UFSCar tira retrato histórico de sua comunidade negra
Araras, Lagoa do Sino, Sorocaba, São Carlos
No mês da Consciência Negra, ação busca dar visibilidade e ressignificar imagem dos negros na Universidade
Para celebrar o Dia da Consciência Negra (20/11), toda a comunidade negra da UFSCar foi convidada para tirar uma foto coletiva. A ação, que envolve os quatro campi - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino -, aconteceu na última quarta-feira, dia 22 de novembro, numa organização do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), ambos da UFSCar.
"É um dia de muita alegria, muita felicidade porque a gente pode fazer o aquilombamento dessas pessoas para poder se conhecer e cada vez mais ter essa força unidas, unidos, unides, e conseguir fazer uma Universidade melhor em parceria com a cidade", celebrou Sarah Lís, servidora técnico-administrativa e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFSCar. "Essa fotografia é histórica, ela é necessária, ela é a representação de que nós estamos ocupando um lugar que nunca deveria nos ser negado", destaca Simone de Oliveira Mestre, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) da UFSCar.
"Durante séculos, a nossa sociedade se acostumou a ver fotos de pessoas negras. Nos livros de história, somos retratados em posição humilhante, como escravizados, carregando brancos, sendo chicoteados, submissos a um sistema degradante que não foi só um sistema assassino, mas, como lembra muito bem a filósofa Djalma Ribeiro, foi a base da economia deste País por quase 400 anos. Ou seja, o Brasil é 'rico', embora desigual, por causa da exploração dos nossos ancestrais", resgata o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento. Para ele, "chegou a hora de reconstruir essa iconografia. Fotografar pessoas negras na universidade é mais que um ato de registro. É o movimento de ressignificação da nossa imagem. Nós estamos, agora, nos ambientes formativos, por isso, estamos e estaremos cada vez mais em posições sociais ditas de prestígio: somos advogados/as, engenheiros/as, médicos/as, pesquisadores/as, professores/as, gerentes de banco, administradores/as e o que mais quisermos ser".
Este é o primeiro registro da comunidade negra da UFSCar, que inclui estudantes de graduação e pós-graduação, técnico-administrativos, docentes e trabalhadores de empresas terceirizadas. "A foto é representativa, mas não totalitária. Há muito mais negros/as/es na UFSCar, mas nem todos puderam vir. Mas é um retrato histórico", ressalta Nascimento. Ele ainda completa: "Aquilombar é isso. É se ver. É se acolher. É estar juntos de mãos dadas porque, como diz o nosso grande poeta Emicida, 'tudo que nóis tem é nóis'".
As fotografias da comunidade negra da UFSCar estão sendo divulgadas nas redes sociais (@ufscaroficial), nas seguintes datas:
- Campus São Carlos: sexta-feira, 24/11
- Campus Lagoa do Sino: segunda, 27/11
- Campus Sorocaba: terça, 28/11
- Campus Araras: quarta, 29/11
"É um dia de muita alegria, muita felicidade porque a gente pode fazer o aquilombamento dessas pessoas para poder se conhecer e cada vez mais ter essa força unidas, unidos, unides, e conseguir fazer uma Universidade melhor em parceria com a cidade", celebrou Sarah Lís, servidora técnico-administrativa e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFSCar. "Essa fotografia é histórica, ela é necessária, ela é a representação de que nós estamos ocupando um lugar que nunca deveria nos ser negado", destaca Simone de Oliveira Mestre, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) da UFSCar.
"Durante séculos, a nossa sociedade se acostumou a ver fotos de pessoas negras. Nos livros de história, somos retratados em posição humilhante, como escravizados, carregando brancos, sendo chicoteados, submissos a um sistema degradante que não foi só um sistema assassino, mas, como lembra muito bem a filósofa Djalma Ribeiro, foi a base da economia deste País por quase 400 anos. Ou seja, o Brasil é 'rico', embora desigual, por causa da exploração dos nossos ancestrais", resgata o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento. Para ele, "chegou a hora de reconstruir essa iconografia. Fotografar pessoas negras na universidade é mais que um ato de registro. É o movimento de ressignificação da nossa imagem. Nós estamos, agora, nos ambientes formativos, por isso, estamos e estaremos cada vez mais em posições sociais ditas de prestígio: somos advogados/as, engenheiros/as, médicos/as, pesquisadores/as, professores/as, gerentes de banco, administradores/as e o que mais quisermos ser".
Este é o primeiro registro da comunidade negra da UFSCar, que inclui estudantes de graduação e pós-graduação, técnico-administrativos, docentes e trabalhadores de empresas terceirizadas. "A foto é representativa, mas não totalitária. Há muito mais negros/as/es na UFSCar, mas nem todos puderam vir. Mas é um retrato histórico", ressalta Nascimento. Ele ainda completa: "Aquilombar é isso. É se ver. É se acolher. É estar juntos de mãos dadas porque, como diz o nosso grande poeta Emicida, 'tudo que nóis tem é nóis'".
As fotografias da comunidade negra da UFSCar estão sendo divulgadas nas redes sociais (@ufscaroficial), nas seguintes datas:
- Campus São Carlos: sexta-feira, 24/11
- Campus Lagoa do Sino: segunda, 27/11
- Campus Sorocaba: terça, 28/11
- Campus Araras: quarta, 29/11
24/11/2023
13:00:00
29/12/2023
23:55:00
Denise Britto
Sim
Não
Estudante
No mês da Consciência Negra, ação busca dar visibilidade e ressignificar imagem dos negros na UFSCar
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