Estudo do PPGCM abre caminho para novas tecnologias de dispositivos para análises de alimentos

Sorocaba
O colesterol contido nos alimentos tem atraído grande interesse da população, pois seu nível no sangue é um parâmetro importante no diagnóstico e prevenção de doenças. Nesse sentido, saber quais alimentos são ricos em colesterol é de vital importância. O trabalho da aluna de mestrado Tâmera Taís de Lima Souza, do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais (PPGCM) do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade (CCTS), campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), teve como objetivo desenvolver um biossensor para detectar o colesterol em amostras de alimentos tais como ovos, carnes e outros. O trabalho teve a orientação da professora Marystela Ferreira, do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM) da Universidade.

De acordo com a orientadora, o estudo faz parte de um projeto maior de desenvolvimento de biossensores para a análise de diferentes compostos, como a glicose e o ácido úrico. "O processo é o mesmo, o que faz a diferença é a enzima utilizada para a reação", explica Marystela. Em todos os estudos o foco é o desenvolvimento de biossensores clínicos mais acessíveis, práticos e baratos, que deverão ser utilizados na prevenção das doenças.

Em sua dissertação, com o título "Estudo da Hemoglobina em Filmes Nanoestruturados como Mediador Eletroquímico na Aplicação em Biossensores", a aluna realizou estudos sistemáticos para a aplicação da hemoglobina atuando como mediadora de elétrons, utilizando a técnica da automontagem para a imobilização da hemoglobina. Essa técnica também foi utilizada para imobilizar a enzima colesterol oxidase. Para a aluna, o mais interessante do seu trabalho foi o resultado. "A resposta final foi de acordo com o esperado", observando que "os filmes finos apresentaram um bom desempenho como biossensor amperométrico na detecção de colesterol em baixas concentrações". A alta sensibilidade e seletividade dos biossensores foram atribuídas à natureza do filme automontado e à capacidade de reconhecimento das biomoléculas.

Outra observação destacada pela professora Marystela foi que os resultados alcançados pelo biossensor na análise das gemas, foram compatíveis com as taxas informadas pelo distribuidor de ovos. "Essa constatação também foi muito importante para verificarmos a eficácia do estudo", completa. A aluna defendeu sua dissertação no dia 24 de fevereiro e pretende continuar os seus estudos com um doutorado na área. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail dorisregianema@ufscar.br.
27/02/2012
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07/03/2012
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Márcia Dias
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