Pesquisa do campus Sorocaba da UFSCar aponta possível desaparecimento de espécies de aves no interior paulista
Sorocaba
Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação (PPGDBC) do campus Sorocaba da UFSCar, aponta para um provável desaparecimento de aves em regiões onde as plantações ocuparam os habitats naturais das espécies. O estudo "Utilização de Sistemas Agrícolas (Tangerinas, Citrus Reticulata) por aves na região de Pilar do Sul, São Paulo" foi desenvolvido por Marcelo Gonçalves Campolim, sob orientação do professor do campus Sorocaba Augusto Piratelli.
O objetivo da pesquisa foi verificar se as aves da região avaliada poderiam usar as plantações como acréscimo de seus habitats naturais, ou mesmo substituí-los. A pesquisa é pioneira no Brasil, pois pela primeira vez um estudo procurou demonstrar como as plantações de tangerina favorecem, ou não, a avifauna da região. A ideia do estudo surgiu enquanto Piratelii viajava pelo interior do estado de São Paulo e constatou que a maior parte da paisagem era composta por plantações e pastagens. "A mata nativa quase não existe mais, e com isso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas", lamenta o orientador.
O estudo apontou que, das 122 espécies amostradas, 60 foram detectadas nas plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos."Concluímos que a mata nativa é de suma importância para pelo menos metade das espécies da região, enquanto para a outra metade, as plantações podem ser utilizadas para deslocamentos, alimentação ou reprodução", esclarece Piratelli.
A pesquisa também chama atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução de algumas áreas, que hoje são legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros, para serem utilizadas para a Agropecuária. "Ficamos receosos que as mudanças nas áreas protegidas previstas no novo Código Florestal possam ser terríveis para as aves e outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até mesmo desaparecer", prevê o professor.
O pesquisador Marcelo Gonçalves Campolim salienta que o Brasil ainda é carente de estudos que visam monitorar a fauna de aves em ambientes agrícolas. "As informações levantadas na pesquisa são importantes para futuros planejamentos, visando o manejo de técnicas e práticas agrícolas para o auxilio destes ambientes na conservação de aves", conclui Campolim. Outras informações sobre o estudo podem ser obtidas pelo e-mail piratelli@ufscar.br
O objetivo da pesquisa foi verificar se as aves da região avaliada poderiam usar as plantações como acréscimo de seus habitats naturais, ou mesmo substituí-los. A pesquisa é pioneira no Brasil, pois pela primeira vez um estudo procurou demonstrar como as plantações de tangerina favorecem, ou não, a avifauna da região. A ideia do estudo surgiu enquanto Piratelii viajava pelo interior do estado de São Paulo e constatou que a maior parte da paisagem era composta por plantações e pastagens. "A mata nativa quase não existe mais, e com isso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas", lamenta o orientador.
O estudo apontou que, das 122 espécies amostradas, 60 foram detectadas nas plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos."Concluímos que a mata nativa é de suma importância para pelo menos metade das espécies da região, enquanto para a outra metade, as plantações podem ser utilizadas para deslocamentos, alimentação ou reprodução", esclarece Piratelli.
A pesquisa também chama atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução de algumas áreas, que hoje são legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros, para serem utilizadas para a Agropecuária. "Ficamos receosos que as mudanças nas áreas protegidas previstas no novo Código Florestal possam ser terríveis para as aves e outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até mesmo desaparecer", prevê o professor.
O pesquisador Marcelo Gonçalves Campolim salienta que o Brasil ainda é carente de estudos que visam monitorar a fauna de aves em ambientes agrícolas. "As informações levantadas na pesquisa são importantes para futuros planejamentos, visando o manejo de técnicas e práticas agrícolas para o auxilio destes ambientes na conservação de aves", conclui Campolim. Outras informações sobre o estudo podem ser obtidas pelo e-mail piratelli@ufscar.br
21/06/2011
14:38:45
01/07/2011
10:00:00
Artur Vergennes
Não
Não
3922