Projeto desenvolvido na UFSCar recebe prêmio de inovação tecnológica

São Carlos
Um estudo realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFisio) da UFSCar desenvolveu um aparelho de ultra-sonografia com formato anatômico mais confortável para o trabalho médico. O projeto "Design ergonômico de transdutores de ultra-sonografia: desenvolvimento e avaliação dos movimentos do punho e percepção de desconforto/agradabilidade" analisou os impactos do uso de sensores de ultra-sonografia. A proposta conquistou a segunda colocação na terceira edição do Prêmio Werner von Siemens de Inovação Tecnológica, na categoria Novas idéias e Ciência & Tecnologia, na modalidade Saúde. Os estudos foram coordenados por Helenice Coury, professora do Departamento de Fisioterapia, e por Luis Paschoarelli e Ana Beatriz de Oliveira, alunos do PPGFisio. Segundo Helenice, a pesquisa envolveu tanto os conhecimentos em Fisioterapia, quanto aspectos referentes ao design, já que Luis Paschoarelli também é professor do Departamento de Desenho Industrial da Unesp de Bauru. Helenice conta que os sensores de ultra-sonografia que atualmente são utilizados causam frequentemente lesões e dores nas mãos, articulações e ombros dos médicos. Além disso o formato do aparelho não respeita a anatomia das mãos, causando incômodo durante sua utilização. Para mudar esse quadro, foram desenvolvidos três protótipos que tinham como objetivo reduzir os esforços repetitivos e diminuir a aplicação de força sobre os sensores. "Hoje os exames de ultra-sonografia são muito frequentes e muitos médicos estão expostos a uma sobrecarga de força que ocasiona dor no punho e nos ombros. Com um novo projeto de sensor de ultra-sonografia, pretendemos reduzir os movimentos e melhorar a distribuição da força aplicada pela mão", explica a professora. Após ser utilizado em exames simulados, o novo formato do sensor foi bem aceito pela classe médica. Apesar disso, Helenice explica que o protótipo deve passar por outras mudanças caso o novo projeto seja utilizado em sensores produzidos em escala industrial. "Os médicos avaliaram que o sensor ficou mais leve e a manipulação ficou mais fácil. Poderíamos pensar agora em construir um sensor para os médicos canhotos, adequar o formato do aparelho para diferentes tamanhos de mãos e para as diferentes partes do corpo que serão examinadas", analisa a professora.
07/01/2009
14:12:00
07/02/2009
14:12:00
Enzo Kuratomi
Não
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