Professor da UFSCar estuda o trabalho do docente na universidade pública brasileira
São Carlos
Pesquisar o "Trabalho do Professor nas Federais - Significado e Estranhamento" é o estudo mais recente do professor João dos Reis Silva Júnior, do Departamento de Educação (DEd) da UFSCar. A pesquisa buscou tratar da mudança do trabalho do professor na universidade pública brasileira nas últimas duas décadas. "O objetivo central consistiu em mostrar em que medida o trabalho e a cultura das universidades públicas alteraram-se, aproximando-se do que acontece nas empresas do setor produtivo", conta o professor.
A conclusão aponta "para uma universidade cujo trabalho em geral, sua gestão e sua cultura estão voltados para a economia do país", conta o professor João, emendando que "o resultado da pesquisa aponta também para a perda da cultura do debate e da dúvida na universidade e a tendência da produção de concepção de ciência aplicada e de um pensamento único na instituição", relata.
Para avaliar as atuais condições do trabalho docente nas universidades públicas e a política educacional do atual governo, João dos Reis afirma que "não se pode dizer que o trabalho do professor nas universidades federais não tenha sido valorizado nos últimos anos. Resta saber como, por que e a que preço se deu esta valorização. Isto nos remete à análise das condições de trabalho do professor e das mudanças na cultura e na identidade da instituição universitária", revela.
Com esta proposta, as investigações foram desenvolvidas de forma predominante na pós-graduação e por meio da indução do financiamento com origem no Ministério de Ciência e Tecnologia. "A absorção imediatista do pragmatismo da cultura universitária pública aderida pelos professores produz um perverso modelo que, por sua vez, gera o ranqueamento dos programas de pós-graduação, sua consequente concorrência e a disputa por verbas e boas notas", explica o professor.
João aponta que "esta nova cultura universitária, que tem na pós-graduação o polo irradiador, tem como traços estruturadores o individualismo, as conspirações, a competição, a negação de si em prol dos objetivos institucionais, a centralização da gestão universitária, o esvaziamento dos órgãos colegiados e das assembleias da categoria". A conclusão, segundo João, é que o trabalho do professor da universidade pública fica exposto ao sofrimento por longo tempo, causando o adoecimento inevitável.
Com esta pesquisa, o professor João dos Reis foi aprovado no concurso de livre-docência em Políticas Públicas e Gestão pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo. A livre-docência é um título concedido no Brasil por uma instituição de Ensino Superior, mediante concurso público aberto apenas para portadores do título de doutor, e que atesta a qualidade superior na docência e na pesquisa. O título de livre-docência pressupõe o domínio do campo do saber em que foi feito o concurso.
Mais informações sobre a tese podem ser obtidas pelo e-mail joaodosreissilvajr@gmail.com.
A conclusão aponta "para uma universidade cujo trabalho em geral, sua gestão e sua cultura estão voltados para a economia do país", conta o professor João, emendando que "o resultado da pesquisa aponta também para a perda da cultura do debate e da dúvida na universidade e a tendência da produção de concepção de ciência aplicada e de um pensamento único na instituição", relata.
Para avaliar as atuais condições do trabalho docente nas universidades públicas e a política educacional do atual governo, João dos Reis afirma que "não se pode dizer que o trabalho do professor nas universidades federais não tenha sido valorizado nos últimos anos. Resta saber como, por que e a que preço se deu esta valorização. Isto nos remete à análise das condições de trabalho do professor e das mudanças na cultura e na identidade da instituição universitária", revela.
Com esta proposta, as investigações foram desenvolvidas de forma predominante na pós-graduação e por meio da indução do financiamento com origem no Ministério de Ciência e Tecnologia. "A absorção imediatista do pragmatismo da cultura universitária pública aderida pelos professores produz um perverso modelo que, por sua vez, gera o ranqueamento dos programas de pós-graduação, sua consequente concorrência e a disputa por verbas e boas notas", explica o professor.
João aponta que "esta nova cultura universitária, que tem na pós-graduação o polo irradiador, tem como traços estruturadores o individualismo, as conspirações, a competição, a negação de si em prol dos objetivos institucionais, a centralização da gestão universitária, o esvaziamento dos órgãos colegiados e das assembleias da categoria". A conclusão, segundo João, é que o trabalho do professor da universidade pública fica exposto ao sofrimento por longo tempo, causando o adoecimento inevitável.
Com esta pesquisa, o professor João dos Reis foi aprovado no concurso de livre-docência em Políticas Públicas e Gestão pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo. A livre-docência é um título concedido no Brasil por uma instituição de Ensino Superior, mediante concurso público aberto apenas para portadores do título de doutor, e que atesta a qualidade superior na docência e na pesquisa. O título de livre-docência pressupõe o domínio do campo do saber em que foi feito o concurso.
Mais informações sobre a tese podem ser obtidas pelo e-mail joaodosreissilvajr@gmail.com.
21/12/2011
15:52:48
31/12/2011
10:00:00
Mariana Ignatios
Não
Não
4405