Livro de docentes da UFSCar sobre as comunidades de aprendizagem é classificado no Prêmio Jabuti
Araras, Sorocaba, São Carlos
O livro "Comunidades de Aprendizagem: uma outra escola é possível", de autoria das professoras Roseli Rodrigues de Mello e Fabiana Marini Braga, ambas do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) da UFSCar, e Vanessa Gabassa, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi indicado para o 55° Prêmio Jabuti, na categoria Educação. A obra é publicada pela EdUFSCar e aborda a articulação entre os espaços escolares e a comunidade no desenvolvimento social.
A proposta das Comunidades de Aprendizagem foi inicialmente adotada na Espanha, pelo Centro Especial de Investigação em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades (Crea) da Universidade de Barcelona. Em 2003, o projeto foi adotado no Brasil pelo Núcleo de Ação e Investigação Educativa (Niase) da UFSCar. O livro aborda a formação das Comunidades de Aprendizagem, as práticas que possibilitam o estabelecimento de relações sociais no entorno escolar e as ações que contribuem para a melhoria no desempenho escolar dos alunos. "Precisamos formar redes de solidariedade e conhecimento para que as individualidades não sejam constrangidas. É possível a constituição de uma nova escola que responda à essa complexidade, garanta a participação da comunidade e amplie a satisfação do convívio", aponta a professora.
Segundo Roseli, a escola deve ser vista como um espaço de desenvolvimento local, com iniciativas de formação da educação das crianças e dos familiares e também de outros atores envolvidos no contexto social. "Estudos em Sociologia, Pedagogia e Educação apontam que a interlocução entre as famílias e a escola é fundamental. Para a garantia da qualidade de ensino é necessária a participação da família e da comunidade, inclusive nos processos decisórios", afirma a docente. O projeto também conta com a participação de estudantes universitários, ex-alunos das escolas e moradores dos bairros próximos. Para a realização de projetos, regularmente ocorrem reuniões que estabelecem atividades a serem executadas, conforme as demandas da comunidade. Já foram organizados cursos de idiomas, pré-vestibular, informática e artesanato, além da implantação da "Biblioteca Tutorada", aberta para toda a comunidade e com apoio de voluntários que auxiliam os estudos dos alunos, e a "Tertúlia Literária", atividade que, por meio de reuniões, estimula a leitura e debates de textos.
A professora Fabiana salienta que a diversidade de pessoas presentes nas comunidades de aprendizagem possibilitam experiências enriquecedoras, pois cada pessoa compartilha suas experiências e habilidades para o desenvolvimento coletivo. "Nas atividades, os familiares ensinam o que sabem e também garantem um vínculo com a escola. As crianças e jovens que participam de projetos querem atuar depois como voluntários para manter o vínculo com a escola", observa a docente.
Roseli explica que o projeto Comunidades de Aprendizagem é baseado em Atuações Educativas de Êxito, realizadas a partir de pesquisas e experiências consolidadas e que demonstram resultados positivos e efetivos, tanto do ponto de vista educacional quanto social. A reprodutividade dos resultados foi verificada em estudos comparativos entre escolas brasileiras e europeias. Nos locais em que as Comunidades de Aprendizagem foram aplicadas, houve a melhoria no desempenho escolar e no convívio social entre os estudantes, os familiares e outras pessoas da comunidade envolvidas. "Os resultados que obtivemos em São Carlos confirmam as pesquisas internacionais realizadas. Tanto nas escolas europeias, quanto em São Carlos, as pessoas adultas que atuaram no desenvolvimento da melhoria da educação para os seus filhos trouxeram para a escola uma coesão social e um ambiente de convívio que é produtivo para todos os envolvidos", destaca a professora. Atualmente, o projeto é aplicado nas Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEB) Antônio Stella Moruzzi e Arthur Natalino Deriggi. Já está prevista a expansão do projeto para escolas do Rio de Janeiro e Bahia e também do Peru e Colômbia.
Na opinião da professora Roseli, a indicação do livro "Comunidades de Aprendizagem: uma outra escola é possível" ao Prêmio Jabuti reforça que o projeto é bem avaliado e com qualidade reconhecida pelo meio acadêmico, tanto na área da Educação como também em outras áreas de conhecimento, como Sociologia, Ciências Políticas e Psicologia. Na próxima fase, serão selecionadas três obras, entre dez títulos de cada uma das 27 categorias que compõem o Prêmio, promovido pela Câmara Brasileira do Livro. Os resultados serão divulgados no dia 27 de outubro. Na edição 2013 foram registradas mais de duas mil inscrições. Mais informações sobre o 55° Prêmio Jabuti podem ser obtidas no site www.premiojabuti.com.br.
