Aluno da UFSCar cria comunidade de palhaços para alegrar escolas
Sorocaba
Comunidade de Palhaços Aprendedores será lançada hoje, dia 13 de outubro
"Se tem palhaço em hospital, por que não pode ter na escola? Por que temos palhaços em hospitais - os Doutores da Alegria - e não nas escolas públicas, que igualmente estão tão tristes?". Esse foi o questionamento apresentado pelo aluno Varlei Xavier ao professor e coordenador do Master in Business Innovation (MBI) da UFSCar, Cesar Alves Ferragi. As perguntas levaram o aluno a idealizar, no escopo do curso de especialização, uma comunidade online de palhaços profissionais.
Além disso, a ideia rendeu uma outra iniciativa paralela, denominada Comunidade de Palhaços Aprendedores, que propõe formar e levar palhaços voluntários para as escolas públicas de diversas escolas do Brasil. "A ação tem como base a ideia de que os palhaços aprendedores façam financiamentos coletivos em suas cidades e, a partir dessa sustentabilidade econômica (a chamada economia colaborativa), possam atuar dentro de escolas públicas em suas localidades - especialmente para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental", conta Xavier, que enfatiza o foco na mobilização das comunidades e dos artistas e educadores envolvidos.
Com base no TEDx "Tem Palhaço na sala de aula" (https://bit.ly/3iVIdXl), de autoria do próprio aluno - que é educador e palhaço, a ideia foi desenvolvida na disciplina "Comunidade Vs Audiência", no módulo Startup Innovation do MBI, ministrada pela professora e empreendedora social Monique Evelle. "A Monique tem comunidades ativas no LinkedIn. Ela estimula os alunos a criarem comunidades virtuais para tirarem suas ideias do papel e empreenderem. Eu estive o tempo todo com ela, apoiando a preparação da aula conjuntamente, pensando no desenho de experiência - "Experience Design", uma das linhas de pesquisa do meu grupo no CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. A Monique pediu para os alunos fazerem um chamado, algo simples e executável, e o Varlei Xavier seguiu o chamado, abrindo uma comunidade do Facebook", relembra o coordenador do MBI.
Para viabilizar o projeto, Xavier, com o apoio de sua esposa Roberta Conde Xavier e outros estudantes do curso - Andressa Alves de Oliveira, Inês de Carvalho e Nadim Battistette Cayres Maluf - aplicaram a Metodologia Palhaço Aprende e usaram diversos filtros para selecionar as pessoas que realmente poderiam fazer parte dessas comunidades. "Além disso, fizemos uma filtragem e inicialmente escolhemos os interessados em serem Palhaços Aprendedores profissionais. E com os voluntários nós vamos abrir a segunda comunidade, de formação de voluntários para atuação nas escolas", detalha Xavier.
A Comunidade de Palhaços Aprendedores (formada por palhaços profissionais) - que hoje, já reúne 30 pessoas de três regiões de seis estados do País -, será lançada no dia 13 de outubro, por ocasião do Dia Internacional do Fracasso (10 de outubro), criado na Finlândia. "Esse é um dia importante porque celebra o fracasso, e ele é crucial para a inovação", explica Ferragi.
Manifesto do Palhaço Aprendedor
Outro fruto do envolvimento de alunos e professores foi a elaboração do Manifesto do Palhaço Apreendedor. "Após conversar com o Varlei e assistir ao TEDx, tive um sonho, dormindo, que conversava com palhaços aprendedores dentro das escolas do Brasil", conta Ferragi. O Manifesto está disponível em formato de texto no site https://bit.ly/3duL8VS e em áudio, no site https://bit.ly/2H53SPl.
Essa diversificação de formatos e ideias vai ao encontro da proposta do MBI da UFSCar, que curso possui como base epistemológica a chamada Teoria U, elaborada pelo professor Otto Scharmer, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, segunda a qual, entre outras questões, não é possível inovar e entender um sistema a não ser quando tentamos transformá-lo. "Muitas vezes a inovação é entendida como uma força gentrificadora, confinada a meios tecnológicos e com uma linguagem excludente, que empurra para fora aqueles que não falam tal linguagem. Nós, da UFSCar, temos o compromisso de democratizar a inovação, incluindo a inovação social nas relações contemporâneas. Precisamos de tecnologia, mas ela não está no centro. É o ser humano que está no centro, tendo a tecnologia como apoio", afirma Ferragi. "Enquanto docente e coordenador de pós-graduação, percebo que hoje, mais do que nunca, não precisamos apenas um professor - mas de artistas-professores, que é como me entendo na UFSCar", avalia Ferragi.
