Pesquisa avalia vantagens e desafios da renaturalização do Lago
São Carlos
Barragem no Campus São Carlos da UFSCar será descomissionada para que Córrego do Monjolinho retome seu curso
Paola Camargo Sartori, estudante do curso de graduação em Gestão e Análise Ambiental da UFSCar, está realizando pesquisa de iniciação científica que investigará benefícios, eventuais desvantagens e desafios da renaturalização do lago situado no Campus São Carlos da Universidade, em relação a mudanças nos serviços ecossistêmicos. Para tanto, além de pesquisa bibliográfica e documental, aplicará questionário para registrar a percepção da comunidade universitária sobre o processo e, também, consultas a especialistas na temática. A orientação do estudo é de Sérgio Henrique Vannucchi Leme de Mattos, docente do Departamento de Hidrobiologia que integra o Grupo Gestor da Barragem do Monjolinho, vinculado à Reitoria da UFSCar.
O Lago da UFSCar era formado pelo represamento do Córrego do Monjolinho, por meio de barragem construída na década de 1970. A barragem é monitorada pela Defesa Civil de São Carlos desde 2013 e, em 2017, foi identificada alta vulnerabilidade e necessidade de ações de mitigação de riscos, incluindo a abertura das comportas. O problema se tornou mais complexo a partir de 2020, com a nova Lei de Segurança de Barragens, o que levou à criação do Grupo Gestor da Barragem e à apresentação da proposta de renaturalização da paisagem. O início dos encaminhamentos relativos à remoção da barragem foi aprovado pelo Conselho Universitário (ConsUni) em sua 259ª Reunião Ordinária, em março deste ano. A partir disso, será elaborado Termo de Referência para a elaboração de projeto arquitetônico e detalhamento de custos.
Para avaliar as concepções da comunidade universitária sobre o conceito de renaturalização e suas percepções a respeito do processo na UFSCar, a pesquisadora convida a comunidade do Campus São Carlos a responder questionário online que ficará disponível até o dia 3 de junho. O preenchimento leva cerca de 20 minutos, segundo a pesquisadora.
As outras etapas do estudo dizem respeito à identificação dos riscos ambientais, econômicos, à saúde e à segurança associados à manutenção da barragem - com base na literatura científica, na legislação e em outros documentos - e à identificação dos atuais serviços ecossistêmicos do Lago, que serão comparados com aqueles esperados após o processo de renaturalização. Para tanto, o estudo contará com grupo de especialistas em áreas como Ecologia, Arquitetura da Paisagem, Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental, bem como com a realização de oficina que reúna este grupo ao Grupo Gestor e, também, a técnicos e gestores municipais e estaduais.
O conceito de serviço ecossistêmico surgiu na década de 1980 e consiste em um modo de valorar os benefícios naturalmente oferecidos, direta ou indiretamente, pelos ecossistemas em relação ao bem-estar humano. Com a pesquisa, espera-se ser possível colaborar com o Grupo Gestor, com os dados sobre percepção da comunidade universitária, a avaliação das alterações nos serviços ecossistêmicos e, também, na divulgação desses resultados interna e externamente à UFSCar. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail sergiomattos@ufscar.br.
Nesta terça-feira (17/5), às 14h15, Sartori e Mattos participam de Na Pauta, live semanal da equipe de Comunicação da UFSCar que pode ser acompanhadas no canais UFSCar Oficial no Facebook e YouTube e, também, na Rádio UFSCar, em 95,3 FM.
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55205922.0.0000.5504).
O Lago da UFSCar era formado pelo represamento do Córrego do Monjolinho, por meio de barragem construída na década de 1970. A barragem é monitorada pela Defesa Civil de São Carlos desde 2013 e, em 2017, foi identificada alta vulnerabilidade e necessidade de ações de mitigação de riscos, incluindo a abertura das comportas. O problema se tornou mais complexo a partir de 2020, com a nova Lei de Segurança de Barragens, o que levou à criação do Grupo Gestor da Barragem e à apresentação da proposta de renaturalização da paisagem. O início dos encaminhamentos relativos à remoção da barragem foi aprovado pelo Conselho Universitário (ConsUni) em sua 259ª Reunião Ordinária, em março deste ano. A partir disso, será elaborado Termo de Referência para a elaboração de projeto arquitetônico e detalhamento de custos.
Para avaliar as concepções da comunidade universitária sobre o conceito de renaturalização e suas percepções a respeito do processo na UFSCar, a pesquisadora convida a comunidade do Campus São Carlos a responder questionário online que ficará disponível até o dia 3 de junho. O preenchimento leva cerca de 20 minutos, segundo a pesquisadora.
As outras etapas do estudo dizem respeito à identificação dos riscos ambientais, econômicos, à saúde e à segurança associados à manutenção da barragem - com base na literatura científica, na legislação e em outros documentos - e à identificação dos atuais serviços ecossistêmicos do Lago, que serão comparados com aqueles esperados após o processo de renaturalização. Para tanto, o estudo contará com grupo de especialistas em áreas como Ecologia, Arquitetura da Paisagem, Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental, bem como com a realização de oficina que reúna este grupo ao Grupo Gestor e, também, a técnicos e gestores municipais e estaduais.
O conceito de serviço ecossistêmico surgiu na década de 1980 e consiste em um modo de valorar os benefícios naturalmente oferecidos, direta ou indiretamente, pelos ecossistemas em relação ao bem-estar humano. Com a pesquisa, espera-se ser possível colaborar com o Grupo Gestor, com os dados sobre percepção da comunidade universitária, a avaliação das alterações nos serviços ecossistêmicos e, também, na divulgação desses resultados interna e externamente à UFSCar. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail sergiomattos@ufscar.br.
Nesta terça-feira (17/5), às 14h15, Sartori e Mattos participam de Na Pauta, live semanal da equipe de Comunicação da UFSCar que pode ser acompanhadas no canais UFSCar Oficial no Facebook e YouTube e, também, na Rádio UFSCar, em 95,3 FM.
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55205922.0.0000.5504).
16/05/2022
17:00:00
06/06/2022
23:59:00
Mariana Pezzo
Não
Não
Estudante
Resultados podem subsidiar decisões sobre a renaturalização (Foto: CCS)
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