Pesquisa oferece tratamento gratuito para incontinência urinária

São Carlos
Mulheres passarão por avaliação e tratamento durante dois meses na UFSCar
A incontinência urinária feminina é um importante problema de saúde pública. Estudos mostram que a taxa de prevalência entre as brasileiras varia de 15,3% a 35%. O problema pode afetar negativamente a qualidade de vida das mulheres nos aspectos psicológicos, sociais, físicos, pessoais e sexuais. Além disso, taxas mais altas de depressão e isolamento social estão associadas a pacientes com incontinência urinária. Diante dessa realidade, um projeto de Iniciação Científica, realizado no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, pretende traduzir para o Português um instrumento internacional que pode auxiliar os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento mais adequados das pacientes que sofrem com o problema.

A pesquisa é desenvolvida pela graduanda Alice Moralez de Figueiredo, sob orientação de Patricia Driusso, docente do DFisio e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da UFSCar. De acordo com a pesquisadora, o objetivo central do projeto é traduzir, adaptar transculturalmente e validar o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Bladder Diary (ICIQ-BD) para o Português brasileiro. Figueiredo explica que o ICIQ-BD é um diário miccional que quantifica parâmetros importantes para a compreensão de diferentes sintomas do trato urinário inferior, incluindo a frequência miccional e a incontinência urinária, podendo também ser utilizado para compreender a eficácia de tratamento em pacientes. "Desse modo, é importante termos esse instrumento traduzido e validado para podermos utilizá-lo no nosso País", reforça a pesquisadora, acrescentando que este é o primeiro estudo brasileiro a traduzir e adaptar o ICIQ-BD.

Alice Figueiredo expõe que o uso de diários miccionais é fundamental para a prática clínica de profissionais de saúde que prestam assistência a mulheres com incontinência urinária e outros sintomas do trato urinário inferior. Ao traduzir o diário internacional, há redução de diferenças culturais e obstáculos linguísticos, o que contribui para o aumento do uso de diários miccionais pelos profissionais brasileiros. "Consequentemente, isso pode contribuir para a melhoria do diagnóstico e tratamento de mulheres que sofrem com incontinência urinária", reflete a estudante da UFSCar.

Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, que tenham tido perda urinária nos últimos três meses, mesmo que em pequenas quantidades. As voluntárias não podem ser gestantes, puérperas até seis meses após o parto, estar com infecção do trato urinário, ter cistite, câncer urogenital atual ou anterior, doenças neurológicas ou ter feito tratamento para disfunção da musculatura do assoalho pélvico nos últimos três meses. As participantes passarão por avaliação, responderão o diário miccional e receberão tratamento durante oito semanas no Lamu da UFSCar, que fica na área Norte do Campus São Carlos. As interessadas em participar do estudo podem preencher este formulário eletrônico ou entrar em contato pelo e-mail alicemoralez@estudante.ufscar.br ou pelo whatsapp (16) 99127-3113, até o final deste ano. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 50815915.0.0000.5504).
22/06/2023
8:30:00
14/07/2023
23:55:00
Gisele Bicaletto
Não
Não
Estudante
Resultados podem auxiliar diagnóstico e tratamento das pacientes (Foto: Divulgação)
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