UFSCar recebe R$ 13 milhões para pesquisas nas áreas de Química, Psicologia e Biologia
Araras, São Carlos
No dia 27 de novembro, o Ministério da Ciência e Tecnologia divulgou os projetos contemplados como Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. A UFSCar receberá investimentos em três centros de pesquisa, em um total de mais de R$ 13 milhões.
O programa que cria os institutos visa aperfeiçoar projetos de longa duração, que exigem grande número de pesquisadores envolvidos, e fomentar o desenvolvimento de centros de excelência em pesquisa no País. As propostas aprovadas receberão financiamento por até cinco anos; os recursos para os três primeiros anos já estão garantidos.
Em São Paulo, foram contemplados 35 projetos, dentre os quais os três da UFSCar. Os projetos contemplam atividades de pesquisa, ensino e extensão, e os recursos serão utilizados para compra de equipamentos, viagens, diárias, participação e organização de congressos e simpósios e bolsas para apoio técnico, iniciação científica e pós-graduação.
Um dos projetos da UFSCar contemplados é o "Instituto de Controle Biorracional de Insetos Pragas", coordenado pela professora Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva, do Departamento de Química, que recebeu recursos de aproximadamente R$ 6 milhões. O Instituto concentrará estudos de controle de pragas, insetos e bactérias voltados para a Agronomia, utilizando princípios ativos obtidos em plantas. Segundo Fernandes da Silva, o principal benefício desse processo é a redução significativa de substâncias nocivas ao meio ambiente, presentes nos inseticidas normalmente utilizados por produtores rurais.
O segundo projeto é o do "Instituto de Estudos sobre Comportamento, Cognição e Ensino", sob supervisão da professora Deisy das Graças de Souza, do Departamento de Psicologia, cujos investimentos são de aproximadamente R$ 2,3 milhões. A formação do Instituto tem como objetivo ampliar o desenvolvimento, integração e expansão de uma rede de centros de pesquisa já existentes na área, que agrega sete entidades. A rede trata dos problemas de ensino e aprendizagem e de déficits funcionais em crianças, como habilidades disfuncionais de comunicação, desenvolvimento atrasado de linguagem devido a surdez congênita e fracasso em alcançar competências básicas em Leitura e Matemática.
A UFSCar também terá o "Instituto de Estudos dos Hymenoptera Parasitóides da Região Sudeste Brasileira", coordenado pela docente Angélica Maria Penteado Martins Dias, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva. O Instituto recebeu recursos de R$ 4,79 milhões. O centro de pesquisas terá sede na UFSCar e atua em conjunto com outras instituições de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. A coordenadora do Instituto explica que a vespa parasitóide tem uma característica muito importante: a existência do inseto num determinado ecossistema pode indicar a presença de outros animais e seu comportamento.
Além desses projetos, que serão coordenados por docentes da UFSCar, professores da Instituição farão parte de institutos sediados em outras universidades. Os professores Francisco Tadeu Rantin, Ana Lúcia Kalinin e Marisa Narciso Fernandes, do Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSCar; e Mônica Jones Costa, do campus Sorocaba, por exemplo, farão parte do corpo de pesquisadores do Instituto Nacional de Fisiologia Comparada, com sede na Unesp de Rio Claro. No campus Araras, os professores Sandra Antonini, Hermann Paulo Hoffman, Monalisa Sampaio Carneiro e Marcos Antonio Sanches Vieira fazem parte do Instituto de Biotecnologia para o Bioetanol, coordenado pelo Instituto de Biociências da USP, integrando 27 laboratórios em seis Estados.
Participam do programa dos institutos seis fundações estaduais de amparo à pesquisa; o Ministério da Ciência e Tecnologia, através do CNPq; o Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); o Ministério da Saúde; a Petrobrás e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
03/12/2008
18:48:00
03/01/2009
18:48:00
Mariana Pezzo
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