Estudo avalia impacto do distanciamento em crianças com deficiência

Araras, Lagoa do Sino, Sorocaba, São Carlos
Pesquisa é realizada em parceria entre a UFSCar e a UFPR e busca voluntários
Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, pretende avaliar o impacto do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 em crianças e adolescentes, entre 3 e 17 anos, com deficiência motora ou intelectual. O estudo é realizado pela doutoranda Beatriz Helena Brugnaro, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e tem parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apoio da McMaster University (Canadá).

De acordo com Brugnaro, no período de distanciamento social, quando a maioria dessas crianças e adolescentes não está frequentando escolas e terapias, pode haver mudanças na participação delas nas atividades em casa, no nível de atividade física e na qualidade de vida das crianças e dos cuidadores.

A hipótese é que a participação nas atividades em casa aumente, visto que o tempo em que as crianças e adolescentes estão com a família é maior. Já o nível de atividade física e a qualidade de vida devem diminuir, considerando a inatividade física que o distanciamento social pode impor, bem como a diminuição de contatos sociais e momentos de lazer. Diante disso, "o estudo pretende entender quais mudanças estão acontecendo e, então, elaborar orientações e intervenções de modo a minimizar os impactos negativos do momento junto a esse público", destaca a pesquisadora.

Para realizar o estudo, estão sendo convidados pais ou responsáveis por crianças e adolescentes que tenham deficiência motora ou intelectual diagnosticada e idade entre 3 e 17 anos. Os voluntários participarão de avaliações online e via telefone, com início imediato. Essas avaliações se repetirão após quatro meses e, também, dois meses após o retorno ao convívio social. As orientações fornecidas pelos pesquisadores, por meio de cartilhas e conversas com as famílias, incentivarão que as crianças e adolescentes participem da rotina diária em casa e mantenham um estilo de vida fisicamente ativo.

Interessados em participar devem contatar a pesquisadora Beatriz Brugnaro, pelo telefone (19) 99758-1342 (WhatsApp) ou pelo e-mail bia10.helena@gmail.com, até o final do mês de fevereiro.

As equipes da UFSCar e da UFPR realizarão as coletas de dados e os resultados serão discutidos conjuntamente. O grupo paranaense é orientado pela professora Silvia Leticia Pavão, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia da UFPR. Há também a participação do professor Olaf Kraus de Camargo, da universidade canadense, além do apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 31786920.8.1001.5504).
11/02/2021
13:00:00
26/02/2021
23:59:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Visitante, Pesquisador, Docente/TA, Estudante
Pesquisa vai propor orientações para incentivar atividades em casa (Foto: Freepik)
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