carlos, verificou-se que a pandemia é de início mais recente e encontra-se a uma taxa de crescimento mais ascendente do que a registrada no Brasil e no Estado neste momento, ainda que menor que a de Sorocaba.
Já com relação à velocidade do crescimento, as cidades de São Carlos e Sorocaba se encontram em evolução mais lenta, o que, de acordo com o Comitê, pode ser efeito de diferenças na intensidade e precocidade de implantação das medidas de isolamento social, assim como da idade da pandemia em cada lugar. "Quanto menor o tempo acumulado desde o primeiro caso, e quanto mais rigorosas e precoces as medidas de isolamento social, mais lento é o acúmulo do número de casos até o momento presente, considerando a fase em que a epidemia ainda não alcançou seu ápice quantitativo", afirma Bernardino Geraldo Alves Souto, professor do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar e Presidente do Comitê.
O estudo demonstra também como foi nítida a redução do ritmo de crescimento do número de novos casos da pandemia relacionada à adoção das medidas de isolamento social. "Entretanto, há demanda por ampliação dessas medidas uma vez que o ritmo de crescimento em todos os locais estudados ainda se encontra em inclinação ascendente", pondera Souto.
O professor destaca que "apesar da redução nas taxas de crescimento relacionadas às medidas de isolamento social, a pandemia ainda está em fase de crescimento no País, no Estado e nos municípios estudados. Portanto, ainda não alcançou seu ápice antes da fase de estabilização para posterior queda".
De acordo com o Comitê de Controle e Cuidados em relação ao Novo Coronavírus da UFSCar, as taxas de isolamento social e a testagem diagnóstica precisam ser ampliadas para melhor controlar o crescimento do número de casos que ainda é exponencial. "Isso significa que o momento atual ainda exige rigor em relação às medidas de quarentena, de isolamento de doentes, e de distanciamento e isolamento social, entre outras ações", conclui o Presidente. Os resultados do estudo na íntegra podem ser conferidos neste documento.
Araras e Buri
Outras duas cidades que também têm campus da UFSCar - Araras e Buri - não foram incluídas na análise realizada pelo Comitê. O motivo é que em Buri não havia nenhum caso registrado e publicamente disponível da Covid-19 até o dia 4 de maio. Os dados de Araras não foram alcançados em nível de detalhamento suficiente para a análise realizada.
O levantamento realizado demonstrou que as curvas do acúmulo do número de casos nos locais estudados estão em ascensão e que o ritmo de crescimento do número de casos tem sido diferente entre o Brasil, o Estado e os municípios de São Carlos e de Sorocaba. Em relação a São Carlos, verificou-se que a pandemia é de início mais recente e encontra-se a uma taxa de crescimento mais ascendente do que a registrada no Brasil e no Estado neste momento, ainda que menor que a de Sorocaba.
Já com relação à velocidade do crescimento, as cidades de São Carlos e Sorocaba se encontram em evolução mais lenta, o que, de acordo com o Comitê, pode ser efeito de diferenças na intensidade e precocidade de implantação das medidas de isolamento social, assim como da idade da pandemia em cada lugar. "Quanto menor o tempo acumulado desde o primeiro caso, e quanto mais rigorosas e precoces as medidas de isolamento social, mais lento é o acúmulo do número de casos até o momento presente, considerando a fase em que a epidemia ainda não alcançou seu ápice quantitativo", afirma Bernardino Geraldo Alves Souto, professor do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar e Presidente do Comitê.
O estudo demonstra também como foi nítida a redução do ritmo de crescimento do número de novos casos da pandemia relacionada à adoção das medidas de isolamento social. "Entretanto, há demanda por ampliação dessas medidas uma vez que o ritmo de crescimento em todos os locais estudados ainda se encontra em inclinação ascendente", pondera Souto.
O professor destaca que "apesar da redução nas taxas de crescimento relacionadas às medidas de isolamento social, a pandemia ainda está em fase de crescimento no País, no Estado e nos municípios estudados. Portanto, ainda não alcançou seu ápice antes da fase de estabilização para posterior queda".
De acordo com o Comitê de Controle e Cuidados em relação ao Novo Coronavírus da UFSCar, as taxas de isolamento social e a testagem diagnóstica precisam ser ampliadas para melhor controlar o crescimento do número de casos que ainda é exponencial. "Isso significa que o momento atual ainda exige rigor em relação às medidas de quarentena, de isolamento de doentes, e de distanciamento e isolamento social, entre outras ações", conclui o Presidente. Os resultados do estudo na íntegra podem ser conferidos neste documento.
Araras e Buri
Outras duas cidades que também têm campus da UFSCar - Araras e Buri - não foram incluídas na análise realizada pelo Comitê. O motivo é que em Buri não havia nenhum caso registrado e publicamente disponível da Covid-19 até o dia 4 de maio. Os dados de Araras não foram alcançados em nível de detalhamento suficiente para a análise realizada.
11/05/2020
11/05/2020
13:30:00
23/05/2020
23:59:00
João Eduardo Justi
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Resultados indicam necessidade de ampliação das taxas de isolamento social (Foto: Pixabay)
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