Legenda: O livro "Comunidades de Aprendizagem: uma outra escola é possível" é publicado pela EdUFSCar e aborda a articulação entre os espaços escolares e a comunidade no desenvolvimento social.
A proposta das Comunidades de Aprendizagem foi inicialmente adotada na Espanha, pelo Centro Especial de Investigação em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades (Crea) da Universidade de Barcelona. Em 2003, o projeto foi adotado no Brasil pelo Núcleo de Ação e Investigação Educativa (Niase) da UFSCar. O livro aborda a formação das Comunidades de Aprendizagem, as práticas que possibilitam o estabelecimento de relações sociais no entorno escolar e as ações que contribuem para a melhoria no desempenho escolar dos alunos. "Precisamos formar redes de solidariedade e conhecimento para que as individualidades não sejam constrangidas. É possível a constituição de uma nova escola que responda à essa complexidade, garanta a participação da comunidade e amplie a satisfação do convívio", aponta a professora.
Segundo Roseli, a escola deve ser vista como um espaço de desenvolvimento local, com iniciativas de formação da educação das crianças e dos familiares e também de outros atores envolvidos no contexto social. "Estudos em Sociologia, Pedagogia e Educação apontam que a interlocução entre as famílias e a escola é fundamental. Para a garantia da qualidade de ensino é necessária a participação da família e da comunidade, inclusive nos processos decisórios", afirma a docente. O projeto também conta com a participação de estudantes universitários, ex-alunos das escolas e moradores dos bairros próximos. Para a realização de projetos, regularmente ocorrem reuniões que estabelecem atividades a serem executadas, conforme as demandas da comunidade. Já foram organizados cursos de idiomas, pré-vestibular, informática e artesanato, além da implantação da "Biblioteca Tutorada", aberta para toda a comunidade e com apoio de voluntários que auxiliam os estudos dos alunos, e a "Tertúlia Literária", atividade que, por meio de reuniões, estimula a leitura e debates de textos.
A professora Fabiana salienta que a diversidade de pessoas presentes nas comunidades de aprendizagem possibilitam experiências enriquecedoras, pois cada pessoa compartilha suas experiências e habilidades para o desenvolvimento coletivo. "Nas atividades, os familiares ensinam o que sabem e também garantem um vínculo com a escola. As crianças e jovens que participam de projetos querem atuar depois como voluntários para manter o vínculo com a escola", observa a docente.
Roseli explica que o projeto Comunidades de Aprendizagem é baseado em Atuações Educativas de Êxito, realizadas a partir de pesquisas e experiências consolidadas e que demonstram resultados positivos e efetivos, tanto do ponto de vista educacional quanto social. A reprodutividade dos resultados foi verificada em estudos comparativos entre escolas brasileiras e europeias. Nos locais em que as Comunidades de Aprendizagem foram aplicadas, houve a melhoria no desempenho escolar e no convívio social entre os estudantes, os familiares e outras pessoas da comunidade envolvidas. "Os resultados que obtivemos em São Carlos confirmam as pesquisas internacionais realizadas. Tanto nas escolas europeias, quanto em São Carlos, as pessoas adultas que atuaram no desenvolvimento da melhoria da educação para os seus filhos trouxeram para a escola uma coesão social e um ambiente de convívio que é produtivo para todos os envolvidos", destaca a professora. Atualmente, o projeto é aplicado nas Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEB) Antônio Stella Moruzzi e Arthur Natalino Deriggi. Já está prevista a expansão do projeto para escolas do Rio de Janeiro e Bahia e também do Peru e Colômbia.
Na opinião da professora Roseli, a indicação do livro "Comunidades de Aprendizagem: uma outra escola é possível" ao Prêmio Jabuti reforça que o projeto é bem avaliado e com qualidade reconhecida pelo meio acadêmico, tanto na área da Educação como também em outras áreas de conhecimento, como Sociologia, Ciências Políticas e Psicologia. Na próxima fase, serão selecionadas três obras, entre dez títulos de cada uma das 27 categorias que compõem o Prêmio, promovido pela Câmara Brasileira do Livro. Os resultados serão divulgados no dia 27 de outubro. Na edição 2013 foram registradas mais de duas mil inscrições. Mais informações sobre o 55° Prêmio Jabuti podem ser obtidas no site www.premiojabuti.com.br.
Legenda: O livro "Comunidades de Aprendizagem: uma outra escola é possível" é publicado pela EdUFSCar e aborda a articulação entre os espaços escolares e a comunidade no desenvolvimento social.
26/09/2013
13:00:00
25/10/2013
22:00:00
Enzo Kuratomi
Sim
Não
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