Alunos de países latino-americanos e africanos são maioria entre os estrangeiros que estudam na UFSCar

Araras, Sorocaba, São Carlos
Reitor destaca relevância da cooperação acadêmica e dos intercâmbios entre países em desenvolvimento
A UFSCar realizou no dia 8/12 evento com o objetivo de promover a integração entre os 153 estudantes estrangeiros que estão na Instituição em 2011. Destes estudantes, 55 são alunos de cursos de graduação e 98 da pós-graduação. A maior parte dos estrangeiros que estão na UFSCar vêm de países latino-americanos (91), seguidos por estudantes africanos (41). Há também representantes de países europeus, asiáticos e dos Estados Unidos.

Na cerimônia, o Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho afirmou que a Universidade está buscando ampliar sua internacionalização e, nesse contexto, destacou a relevância especial da cooperação acadêmica entre países em desenvolvimento. "A presença de vocês na UFSCar permite que todos os nossos estudantes aprendam com outras culturas e, assim, que sejam estabelecidos laços culturais que serão fundamentais inclusive na consolidação de laços econômicos em um mundo em transformação, no qual a América Latina, Caribe e África desempenharão papéis cada vez mais relevantes. A cooperação entre os povos dos países em desenvolvimento, particularmente, nos ajudará a encontrar soluções para os problemas que nossas nações ainda têm e, também, para que continuemos nossa luta em defesa da universidade pública", afirmou o Reitor, que atualmente também preside a Associação de Universidades Grupo Montevidéu (que reúne universidades de seis países latino-americanos).

A experiência da angolana Maria Fernandes, que faz mestrado no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSCar, corrobora a avaliação do Reitor. Fernandes acredita que seus estudos no Brasil, na área de Educação em Saúde, vão contribuir para melhorias na formação de profissionais em seu país de origem. "Em Angola não há ainda uma visão ampliada em Saúde e de sua relação com a Educação. Os meus estudos permitirão que eu atue com os profissionais em formação e, também, com aqueles que já atuam nos hospitais e postos de Saúde de Angola", explicou a estudante.

O Secretário Geral de Relações Internacionais da UFSCar, Paulo Cezar Vieira, afirma que a internacionalização das universidades é um processo irreversível, notável nas principais instituições de Ensino Superior de todo o mundo, e destaca que a internacionalização envolve, além dos intercâmbios de estudantes e professores, as colaborações em pesquisa e, também, trocas de experiências administrativas.

Entre os estudantes estrangeiros, a reputação da UFSCar na comunidade acadêmica internacional é um dos principais motivos apontados para a escolha da Instituição. "A UFSCar é uma instituição reconhecida internacionalmente pelas pesquisas de ponta que realiza. Quando cheguei, encontrei uma estrutura acadêmica de qualidade e professores reconhecidos nas áreas em que atuam", declara o cubano Roman Roca, que faz doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais.

A hospitalidade dos brasileiros também é destacada por vários estudantes. "Os brasileiros são muito hospitaleiros, estou aprendendo o idioma e avaliando essa convivência com os pesquisadores da UFSCar como uma experiência enriquecedora e essencial para a continuidade dos meus estudos", afirma Miguel Aguirre Pastor, da Espanha, que faz estágio de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Química.

O haitiano Mayard Raynord também destaca o acolhimento que recebeu como fundamental ao seu processo de adaptação ao Brasil. Raynord e mais quatro haitianos estão frequentando cursos de graduação na UFSCar por meio do programa Pró-Haiti, coordenado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e pelo Ministério das Relações Exteriores. O programa visa colaborar com a reconstrução do Haiti após o terremoto que destruiu o País em 2010. "Estamos aprendendo a Língua Portuguesa e os professores têm demonstrado muita paciência. Nossa adaptação tem sido muito tranquila e já nos acostumamos com o ambiente, estamos frequentando algumas aulas e os laboratórios, nos preparando para começar as aulas no ano que vem", afirmou Raynord, que cursa Engenharia Civil.

09/12/2011
16:26:00
09/01/2012
10:00:00
Rodrigo Botelho
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4381