Projeto desenvolve adaptação de materiais para crianças com paralisia cerebral
São Carlos
Tecnologias assistivas vão desde um lápis adaptado para facilitar o manuseio até programas de computador sofisticados
Tecnologia assistiva é todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, assim, promover vida independente e inclusão. Podemos chamar de tecnologia assistiva desde um simples lápis adaptado para facilitar seu manuseio até programas de computador que permitam a comunicação de pessoas que não se expressam oralmente.
Com foco em crianças com paralisia cerebral, a professora Gerusa Ferreira Lourenço, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, desenvolve projeto que busca avaliar e desenvolver tecnologias assistivas para essa população. O estudo começará por um diagnóstico das crianças com paralisia cerebral nas escolas da rede pública de São Carlos e pela composição de um mapa da Educação Infantil e do Ensino Fundamental para esse público.
Lourenço explica que o projeto é composto por atividades de ensino, pesquisa e extensão e envolve estudantes de graduação e pós-graduação dos cursos de Educação Especial e Terapia Ocupacional da UFSCar. "O nosso grande objetivo é que a criança participe das atividades comuns de seu dia a dia, que seja dona de sua própria vontade e se desenvolva satisfatoriamente. Queremos oferecer respostas para esse problema real, de crianças com dificuldades motoras ou cognitivas. E, para isso, precisamos formar profissionais críticos, que reflitam sobre esses temas e sejam também capazes de produzir soluções. Então, desenvolvemos atividades de extensão para a melhora da qualidade de vida das crianças, ao mesmo tempo em que isso nos gera dados para a pesquisa e contribui para a formação dos nossos estudantes", destaca.
A paralisia cerebral é uma deficiência que não atinge todos os indivíduos da mesma forma. As deficiências motoras ou cognitivas, em alguns casos são bastante diferentes e podem prejudicar diversos músculos em diferentes intensidades. Por isso, não basta apenas desenvolver os equipamentos de tecnologia assistiva, é necessário entender as dificuldades e necessidades do indivíduo para escolher os materiais e adaptar o uso e, assim, promover benefícios.
Em sala de aula, os estudantes de graduação aprendem a desenvolver adaptações simples em objetos do dia a dia, como lápis, pratos e escovas de dente. A partir dessas atividades, é feita a reflexão sobre as necessidades específicas e formas de melhorar a realização das atividades comuns pelas pessoas com deficiência. Nos trabalhos de extensão, o contato com as crianças e os profissionais que já as atendem coloca em prática esse primeiro aprendizado, e proporciona outros durante a experiência. Além disso, esses trabalhos contribuem também para a formação dos profissionais da rede pública, que têm contato com o que é produzido na Universidade. Concomitantemente, desenvolvem-se pesquisas, utilizando os dados, principalmente qualitativos, sobre as atividades realizadas e as respostas das crianças às intervenções.
Dados do Ministério da Educação (MEC) indicam que existem, no Brasil, cerca de 28 mil escolas equipadas com salas de recursos multifuncionais espaços destinados ao atendimento especializado de crianças com deficiências, com recursos de tecnologia assistiva. Lourenço explica que o MEC tem investido bastante nesse atendimento especializado na rede pública de educação, principalmente por meio de programa de implantação de serviços de apoio. O grande desafio é utilizar esses recursos da melhor forma. "Um objeto passa a ser uma tecnologia assistiva a partir do momento em que há interação com a pessoa com deficiência e a promoção da autonomia. Trabalhamos com a interdisciplinaridade, pois acreditamos que todos os profissionais precisam pensar sobre o tema. Se tivermos educadores, psicólogos, engenheiros, arquitetos, terapeutas ocupacionais, enfim, uma variedade de profissionais trabalhando em conjunto, os resultados serão muito melhores. E a universidade é o lugar ideal para que isso aconteça. Queremos ainda pesquisadores de outras áreas com as quais ainda não trabalhamos desenvolvendo projetos conosco", relata Gerusa Lourenço, que integra o Observatório Nacional de Educação Especial (ONEEsp), rede coordenada pela docente Eniceia Mendes, do Departamento de Psicologia da UFSCar.