Saiba mais sobre a Comunidade dos Palhaços Aprendedores nos perfis do Instagram: instagram.com/varleixavier, instagram.com/robi_cx e instagram.com/palhacoaprende.
Além disso, a ideia rendeu uma outra iniciativa paralela, denominada Comunidade de Palhaços Aprendedores, que propõe formar e levar palhaços voluntários para as escolas públicas de diversas escolas do Brasil. "A ação tem como base a ideia de que os palhaços aprendedores façam financiamentos coletivos em suas cidades e, a partir dessa sustentabilidade econômica (a chamada economia colaborativa), possam atuar dentro de escolas públicas em suas localidades - especialmente para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental", conta Xavier, que enfatiza o foco na mobilização das comunidades e dos artistas e educadores envolvidos.
Com base no TEDx "Tem Palhaço na sala de aula" (https://bit.ly/3iVIdXl), de autoria do próprio aluno - que é educador e palhaço, a ideia foi desenvolvida na disciplina "Comunidade Vs Audiência", no módulo Startup Innovation do MBI, ministrada pela professora e empreendedora social Monique Evelle. "A Monique tem comunidades ativas no LinkedIn. Ela estimula os alunos a criarem comunidades virtuais para tirarem suas ideias do papel e empreenderem. Eu estive o tempo todo com ela, apoiando a preparação da aula conjuntamente, pensando no desenho de experiência - "Experience Design", uma das linhas de pesquisa do meu grupo no CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. A Monique pediu para os alunos fazerem um chamado, algo simples e executável, e o Varlei Xavier seguiu o chamado, abrindo uma comunidade do Facebook", relembra o coordenador do MBI.
Para viabilizar o projeto, Xavier, com o apoio de sua esposa Roberta Conde Xavier e outros estudantes do curso - Andressa Alves de Oliveira, Inês de Carvalho e Nadim Battistette Cayres Maluf - aplicaram a Metodologia Palhaço Aprende e usaram diversos filtros para selecionar as pessoas que realmente poderiam fazer parte dessas comunidades. "Além disso, fizemos uma filtragem e inicialmente escolhemos os interessados em serem Palhaços Aprendedores profissionais. E com os voluntários nós vamos abrir a segunda comunidade, de formação de voluntários para atuação nas escolas", detalha Xavier.
A Comunidade de Palhaços Aprendedores (formada por palhaços profissionais) - que hoje, já reúne 30 pessoas de três regiões de seis estados do País -, será lançada no dia 13 de outubro, por ocasião do Dia Internacional do Fracasso (10 de outubro), criado na Finlândia. "Esse é um dia importante porque celebra o fracasso, e ele é crucial para a inovação", explica Ferragi.
Manifesto do Palhaço Aprendedor
Outro fruto do envolvimento de alunos e professores foi a elaboração do Manifesto do Palhaço Apreendedor. "Após conversar com o Varlei e assistir ao TEDx, tive um sonho, dormindo, que conversava com palhaços aprendedores dentro das escolas do Brasil", conta Ferragi. O Manifesto está disponível em formato de texto no site https://bit.ly/3duL8VS e em áudio, no site https://bit.ly/2H53SPl.
Essa diversificação de formatos e ideias vai ao encontro da proposta do MBI da UFSCar, que curso possui como base epistemológica a chamada Teoria U, elaborada pelo professor Otto Scharmer, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, segunda a qual, entre outras questões, não é possível inovar e entender um sistema a não ser quando tentamos transformá-lo. "Muitas vezes a inovação é entendida como uma força gentrificadora, confinada a meios tecnológicos e com uma linguagem excludente, que empurra para fora aqueles que não falam tal linguagem. Nós, da UFSCar, temos o compromisso de democratizar a inovação, incluindo a inovação social nas relações contemporâneas. Precisamos de tecnologia, mas ela não está no centro. É o ser humano que está no centro, tendo a tecnologia como apoio", afirma Ferragi. "Enquanto docente e coordenador de pós-graduação, percebo que hoje, mais do que nunca, não precisamos apenas um professor - mas de artistas-professores, que é como me entendo na UFSCar", avalia Ferragi.
Saiba mais sobre a Comunidade dos Palhaços Aprendedores nos perfis do Instagram: instagram.com/varleixavier, instagram.com/robi_cx e instagram.com/palhacoaprende.
13/10/2020
13:00:00
19/10/2020
12:00:00
Denise Britto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Varlei Xavier, idealizador da comunidade virtual de palhaços (Foto: Palhaço Aprende)
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