Exposição fotográfica sobre plantas medicinais acontece na biblioteca do campus Araras

Araras
Está aberta até dia 10 de maio, na Biblioteca Setorial do campus Araras, a exposição fotográfica "Jardim dos sentidos: Conexões". A mostra, fruto da atividade “Canteiro de plantas de uso ornamental, medicinal, frutífero e aromático como ferramenta no ensino de Ciências”,  apresenta imagens que contemplam três momentos do projeto: a formação de um jardim itinerante, as próprias plantas do canteiro e fotos das crianças que visitaram o Jardim no Centro de Ciências Agrárias (CCA).

O objetivo da exposição é de promover e adquirir laços e novos conhecimentos do cultivo de plantas medicinais em quintais, sendo uma atividade gratuita e aberta ao público em geral. O projeto teve participação das bolsistas Susana Matsuda e Maisa Frighetto, ambas discentes do curso de Agroecologia, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar e do Comitê de Eventos do CCA. A atividade foi coordenada pelas docente e técnica do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBV) da UFSCar, Alessandra dos Santos Penha e Analucia Cerri Arruda, respectivamente.

Analucia diz que a exposição leva o nome de "Jardim dos sentidos: Conexões", porque a ideia é levar os participantes à exploração dos sentidos do corpo humano pela percepção das texturas (tato), cores (visão), aromas (olfato) e sons (audição). "Desta forma, podemos afirmar que som, luz, cor, textura e odor constituem fontes de informações que agem sobre as células receptoras sensíveis do corpo humano sob a forma de estímulos constituindo uma maneira de comunicação entre as pessoas e o ambiente". Segundo ela, a partir deste contato com as plantas medicinais e por meio de atividades lúdicas, conceitos são formulados, como a importância, os cuidados e os usos das plantas medicinais, além de aliar aos conceitos sobre ecologia, ou seja, interações entre planta, ser humano e ambiente.

A utilização das plantas como medicinais no tratamento de dores ou moléstias pelo ser humano acontece desde os primórdios da civilização humana, quando as pessoas as usavam de um modo empírico ou intuitivo, ou seja, baseado em descobertas ao acaso ou pela observação de outros animais. Atualmente existem estudos científicos que comprovam a eficácia de várias dessas plantas. A fitoterapia (tratamento de doenças com plantas) é atualmente recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como forma de baixar os custos dos programas de saúde pública. Atualmente existe uma relação de plantas medicinais recomendadas pelo Sistema de Saúde Pública (SUS) e disponível na internet.

Analucia também enfatiza que, o cultivo em quintais possibilita a utilização própria, para fins comerciais, e atua como forma de diminuir o extrativismo de espécies nativas. "Considerando que este cultivo será feito de acordo com os preceitos agroecológicos possibilitaremos o uso de técnicas economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente corretas. Espaços como 'Jardins Medicinais' podem funcionar como espaço pedagógico dentro da Universidade para que a comunidade conheça a planta, o seu potencial terapêutico e modo de cultivo", afirma.

O projeto de extensão em Educação Ambiental buscou criar um espaço de visitação dentro da Universidade como estímulo à aprendizagem das temáticas relacionadas a plantas medicinais, despertando valores e atitudes em relação ao ambiente, tudo isso aliado à exploração pelos sentidos das texturas, aromas e cores.

A exposição é aberta e gratuita, e  pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das  9 às 21 horas. Mais informações pelo telefone (19) 3543-2646.
30/04/2013
13:00:00
10/05/2013
Mariana Ignatios
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