Com foco em crianças com paralisia cerebral, a professora Gerusa Ferreira Lourenço, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, desenvolve projeto que busca avaliar e desenvolver tecnologias assistivas para essa população. O estudo começará por um diagnóstico das crianças com paralisia cerebral nas escolas da rede pública de São Carlos e pela composição de um mapa da Educação Infantil e do Ensino Fundamental para esse público.
Lourenço explica que o projeto é composto por atividades de ensino, pesquisa e extensão e envolve estudantes de graduação e pós-graduação dos cursos de Educação Especial e Terapia Ocupacional da UFSCar. "O nosso grande objetivo é que a criança participe das atividades comuns de seu dia a dia, que seja dona de sua própria vontade e se desenvolva satisfatoriamente. Queremos oferecer respostas para esse problema real, de crianças com dificuldades motoras ou cognitivas. E, para isso, precisamos formar profissionais críticos, que reflitam sobre esses temas e sejam também capazes de produzir soluções. Então, desenvolvemos atividades de extensão para a melhora da qualidade de vida das crianças, ao mesmo tempo em que isso nos gera dados para a pesquisa e contribui para a formação dos nossos estudantes", destaca.
A paralisia cerebral é uma deficiência que não atinge todos os indivíduos da mesma forma. As deficiências motoras ou cognitivas, em alguns casos são bastante diferentes e podem prejudicar diversos músculos em diferentes intensidades. Por isso, não basta apenas desenvolver os equipamentos de tecnologia assistiva, é necessário entender as dificuldades e necessidades do indivíduo para escolher os materiais e adaptar o uso e, assim, promover benefícios.
Em sala de aula, os estudantes de graduação aprendem a desenvolver adaptações simples em objetos do dia a dia, como lápis, pratos e escovas de dente. A partir dessas atividades, é feita a reflexão sobre as necessidades específicas e formas de melhorar a realização das atividades comuns pelas pessoas com deficiência. Nos trabalhos de extensão, o contato com as crianças e os profissionais que já as atendem coloca em prática esse primeiro aprendizado, e proporciona outros durante a experiência. Além disso, esses trabalhos contribuem também para a formação dos profissionais da rede pública, que têm contato com o que é produzido na Universidade. Concomitantemente, desenvolvem-se pesquisas, utilizando os dados, principalmente qualitativos, sobre as atividades realizadas e as respostas das crianças às intervenções.
Dados do Ministério da Educação (MEC) indicam que existem, no Brasil, cerca de 28 mil escolas equipadas com salas de recursos multifuncionais espaços destinados ao atendimento especializado de crianças com deficiências, com recursos de tecnologia assistiva. Lourenço explica que o MEC tem investido bastante nesse atendimento especializado na rede pública de educação, principalmente por meio de programa de implantação de serviços de apoio. O grande desafio é utilizar esses recursos da melhor forma. "Um objeto passa a ser uma tecnologia assistiva a partir do momento em que há interação com a pessoa com deficiência e a promoção da autonomia. Trabalhamos com a interdisciplinaridade, pois acreditamos que todos os profissionais precisam pensar sobre o tema. Se tivermos educadores, psicólogos, engenheiros, arquitetos, terapeutas ocupacionais, enfim, uma variedade de profissionais trabalhando em conjunto, os resultados serão muito melhores. E a universidade é o lugar ideal para que isso aconteça. Queremos ainda pesquisadores de outras áreas com as quais ainda não trabalhamos desenvolvendo projetos conosco", relata Gerusa Lourenço, que integra o Observatório Nacional de Educação Especial (ONEEsp), rede coordenada pela docente Eniceia Mendes, do Departamento de Psicologia da UFSCar.
14/11/2013
13:00:00
16/12/2013
10:00:00
Mariana Pezzo
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