Estudante apresenta pesquisa sobre impacto de medidas não tarifárias sobre a exportação brasileira de papel e celulose
Sorocaba, São Carlos
Somente atendendo exigências regulatórias é que nação exportadora consegue que seu produto tenha acesso ao mercado de outros países
O Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGEc) do Campus Sorocaba da UFSCar promove no dia 14 de novembro o seminário "Impactos das medidas não tarifárias sobre as exportações brasileiras de papel e celulose". O tema será apresentado pela estudante Franciele de Oliveira Pereira, bolsista da Fapesp, que realiza pesquisa sob a orientação do professor Alexandre Nunes de Almeida, do PPGEc e do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP. O seminário terá como debatedora a docente Mariusa Momenti Pitelle, do Departamento de Economia (DEco) da UFSCar.
Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose (Sinpacel) contidos no estudo, o Brasil é um dos maiores produtores de papel e celulose do mundo. Desde 2008, ocupa a posição de 4° maior produtor de celulose e oscila entre a 9ª e 10ª posição na confecção de papel. O setor possui uma balança comercial tradicionalmente positiva (superávit), graças sobretudo à exportação de celulose, o que confere ao segmento o título de um dos componentes mais importantes da pauta exportadora nacional. Em contrapartida, a pesquisa alerta também para os riscos ambientais contidos no processo produtivo de papel e celulose, como o uso intensivo de recursos florestais, poluição atmosférica e hídrica, exploração do solo e reflorestamentos baseados na monocultura que ameaçam a diversidade biológica das regiões onde estão inseridas, fatores que podem violar algumas medidas não tarifárias impostas e faz com que as indústrias brasileiras sofram eventuais restrições internacionais. Assim, estas exigências apresentam-se como um meio de preservação ambiental e uma garantia de produtos com melhor qualidade, reduzindo a desconfiança em relação a produtos provenientes de outros países.
Segundo Franciele, os efeitos das medidas podem atuar em sentidos opostos e dependem muito do setor e das exigências em questão. Espera-se que o preço do produto aumente em virtude da sua adequação à exigência, porém seus efeitos sobre a balança comercial e produtiva variam de acordo com o modo como os consumidores irão receber este produto. "Na teoria, se o incremento na demanda superar o acréscimo nos custos o resultado é positivo; caso contrário, não. Alguns trabalhos encontram efeito positivo, alguns efeitos negativos e outros, nenhum efeito. Diferentemente do regime de tarifas, é muito difícil antecipadamente mensurar o resultado líquido da aplicação de uma medida", ela explica.
O objetivo da pesquisa realizada pela estudante é, portanto, avaliar os efeitos das medidas não tarifárias, pertencentes ao acordo de exigências técnicas, sobre as exportações brasileiras de papel e celulose com o intuito de determinar se tais exigências limitam o acesso destes produtos ao mercado externo e afetam a competitividade do setor frente ao mercado internacional. Apenas atendendo a tais medidas - que têm entre seus efeitos positivos a redução do impacto ambiental, a redução da emissão de substâncias nocivas à saúde na natureza, maior qualidade dos produtos ofertados e maior clareza de informações disponíveis aos consumidores - é que a nação exportadora consegue que seu produto tenha acesso ao mercado de outros países.
O seminário ocorre às 13 horas, na sala 16 do edifício ATLab, é gratuito e aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia. O evento faz parte das atividades da disciplina "Seminários de Pesquisa em Economia" oferecida no PPGEc. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3229-5991.
Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose (Sinpacel) contidos no estudo, o Brasil é um dos maiores produtores de papel e celulose do mundo. Desde 2008, ocupa a posição de 4° maior produtor de celulose e oscila entre a 9ª e 10ª posição na confecção de papel. O setor possui uma balança comercial tradicionalmente positiva (superávit), graças sobretudo à exportação de celulose, o que confere ao segmento o título de um dos componentes mais importantes da pauta exportadora nacional. Em contrapartida, a pesquisa alerta também para os riscos ambientais contidos no processo produtivo de papel e celulose, como o uso intensivo de recursos florestais, poluição atmosférica e hídrica, exploração do solo e reflorestamentos baseados na monocultura que ameaçam a diversidade biológica das regiões onde estão inseridas, fatores que podem violar algumas medidas não tarifárias impostas e faz com que as indústrias brasileiras sofram eventuais restrições internacionais. Assim, estas exigências apresentam-se como um meio de preservação ambiental e uma garantia de produtos com melhor qualidade, reduzindo a desconfiança em relação a produtos provenientes de outros países.
Segundo Franciele, os efeitos das medidas podem atuar em sentidos opostos e dependem muito do setor e das exigências em questão. Espera-se que o preço do produto aumente em virtude da sua adequação à exigência, porém seus efeitos sobre a balança comercial e produtiva variam de acordo com o modo como os consumidores irão receber este produto. "Na teoria, se o incremento na demanda superar o acréscimo nos custos o resultado é positivo; caso contrário, não. Alguns trabalhos encontram efeito positivo, alguns efeitos negativos e outros, nenhum efeito. Diferentemente do regime de tarifas, é muito difícil antecipadamente mensurar o resultado líquido da aplicação de uma medida", ela explica.
O objetivo da pesquisa realizada pela estudante é, portanto, avaliar os efeitos das medidas não tarifárias, pertencentes ao acordo de exigências técnicas, sobre as exportações brasileiras de papel e celulose com o intuito de determinar se tais exigências limitam o acesso destes produtos ao mercado externo e afetam a competitividade do setor frente ao mercado internacional. Apenas atendendo a tais medidas - que têm entre seus efeitos positivos a redução do impacto ambiental, a redução da emissão de substâncias nocivas à saúde na natureza, maior qualidade dos produtos ofertados e maior clareza de informações disponíveis aos consumidores - é que a nação exportadora consegue que seu produto tenha acesso ao mercado de outros países.
O seminário ocorre às 13 horas, na sala 16 do edifício ATLab, é gratuito e aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia. O evento faz parte das atividades da disciplina "Seminários de Pesquisa em Economia" oferecida no PPGEc. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3229-5991.
12/11/2013
13:00:00
14/11/2013
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Lucas Montenegro
Não
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