Presidente do CNPq abre as atividades da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar
Araras, Sorocaba, São Carlos
Começou na manhã do dia 14 de outubro a 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar. Nesta edição, que acontece até 18 de outubro com atividades nos três campi da Universidade, são seis os eventos reunidos na Jornada: XXI Congresso de Iniciação Científica (CIC); VI Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CIDTI); IX Congresso de Extensão (ConEx); VI Workshop de Grupos de Pesquisa (WGP); II Congresso de Ensino de Graduação (ConEGrad); e VI Congresso de Pós-Graduação (ConPG). Ao todo, a Jornada, que acontece a cada dois anos, terá a apresentação, na forma de pôsteres, de 1.038 trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, congregando 2.631 autores da UFSCar e, também, de outras instituições de Ensino Superior. Além disso, serão realizadas cerca de 80 outras atividades, entre palestras, mesas redondas, oficinas e minicursos. A Jornada é uma realização das pró-reitorias de Pesquisa, Extensão, Graduação e Pós-Graduação da UFSCar, com apoio de diversas outras unidades da Instituição.
A abertura da Jornada aconteceu com a participação do Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. Em sua apresentação, intitulada Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional, Oliva destacou, como desafio atual para a produção científica do País, a ampliação de sua relação com a sociedade. O dirigente do CNPq mostrou a partir de indicadores de publicação, número de grupos de pesquisa, formação de mestres e doutores, dentre outros o crescimento exponencial da Ciência brasileira desde a década de 1950, quando o CNPq foi criado em um contexto caracterizado por pouquíssimos pesquisadores radicados no País e falta de um ambiente de pesquisa nas universidade, de um lado, e por um parque industrial incipiente, de outro. Em contraposição a esses indicadores positivos, Oliva apresentou outros que demandam atenção, como o baixo envolvimento do setor industrial e empresarial em processos de inovação; a necessidade de ampliação dos recursos financeiros destinados à Ciência, Tecnologia e Inovação em relação ao PIB brasileiro, especialmente considerando a baixa participação do setor privado nesses investimentos; e, também, o ainda baixo número de pesquisadores brasileiros em relação ao número de habitantes do País e, juntamente com isso, a concentração desses pesquisadores nas universidades e institutos de pesquisa públicos.
Nós já temos, no Brasil, os exemplos de sucesso de como transformar conhecimento em riqueza: Petrobras, Embraer, Embrapa. Além disso, especialmente frente à minha experiência no CNPq, posso afirmar que é uma falácia dizer que a Ciência brasileira é desconectada da realidade. Posso apresentar vários exemplos que mostram que são necessárias as oportunidades para que a Ciência possa dar a sua contribuição, que uma vez oferecidas essas oportunidades a comunidade científica está pronta para responder a elas. Assim, o grande desafio é transformar Ciência, Tecnologia e Inovação em eixo estruturante do desenvolvimento do País, afirmou o Presidente do CNPq. À luz dessa reflexão, Oliva elencou oito focos de atenção para o futuro da Ciência brasileira: a avaliação da produção científica com base em critérios de qualidade, impacto e relevância, superando a avaliação meramente quantitativa; a internacionalização, com o objetivo de aproveitar o que é produzido no exterior; o crescimento da inovação e das patentes; a formação de pessoal qualificado para a inovação nas empresas; o investimento nesse processo de inovação nas empresas; a percepção da sociedade sobre o valor e a importância da Ciência; a atração de talentos para a Ciência; e os investimentos na Educação Básica.
A programação completa da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar pode ser conferida no site do evento, em www.jornada2013.ufscar.br.
Legenda foto: Presidente do CNPq, Glaucius Oliva, participa de abertura da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar. Créditos: Melina Simardel
A abertura da Jornada aconteceu com a participação do Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. Em sua apresentação, intitulada Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento nacional, Oliva destacou, como desafio atual para a produção científica do País, a ampliação de sua relação com a sociedade. O dirigente do CNPq mostrou a partir de indicadores de publicação, número de grupos de pesquisa, formação de mestres e doutores, dentre outros o crescimento exponencial da Ciência brasileira desde a década de 1950, quando o CNPq foi criado em um contexto caracterizado por pouquíssimos pesquisadores radicados no País e falta de um ambiente de pesquisa nas universidade, de um lado, e por um parque industrial incipiente, de outro. Em contraposição a esses indicadores positivos, Oliva apresentou outros que demandam atenção, como o baixo envolvimento do setor industrial e empresarial em processos de inovação; a necessidade de ampliação dos recursos financeiros destinados à Ciência, Tecnologia e Inovação em relação ao PIB brasileiro, especialmente considerando a baixa participação do setor privado nesses investimentos; e, também, o ainda baixo número de pesquisadores brasileiros em relação ao número de habitantes do País e, juntamente com isso, a concentração desses pesquisadores nas universidades e institutos de pesquisa públicos.
Nós já temos, no Brasil, os exemplos de sucesso de como transformar conhecimento em riqueza: Petrobras, Embraer, Embrapa. Além disso, especialmente frente à minha experiência no CNPq, posso afirmar que é uma falácia dizer que a Ciência brasileira é desconectada da realidade. Posso apresentar vários exemplos que mostram que são necessárias as oportunidades para que a Ciência possa dar a sua contribuição, que uma vez oferecidas essas oportunidades a comunidade científica está pronta para responder a elas. Assim, o grande desafio é transformar Ciência, Tecnologia e Inovação em eixo estruturante do desenvolvimento do País, afirmou o Presidente do CNPq. À luz dessa reflexão, Oliva elencou oito focos de atenção para o futuro da Ciência brasileira: a avaliação da produção científica com base em critérios de qualidade, impacto e relevância, superando a avaliação meramente quantitativa; a internacionalização, com o objetivo de aproveitar o que é produzido no exterior; o crescimento da inovação e das patentes; a formação de pessoal qualificado para a inovação nas empresas; o investimento nesse processo de inovação nas empresas; a percepção da sociedade sobre o valor e a importância da Ciência; a atração de talentos para a Ciência; e os investimentos na Educação Básica.
A programação completa da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar pode ser conferida no site do evento, em www.jornada2013.ufscar.br.
Legenda foto: Presidente do CNPq, Glaucius Oliva, participa de abertura da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar. Créditos: Melina Simardel
16/10/2013
13:00:00
18/10/2013
23:59:00
Gisele Bicaletto
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5990