UFSCar lidera projeto que oferecerá cursos gratuitos a estudantes de universidades federais

São Carlos
A UFSCar está coordenando a estruturação do projeto denominado Inglês sem Fronteiras, iniciativa da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação com apoio da Capes e do CNPq. O objetivo é organizar núcleos de formação em Língua Inglesa nas universidades federais. As primeiras ações previstas são a realização de diagnóstico da proficiência em Inglês dos estudantes dessas instituições e a oferta de cursos nos próximos anos. O projeto foi motivado pela constatação de que, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras – voltado ao fomento à internacionalização das universidades brasileiras por meio de intercâmbios de estudantes, pesquisadores e professores para instituições de excelência em diversos países –, tem sido baixa a demanda por vagas em universidades que exigem proficiência em Inglês.

Em sua primeira fase, o Inglês sem Fronteiras oferecerá cursos aos estudantes com perfil para se candidatarem às vagas do Ciência sem Fronteiras. O começo está previsto ainda para 2012. Entre agosto e setembro, serão aplicados testes de nivelamento que proporcionarão o diagnóstico do conhecimento de Língua Inglesa dos estudantes das universidades federais. Em seguida, aqueles que possuírem nível próximo do necessário para realizarem o TOEFL e o IELTS, exames de proficiência exigidos por grande parte das universidades estrangeiras, serão selecionados como público prioritário para a realização de cursos intensivos. Estima-se que 7.500 estudantes das universidades federais possam participar.

Denise de Paula Martins Abreu e Lima – Coordenadora de Administração e Planejamento Estratégico da Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) da UFSCar e Presidente do Fórum Nacional de Coordenadores da UAB (Universidade Aberta do Brasil) – preside a comissão responsável por elaborar o projeto do Inglês sem Fronteiras. Abreu e Lima avalia que a atuação do Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, na presidência da Comissão de Relações Internacionais da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) foi de grande importância para a percepção na necessidade, bem como para a viabilização do projeto. Destaca-se também a experiência de Abreu e Lima com processos de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa, educação a distância e gerenciamento de projetos e equipes. Esses fatores contribuíram de forma expressiva para a liderança da UFSCar na coordenação do Inglês sem Fronteiras.

“O projeto do Inglês sem Fronteiras prevê autonomia das universidades parceiras na oferta dos cursos. Neste primeiro momento, faremos um levantamento de materiais gratuitos já produzidos pelas universidades que podem ser usados para o ensino de Inglês. A ideia é que esse material fique disponível online para que qualquer pessoa possa se beneficiar do acesso e das orientações e tutoriais que serão acrescentados. O material será avaliado por especialistas, que além do levantamento, classificarão os materiais nos diferentes níveis de proficiência. Em um segundo momento, no próximo ano, será feito um desenho mais direcionado de cursos que preparem os estudantes para estudarem em universidades estrangeiras. Ainda assim, as universidades que aderirem ao Inglês sem Fronteiras terão liberdade para usar o material como preferirem e para adequar os cursos ao perfil de seus estudantes”, explica Abreu e Lima. Cada universidade priorizará seu público-alvo de acordo com os critérios que utiliza para a seleção dos estudantes para o Ciência sem Fronteiras. O uso das ferramentas de educação a distância também ficará a critério das universidades, que as utilizarão de acordo com as suas necessidades e estruturas.

O Núcleo Nacional, responsável pelo gerenciamento do projeto, é composto pelos docentes Waldenor Barros Moraes Filho (da Universidade Federal de Uberlândia) e Wagner José Corradi Barbosa, da Universidade Federal de Minas Gerais; e por Grace Tavares Vieira, representante da Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC; além de Denise Abreu e Lima, da UFSCar. O projeto prevê a organização de núcleos regionais, nos quais a professora Sandra Gattolin, do Departamento de Letras, participará como representante de Língua Inglesa da UFSCar. Esses núcleos serão os responsáveis pelo levantamento dos materiais que auxiliarão na capacitação dos estudantes em todas as regiões brasileiras. Está prevista também a participação de núcleo parceiros, compostos por outras universidades em condições de implantar o projeto em seus campi.

“Um diferencial do projeto é seu caráter estruturante. Com a consolidação dos núcleos de formação em Língua Inglesa, teremos resultados não apenas em termos da capacitação de nossos estudantes no idioma, mas também no âmbito da formação de professores de Inglês e na produção de conhecimento na área, o que, por sua vez, trará impactos abrangentes no ensino de Língua Inglesa no Brasil. Nesta semana, tive a oportunidade de conversar com o Secretário de Educação Superior do MEC, o professor Amaro Lins, que nos parabenizou pela qualidade do projeto e, também, pela presteza com que ele foi elaborado. Além disso, o Secretário também já indicou que é intenção da SESu aproveitar a experiência do Inglês sem Fronteiras para a estruturação de projetos voltados a outras línguas estrangeiras”, relata o Reitor da UFSCar.

Para atender à primeira fase do Inglês sem Fronteiras, que compreende custeio das atividades, compra de equipamentos e adequação de espaços físicos, além dos testes de nivelamento e a oferta dos cursos intensivos, o investimento do Governo Federal será de mais de R$ 21 milhões.

06/08/2012
16:08:00
31/08/2012
18:00:00
Mariana Pezzo
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