Campus Sorocaba realiza ciclo de atividades para relembrar os 50 anos do Golpe Civil-Militar
Sorocaba
Entre os dias 17 de março e 29 de abril, o Campus Sorocaba da UFSCar realiza o ciclo de atividades "50 anos do Golpe Civil-Militar 1964-2014". Organizado pelo Departamento de Ciências Humanas e Educação (DCHE) da UFSCar, o evento tem como objetivo recontar a história do Golpe de 1964 para os mais jovens a partir do ponto de vista de quem o viveu na pele. Todas as atividades são gratuitas e abertas a todos os interessados. Os participantes receberão certificado.
Para a organização do evento, "as novas gerações de brasileiras e brasileiros não tiveram contato com essa história nem na escola e nem na mídia. Os vigorosos, porém insuficientes esforços para que a história seja contada não lograram sequer a abertura dos documentos da época, a contagem real das vítimas mortas ou que tiveram suas vidas marcadas pela repressão. As iniciativas de resistência foram igualmente apagadas e, muitas vezes, ridicularizadas. As consequências sociais e econômicas desse período não são compreendidas por grande parte de nosso povo. A história que se contou criou no imaginário de grande parte das brasileiras e brasileiros a ideia de que aqueles eram tempos de paz e desenvolvimento". As docentes Viviane Melo de Mendonça e Teresa Mary Pires de Castro Melo, do DCHE da UFSCar, coordenam os trabalhos.
As atividades do "50 anos do Golpe Civil-Militar 1964-2014" têm inicio no dia 17 de março com sessão do Cineclube Sinergia. Será exibido o documentário"Porque Lutamos! Resistência à ditadura militar" (2008), da jornalista Fernanda Ikedo. O filme traz, por meio de depoimentos, a história do estudante sorocabano que desafiou o autoritarismo e arriscou sua vida manifestando suas críticas à ditadura. No dia 16 de março de 1973 Alexandre Vannucchi Leme foi preso e torturado. Amanheceu morto na cela x-zero do Destacamento de Operações de Informações Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Alexandre tinha 22 anos e cursava o quarto ano de Geologia da Universidade de São Paulo (USP). Com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LINC), foram distribuídas 350 cópias do filme para escolas municipais e estaduais de Sorocaba, bibliotecas públicas, faculdades, universidades, institutos de pesquisa, movimentos sociais e veículos de comunicação. A sessão acontece às 17 horas na sala do Cineclube Sinergia no edifício ATLab, com presença da diretora Fernanda Ikedo. Já no dia 31 de março, acontece a mesa-redonda "O Golpe: conjuntura e decorrências". Os docentes aposentados da UFSCar, Marly de Almeida Gomes Vianna, Ramón Peña Castro e Wolfgang Leo Maar, que viveram o Golpe de 64, vão relatar suas experiências e análises. O evento acontece das 19 às 22 horas no Auditório do edifício ATLab. O ciclo ainda prevê outras mesas-redondas, exposições, saraus e apresentações musicais.
Mais informações e agenda completa podem ser obtidas no blog do evento.
Legenda foto: Estudante sorocabano Alexandre Vannucchi Leme, vitima da Ditadura militar e símbolo do combate à repressão.
Para a organização do evento, "as novas gerações de brasileiras e brasileiros não tiveram contato com essa história nem na escola e nem na mídia. Os vigorosos, porém insuficientes esforços para que a história seja contada não lograram sequer a abertura dos documentos da época, a contagem real das vítimas mortas ou que tiveram suas vidas marcadas pela repressão. As iniciativas de resistência foram igualmente apagadas e, muitas vezes, ridicularizadas. As consequências sociais e econômicas desse período não são compreendidas por grande parte de nosso povo. A história que se contou criou no imaginário de grande parte das brasileiras e brasileiros a ideia de que aqueles eram tempos de paz e desenvolvimento". As docentes Viviane Melo de Mendonça e Teresa Mary Pires de Castro Melo, do DCHE da UFSCar, coordenam os trabalhos.
As atividades do "50 anos do Golpe Civil-Militar 1964-2014" têm inicio no dia 17 de março com sessão do Cineclube Sinergia. Será exibido o documentário"Porque Lutamos! Resistência à ditadura militar" (2008), da jornalista Fernanda Ikedo. O filme traz, por meio de depoimentos, a história do estudante sorocabano que desafiou o autoritarismo e arriscou sua vida manifestando suas críticas à ditadura. No dia 16 de março de 1973 Alexandre Vannucchi Leme foi preso e torturado. Amanheceu morto na cela x-zero do Destacamento de Operações de Informações Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Alexandre tinha 22 anos e cursava o quarto ano de Geologia da Universidade de São Paulo (USP). Com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LINC), foram distribuídas 350 cópias do filme para escolas municipais e estaduais de Sorocaba, bibliotecas públicas, faculdades, universidades, institutos de pesquisa, movimentos sociais e veículos de comunicação. A sessão acontece às 17 horas na sala do Cineclube Sinergia no edifício ATLab, com presença da diretora Fernanda Ikedo. Já no dia 31 de março, acontece a mesa-redonda "O Golpe: conjuntura e decorrências". Os docentes aposentados da UFSCar, Marly de Almeida Gomes Vianna, Ramón Peña Castro e Wolfgang Leo Maar, que viveram o Golpe de 64, vão relatar suas experiências e análises. O evento acontece das 19 às 22 horas no Auditório do edifício ATLab. O ciclo ainda prevê outras mesas-redondas, exposições, saraus e apresentações musicais.
Mais informações e agenda completa podem ser obtidas no blog do evento.
Legenda foto: Estudante sorocabano Alexandre Vannucchi Leme, vitima da Ditadura militar e símbolo do combate à repressão.
14/03/2014
13:00:00
02/04/2014
22:00:00
Wemerson Araujo
Sim
Não
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