Pesquisa propõe modelo de iniciação esportiva para crianças com deficiência física
São Carlos
Pesquisador da UFSCar destaca que existem poucos estudos sobre o tema e, também, que não são oferecidos exercícios adaptados nas escolas
A carência de oferta de atividades físicas específicas para crianças com deficiência é o motivo pelo qual muitas delas só podem iniciar a prática esportiva na idade adulta. Com o objetivo de democratizar essas práticas e estabelecer parâmetros para avaliação do desenvolvimento físico, Flávio Anderson Pedrosa de Melo, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da UFSCar, desenvolve estudo com crianças que usam cadeira de rodas.
O estudo foi conduzido com quatro crianças, que foram avaliadas fisicamente e passaram por 24 aulas com atividade lúdicas combinadas com fundamentos de modalidades esportivas. As crianças, com idade entre 6 e 10 anos, têm diferentes tipos de deficiência, e todas usam cadeira de rodas. Ao final das atividades, a avaliação foi repetida para mensurar a evolução. O protocolo de avaliação, também desenvolvido por Melo, considera as três habilidades motoras fundamentais: locomoção, estabilização e manipulação. "As crianças com deficiência acabam não frequentando as aulas de Educação Física na escola, por não terem condições de participar das aulas tradicionais e porque não são ofertados exercícios adaptados às suas condições. Foi muito gratificante ver que elas apresentaram desenvolvimento em todos os aspectos. O protocolo aplicado foi sensível à população, o que é importante, pois existem poucos estudos sobre Educação Física adaptada feitos com o público infantil", ressalta o estudante, que também atua como técnico da equipe de Handebol em Cadeira de Rodas da UFSCar e recentemente assumiu o posto de auxiliar técnico da equipe brasileira, que venceu o último campeonato mundial da modalidade, realizado em setembro.
Foi também em decorrência da carência de atividades físicas adaptadas que, com o fim dos testes realizados para a pesquisa, as aulas foram incorporadas pelo Projeto de Atividades Físicas e de Lazer Adaptadas às Pessoas com Deficiência (Proafa), atividade de extensão coordenada pela professora Mey de Abreu van Munster, do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da UFSCar. No momento, cerca de oito crianças participam das aulas, realizadas no Campus São Carlos da UFSCar. O Proafa foi criado em 2006, a partir da percepção da ausência de participação das pessoas com deficiência em programas de atividades esportivas e da demanda da população da região de São Carlos por essas atividades. Entre outros objetivos, o projeto visa promover oportunidades de participação de pessoas com deficiências em um conjunto diversificado de atividades físicas, esportivas e de lazer, visando despertar o prazer pela descoberta do corpo e de suas possibilidades dentro do universo da cultura corporal do movimento. Atualmente, são promovidas atividades de natação adaptada, handebol em cadeira de rodas, dentre outras atividades físicas e esportivas adaptadas.
O estudo foi conduzido com quatro crianças, que foram avaliadas fisicamente e passaram por 24 aulas com atividade lúdicas combinadas com fundamentos de modalidades esportivas. As crianças, com idade entre 6 e 10 anos, têm diferentes tipos de deficiência, e todas usam cadeira de rodas. Ao final das atividades, a avaliação foi repetida para mensurar a evolução. O protocolo de avaliação, também desenvolvido por Melo, considera as três habilidades motoras fundamentais: locomoção, estabilização e manipulação. "As crianças com deficiência acabam não frequentando as aulas de Educação Física na escola, por não terem condições de participar das aulas tradicionais e porque não são ofertados exercícios adaptados às suas condições. Foi muito gratificante ver que elas apresentaram desenvolvimento em todos os aspectos. O protocolo aplicado foi sensível à população, o que é importante, pois existem poucos estudos sobre Educação Física adaptada feitos com o público infantil", ressalta o estudante, que também atua como técnico da equipe de Handebol em Cadeira de Rodas da UFSCar e recentemente assumiu o posto de auxiliar técnico da equipe brasileira, que venceu o último campeonato mundial da modalidade, realizado em setembro.
Foi também em decorrência da carência de atividades físicas adaptadas que, com o fim dos testes realizados para a pesquisa, as aulas foram incorporadas pelo Projeto de Atividades Físicas e de Lazer Adaptadas às Pessoas com Deficiência (Proafa), atividade de extensão coordenada pela professora Mey de Abreu van Munster, do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da UFSCar. No momento, cerca de oito crianças participam das aulas, realizadas no Campus São Carlos da UFSCar. O Proafa foi criado em 2006, a partir da percepção da ausência de participação das pessoas com deficiência em programas de atividades esportivas e da demanda da população da região de São Carlos por essas atividades. Entre outros objetivos, o projeto visa promover oportunidades de participação de pessoas com deficiências em um conjunto diversificado de atividades físicas, esportivas e de lazer, visando despertar o prazer pela descoberta do corpo e de suas possibilidades dentro do universo da cultura corporal do movimento. Atualmente, são promovidas atividades de natação adaptada, handebol em cadeira de rodas, dentre outras atividades físicas e esportivas adaptadas.
29/10/2013
13:00:00
28/11/2013
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Mariana Pezzo
Não
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