Projetos focam em bem-estar de pessoas idosas e envelhecimento saudável
Araras, Lagoa do Sino, Sorocaba, São Carlos
São destaques pesquisa sobre biomarcador de Alzheimer, capacitação de professores e coluna EnvelheCiência, de divulgação científica
Em 2030, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas idosas (pessoas com 60 anos ou mais) ultrapassará o de crianças no Brasil. Como nós estamos, como sociedade e governo, nos preparando para isso? Será que há este preparo, hoje?
De acordo com Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, o País tem vários desafios na temática, sobretudo sociais e de saúde. Por isso, é preciso reconhecer a importância da Ciência para o bem-estar da pessoa idosa e para o envelhecimento saudável. Nesta direção, a UFSCar traz diversas iniciativas relacionadas ao tema, que envolvem ensino, pesquisa e extensão.
Um dos destaques diz respeito ao Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob sua liderança, intitulado "Biologia e função de isoformas da ADAM10 para diagnóstico diferencial da doença de Alzheimer por sensores eletroquímicos".
A iniciativa envolve biomarcadores para diagnóstico da Doença de Alzheimer em suas fases iniciais. "No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 70% dos casos de demência ou são diagnosticados de maneira errada, ou não são diagnosticados. Este projeto visa melhorar este cenário e, por isso, desenvolvemos um sensor eletroquímico, junto ao Departamento de Química da UFSCar, que é capaz de diagnosticar pessoas com Transtorno Neurocognitivo Leve, etapa que antecede o Alzheimer", conta Cominetti.
A docente da UFSCar esclarece que estes biomarcadores são muito importantes para o diagnóstico. "Atualmente, os exames ou são invasivos, no caso da coleta de líquor, por meio de punção lombar, ou caros, como os de neuroimagem. Os biomarcadores são uma alternativa barata e menos invasiva diante do atual cenário. Por isso, nosso enfoque é avaliar se o biomarcador criado pode se tornar um candidato importante para ser usado em clínica, para diagnóstico em fase precoce. Ao detectar a doença em uma fase ainda reversível, é possível promover intervenções para impedir o seu avanço", sintetiza.
Disseminação científica
Além de pesquisas, existem projetos na Universidade que visam sensibilizar e envolver pessoas da sociedade acerca do envelhecimento saudável.
Cominetti cita o EnvelheCiência, projeto de extensão que objetiva aumentar a compreensão das crianças sobre o processo de envelhecimento, a saúde do cérebro e os diferentes tipos de demência que acometem a pessoa idosa.
"A educação transforma as pessoas. Por isso, pensamos na oferta de um curso de formação para os professores, pois eles atuam com várias turmas e podem levar esse conhecimento adiante, para crianças estudantes e para a sociedade", pontua. A ideia é que a iniciativa seja ofertada ainda este ano.
E, além dele, a pesquisadora menciona a coluna homônima ao projeto, lançada em fevereiro deste ano, em parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. Esta iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo. A coluna tem publicação mensal, no site do ICC, e os dois primeiros textos já estão disponíveis para leitura.
"A disseminação científica é importante para todas as pessoas; se tudo der certo, todos nós vamos envelhecer - e que possamos morrer jovens, o mais tarde possível", finaliza a docente da UFSCar.
Todas essas iniciativas foram abordadas de forma detalhada no programa "Na Pauta Entrevista" desta semana. A íntegra da conversa está disponível no canal da UFSCar no YouTube.
De acordo com Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, o País tem vários desafios na temática, sobretudo sociais e de saúde. Por isso, é preciso reconhecer a importância da Ciência para o bem-estar da pessoa idosa e para o envelhecimento saudável. Nesta direção, a UFSCar traz diversas iniciativas relacionadas ao tema, que envolvem ensino, pesquisa e extensão.
Um dos destaques diz respeito ao Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob sua liderança, intitulado "Biologia e função de isoformas da ADAM10 para diagnóstico diferencial da doença de Alzheimer por sensores eletroquímicos".
A iniciativa envolve biomarcadores para diagnóstico da Doença de Alzheimer em suas fases iniciais. "No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 70% dos casos de demência ou são diagnosticados de maneira errada, ou não são diagnosticados. Este projeto visa melhorar este cenário e, por isso, desenvolvemos um sensor eletroquímico, junto ao Departamento de Química da UFSCar, que é capaz de diagnosticar pessoas com Transtorno Neurocognitivo Leve, etapa que antecede o Alzheimer", conta Cominetti.
A docente da UFSCar esclarece que estes biomarcadores são muito importantes para o diagnóstico. "Atualmente, os exames ou são invasivos, no caso da coleta de líquor, por meio de punção lombar, ou caros, como os de neuroimagem. Os biomarcadores são uma alternativa barata e menos invasiva diante do atual cenário. Por isso, nosso enfoque é avaliar se o biomarcador criado pode se tornar um candidato importante para ser usado em clínica, para diagnóstico em fase precoce. Ao detectar a doença em uma fase ainda reversível, é possível promover intervenções para impedir o seu avanço", sintetiza.
Disseminação científica
Além de pesquisas, existem projetos na Universidade que visam sensibilizar e envolver pessoas da sociedade acerca do envelhecimento saudável.
Cominetti cita o EnvelheCiência, projeto de extensão que objetiva aumentar a compreensão das crianças sobre o processo de envelhecimento, a saúde do cérebro e os diferentes tipos de demência que acometem a pessoa idosa.
"A educação transforma as pessoas. Por isso, pensamos na oferta de um curso de formação para os professores, pois eles atuam com várias turmas e podem levar esse conhecimento adiante, para crianças estudantes e para a sociedade", pontua. A ideia é que a iniciativa seja ofertada ainda este ano.
E, além dele, a pesquisadora menciona a coluna homônima ao projeto, lançada em fevereiro deste ano, em parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. Esta iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo. A coluna tem publicação mensal, no site do ICC, e os dois primeiros textos já estão disponíveis para leitura.
"A disseminação científica é importante para todas as pessoas; se tudo der certo, todos nós vamos envelhecer - e que possamos morrer jovens, o mais tarde possível", finaliza a docente da UFSCar.
Todas essas iniciativas foram abordadas de forma detalhada no programa "Na Pauta Entrevista" desta semana. A íntegra da conversa está disponível no canal da UFSCar no YouTube.
28/03/2023
8:00:00
07/04/2023
23:59:00
Adriana Arruda
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
País tem vários desafios na temática, sobretudo sociais e de saúde (Imagem: Mauricio Xavier/UFSCar)
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