Unidade Especial de Informação e Memória da UFSCar encontra cartas inéditas de Monteiro Lobato
Araras, Sorocaba, São Carlos
A Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM) da UFSCar descobriu, recentemente, a existência de duas cartas escritas por Monteiro Lobato e endereçadas ao fazendeiro e empresário Nhonhô Magalhães, que destacou-se na região de São Carlos durante a Primeira República. As cartas já pertenciam ao acervo da UEIM, mas foi durante a organização de uma exposição sobre o fazendeiro, que a Unidade avaliou a raridade dos documentos.
Nas cartas, datadas de 1925, o famoso escritor solicita apoio financeiro a Nhonhô para evitar a falência da Companhia Gráfica Editora Monteiro Lobato, abalada por problemas de gestão e pela Revolução de 1924 em São Paulo, sugerindo que os filhos do fazendeiro pudessem se interessar pela indústria de livros no futuro. Na segunda carta, o editor retoma a tentativa e mostra-se desesperado, apelando, inclusive, aos sentimentos do fazendeiro, afirmando que tal ajuda salvaria sua própria vida. No papel há um apelo, escrito a lápis, para que Magalhães telefonasse ao escritor assim que recebesse sua carta. O fazendeiro, no entanto, respondeu negativamente em carta formal e escrita à máquina e a editora de Lobato foi à falência. Anos depois Lobato fundaria outra editora, que teve grande sucesso.
Para Tânia Pellegrini, docente do Departamento de Letras e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFSCar, que reconheceu a raridade do material, "as duas cartas de Lobato são inéditas e são desconhecidas pelos estudiosos do escritor". A docente fez uma análise das obras referentes ao período em que as cartas foram redigidas e à atividade da editora de Lobato e apontou que apenas a resposta de Nhonhô Magalhães ao escritor era de conhecimento dos pesquisadores e consta em trabalhos acadêmicos.
Para o professor João Roberto Martins Filho, do Departamento de Ciências Sociais e coordenador da UEIM, "a descoberta das cartas atesta a importância nacional do acervo da Unidade". As cartas continuarão no acervo da UEIM, juntamente com os demais documentos relativos à editora de Lobato e estão à disposição dos pesquisadores do assunto.
A UEIM foi criada em 1997, a partir do antigo Arquivo de História Contemporânea com o objetivo de desenvolver atividades de conservação da memória histórica e cultural nos âmbitos regional e nacional. A documentação e o acervo bibliográfico da UEIM referem-se principalmente aos temas da economia cafeeira paulista, urbanização da cidade de São Paulo, ferrovias paulistas, eletrificação do Estado de São Paulo, história afro-brasileira, período militar brasileiro e literatura brasileira contemporânea.
Parte do acervo de mapas e plantas históricas encontra-se disponibilizado no site da UEIM, assim como parte do Arquivo Ana Lagoa. Os demais documentos e bibliografias encontram-se disponíveis na sede da UEIM, no edifício do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), localizado na área Sul do campus São Carlos da UFSCar. Mais informações pelo telefone (16) 3351-9609.
Nas cartas, datadas de 1925, o famoso escritor solicita apoio financeiro a Nhonhô para evitar a falência da Companhia Gráfica Editora Monteiro Lobato, abalada por problemas de gestão e pela Revolução de 1924 em São Paulo, sugerindo que os filhos do fazendeiro pudessem se interessar pela indústria de livros no futuro. Na segunda carta, o editor retoma a tentativa e mostra-se desesperado, apelando, inclusive, aos sentimentos do fazendeiro, afirmando que tal ajuda salvaria sua própria vida. No papel há um apelo, escrito a lápis, para que Magalhães telefonasse ao escritor assim que recebesse sua carta. O fazendeiro, no entanto, respondeu negativamente em carta formal e escrita à máquina e a editora de Lobato foi à falência. Anos depois Lobato fundaria outra editora, que teve grande sucesso.
Para Tânia Pellegrini, docente do Departamento de Letras e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFSCar, que reconheceu a raridade do material, "as duas cartas de Lobato são inéditas e são desconhecidas pelos estudiosos do escritor". A docente fez uma análise das obras referentes ao período em que as cartas foram redigidas e à atividade da editora de Lobato e apontou que apenas a resposta de Nhonhô Magalhães ao escritor era de conhecimento dos pesquisadores e consta em trabalhos acadêmicos.
Para o professor João Roberto Martins Filho, do Departamento de Ciências Sociais e coordenador da UEIM, "a descoberta das cartas atesta a importância nacional do acervo da Unidade". As cartas continuarão no acervo da UEIM, juntamente com os demais documentos relativos à editora de Lobato e estão à disposição dos pesquisadores do assunto.
A UEIM foi criada em 1997, a partir do antigo Arquivo de História Contemporânea com o objetivo de desenvolver atividades de conservação da memória histórica e cultural nos âmbitos regional e nacional. A documentação e o acervo bibliográfico da UEIM referem-se principalmente aos temas da economia cafeeira paulista, urbanização da cidade de São Paulo, ferrovias paulistas, eletrificação do Estado de São Paulo, história afro-brasileira, período militar brasileiro e literatura brasileira contemporânea.
Parte do acervo de mapas e plantas históricas encontra-se disponibilizado no site da UEIM, assim como parte do Arquivo Ana Lagoa. Os demais documentos e bibliografias encontram-se disponíveis na sede da UEIM, no edifício do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), localizado na área Sul do campus São Carlos da UFSCar. Mais informações pelo telefone (16) 3351-9609.
21/11/2011
14:44:00
01/12/2011
10:00:00
Débora Taño
Sim
Não
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