Projeto busca eficiência na produção de etanol a partir do bagaço da cana

São Carlos
Com o objetivo de tornar mais eficiente a produção do etanol - álcool combustível - e aumentar a quantidade do produto obtido por hectare de cana-de-açúcar plantada, diversos grupos de pesquisa estão reunidos no projeto ''Engenharia de bioprocessos e sistemas aplicados à produção de bioetanol a partir de bagaço de cana'', coordenado pelo Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFSCar. O projeto foi contemplado recentemente com recursos do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia, o Bioen. O projeto conta com várias frentes de pesquisa, envolvendo, no DEQ, o Laboratório de Desenvolvimento e Automação de Bioprocessos, o Laboratório de Engenharia de Processos Enzimáticos e o grupo de pesquisa em Engenharia Bioquímica e Simulação, além da participação do grupo de pesquisadores que trabalha com Agroenergia na Embrapa Instrumentação Agropecuária, de São Carlos. O professor do DEQ Roberto Giordano, coordenador do projeto, explica que o intuito é empregar as mesmas ferramentas que otimizaram a produção nas refinarias de petróleo nas décadas de 50 e 60 com a cana-de-açúcar para produção de etanol. Hoje, o bagaço da cana-de-açúcar é queimado e gera energia, mas vários estudos buscam fazer com que esse material também seja utilizado para a obtenção de etanol. O projeto da UFSCar tem, inserido nesse contexto, o objetivo de otimizar a área plantada, tornando mais eficiente o aproveitamento da cana como um todo, com a utilização do caldo, do bagaço e, eventualmente, até mesmo da palha. As pesquisas envolvidas no projeto analisam diferentes partes do processo para obtenção do biocombustível a partir do bagaço da cana. Parte do trabalho é estudar enzimas para a hidrólise do bagaço de cana. Outros pesquisadores elaboram modelos matemáticos do processo de produção, visando a criação de um simulador. ''Esse software é necessário para se ter uma visão do impacto geral da produção, pois ele possibilitará, por exemplo, uma análise da eficiência do processo, do impacto ambiental, da possibilidade de sequestro de CO2; enfim, é uma ferramenta muito útil na avaliação de tecnologias'', explica o coordenador.
05/06/2009
23:08:00
05/07/2009
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Beatriz Bueno
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