Primeiros indígenas ingressantes pelo Programa de Ações Afirmativas concluem a graduação na UFSCar
Araras, Sorocaba, São Carlos
No dia 13 de março, aconteceu na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) a colação de grau dos primeiros estudantes indígenas que ingressaram na Instituição pelo Programa de Ações Afirmativas, em 2008. Agenor Custódio Terena, do Mato Grosso do Sul, e Edinaldo Xukuru do Ororubá, de Pernambuco, se formaram respectivamente nos cursos de Imagem e Som e de Psicologia.
Elaborado e votado pelo Conselho Universitário, o Programa de Ações Afirmativas da UFSCar há cinco anos disponibiliza uma vaga para indígenas em cada um dos 58 cursos de graduação da Universidade. Atualmente, são 80 estudantes indígenas de 25 etnias diferentes espalhados pelos três campi da Instituição.
Edinaldo Xukuru do Ororubá, agora psicólogo, conta que o ingresso por reserva de vagas foi fundamental para sua graduação. Entrar na Universidade é muito mais difícil para nós índios que não temos o acesso à informação e com o Programa isso foi facilitado. Essa colação é uma conquista para todos os indígenas que por muito tempo permaneceram excluídos da educação. Isso é a reafirmação dos nossos povos, comemorou.
Para Agenor Terena, que decidiu cursar a graduação em Imagem e Som para poder contar a história do seu povo e colaborar na divulgação de sua cultura, sua formatura não é uma conquista apenas pessoal, mas sim de todo o seu povo. A minha formatura é motivo de orgulho para a etnia. Quero ser exemplo para outros indígenas, afirmou Terena, que pretende cursar pós-graduação antes de voltar para sua aldeia.
A docente do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas e coordenadora do Programa de Ações Afirmativas da UFSCar, Roseli de Mello, afirma que esta primeira colação representa a vitória de uma política ousada que a Universidade assumiu ao abrir todos os seus cursos para o acesso de indígenas, diferentemente do que já vinha sendo realizado por outras Instituições. Acolhidos desde o ingresso na graduação, os indígenas recebem na UFSCar acompanhamento nos cursos e na vida universitária. Os estudantes contam com espaço de debate sobre seus projetos de vida, recebem moradia, bolsa alimentação e também de apoio estudantil. Grupos dos Programas de Educação Tutorial (PET) e a ação de docentes que envolvem os estudantes em projetos de pesquisa e extensão também oferecem suporte importante para o desenvolvimento pleno dos alunos na UFSCar, conta Roseli.
Clarice Cohn, docente do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar, é uma das professoras que desenvolve diversas atividades com os estudantes indígenas. Entre os projetos, destacam-se o Observatório da Educação Escolar Indígena, onde são realizadas pesquisas sobre escolas indígenas. Oficinas de Material Didático para professores indígenas também acontecem, onde os profissionais aprendem a elaborar materiais didáticos específicos e diferenciados. Para Clarice, o sucesso de Agenor e Edinaldo é motivo de orgulho, além de representar a certeza de que a UFSCar está no caminho certo para a inclusão dos indígenas no ensino superior em todos os cursos regulares oferecidos pela Universidade. O caminho da inclusão não é fácil de trilhar, e ambos estão de parabéns por ter ultrapassado todos os obstáculos que se opuseram em sua frente. Os dois são também exemplo de boa inserção, tendo realizado diversos projetos com suas comunidades e em conjunto com seus colegas de curso e professores, parabeniza a docente.
Em 2013, várias iniciativas com o objetivo de integrar os indígenas com a comunidade acadêmica da UFSCar estão previstas para acontecer. Entre elas mesas de discussões na Jornada sobre Políticas Públicas a ser realizada em junho, em que os palestrantes são estudantes indígenas, e o I Encontro Nacional de Estudantes Indígenas, a ser realizado entre 2 e 6 de setembro no campus São Carlos da UFSCar.
Elaborado e votado pelo Conselho Universitário, o Programa de Ações Afirmativas da UFSCar há cinco anos disponibiliza uma vaga para indígenas em cada um dos 58 cursos de graduação da Universidade. Atualmente, são 80 estudantes indígenas de 25 etnias diferentes espalhados pelos três campi da Instituição.
Edinaldo Xukuru do Ororubá, agora psicólogo, conta que o ingresso por reserva de vagas foi fundamental para sua graduação. Entrar na Universidade é muito mais difícil para nós índios que não temos o acesso à informação e com o Programa isso foi facilitado. Essa colação é uma conquista para todos os indígenas que por muito tempo permaneceram excluídos da educação. Isso é a reafirmação dos nossos povos, comemorou.
Para Agenor Terena, que decidiu cursar a graduação em Imagem e Som para poder contar a história do seu povo e colaborar na divulgação de sua cultura, sua formatura não é uma conquista apenas pessoal, mas sim de todo o seu povo. A minha formatura é motivo de orgulho para a etnia. Quero ser exemplo para outros indígenas, afirmou Terena, que pretende cursar pós-graduação antes de voltar para sua aldeia.
A docente do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas e coordenadora do Programa de Ações Afirmativas da UFSCar, Roseli de Mello, afirma que esta primeira colação representa a vitória de uma política ousada que a Universidade assumiu ao abrir todos os seus cursos para o acesso de indígenas, diferentemente do que já vinha sendo realizado por outras Instituições. Acolhidos desde o ingresso na graduação, os indígenas recebem na UFSCar acompanhamento nos cursos e na vida universitária. Os estudantes contam com espaço de debate sobre seus projetos de vida, recebem moradia, bolsa alimentação e também de apoio estudantil. Grupos dos Programas de Educação Tutorial (PET) e a ação de docentes que envolvem os estudantes em projetos de pesquisa e extensão também oferecem suporte importante para o desenvolvimento pleno dos alunos na UFSCar, conta Roseli.
Clarice Cohn, docente do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar, é uma das professoras que desenvolve diversas atividades com os estudantes indígenas. Entre os projetos, destacam-se o Observatório da Educação Escolar Indígena, onde são realizadas pesquisas sobre escolas indígenas. Oficinas de Material Didático para professores indígenas também acontecem, onde os profissionais aprendem a elaborar materiais didáticos específicos e diferenciados. Para Clarice, o sucesso de Agenor e Edinaldo é motivo de orgulho, além de representar a certeza de que a UFSCar está no caminho certo para a inclusão dos indígenas no ensino superior em todos os cursos regulares oferecidos pela Universidade. O caminho da inclusão não é fácil de trilhar, e ambos estão de parabéns por ter ultrapassado todos os obstáculos que se opuseram em sua frente. Os dois são também exemplo de boa inserção, tendo realizado diversos projetos com suas comunidades e em conjunto com seus colegas de curso e professores, parabeniza a docente.
Em 2013, várias iniciativas com o objetivo de integrar os indígenas com a comunidade acadêmica da UFSCar estão previstas para acontecer. Entre elas mesas de discussões na Jornada sobre Políticas Públicas a ser realizada em junho, em que os palestrantes são estudantes indígenas, e o I Encontro Nacional de Estudantes Indígenas, a ser realizado entre 2 e 6 de setembro no campus São Carlos da UFSCar.
12/03/2013
13:00:00
13/03/2013
Enzo Kuratomi
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