Professora da UFSCar recebe Prêmio do Mérito Florestal
No dia 15 de dezembro, a professora Fatima Piña-Rodrigues, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So) do Campus Sorocaba da UFSCar, recebeu o Prêmio David de Azambuja do Mérito Florestal, outorgado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). O prêmio é um reconhecimento a engenheiros e engenheiras florestais, instituições de ensino, empresas públicas e privadas e entidades de classe da Engenharia Florestal que tenham se destacado por suas realizações na área, em prol do desenvolvimento florestal e da preservação do patrimônio natural brasileiro.
"Recebi [a notícia do prêmio] com um sentimento de gratidão. Gratidão à UFSCar, à UFRRJ [Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro] e aos meus ex-alunos, muitos, hoje, meus colegas. Nessas universidades, a ser professora e a amar dar aulas e a interagir. Aprendi muito, com as diferenças e com as oportunidades que foram sendo criadas", diz a professora.
Entre as contribuições de Piña-Rodrigues para a Engenharia Florestal, destacam-se os projetos de conservação de espécies ameaçadas, como a ucuúba na Amazônia e a bicuíba na Floresta Atlântica e a colaboração na formação das Redes de Sementes Florestais voltadas para a restauração de áreas degradadas. Essas experiências foram aplicadas em sua participação na construção do curso de Engenharia Florestal da UFSCar.
"Tive a oportunidade de participar do processo de criação da primeira Rede de Sementes Florestais. E o exemplo serviu de base para o Ministério do Meio Ambiente dar apoio a outras redes em vários biomas. Já estamos na quarta geração das redes. Elas se espalharam com um conceito de 'semente social'. Hoje, ainda participo da criação e apoio a várias delas, entre as quais destaco a Rede de Sementes do Xingu, a Rede de Sementes da Bahia do Rio Doce e a Remas [Rede Mata Atlântica de sementes florestais]."
Além disso, atualmente a docente da UFSCar está envolvida com pesquisas sobre semeadura direta, com o uso de sementes das redes, para a restauração de áreas. Também colabora com várias redes em atividades de capacitação, de análise de qualidade de sementes e na pesquisa em análises de qualidade de sementes.
Para ela, "o prêmio vem destacar o nosso papel como formadores de opinião e de pessoas e a necessidade de transformarmos nossas pesquisas em resultados aplicados às políticas públicas e ao desenvolvimento social. A UFSCar me possibilitou interagir com empresas, comunidades tradicionais, sejam quilombolas, indígenas, entre outras. Isso se reverteu em conhecimento e se transformou em ações com aprendizados tanto para as comunidades como para a Universidade".
A solenidade de premiação aconteceu na sede do CREA-RJ, às 16 horas. Mais informações sobre o Prêmio David de Azambuja do Mérito Florestal estão disponíveis aqui.