Doutorando da UFSCar lança livro sobre campos de desabrigados
São Carlos
"Um espaço de abandono onde os grupos ali inseridos são tratados como massas e vivem em insegurança constante". É desta forma que o doutorando Victor Marchezini, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da UFSCar, relata a realidade de abrigos provisórios no livro Campos de Desabrigados - a continuidade do desastre, lançado pela Rima Editora. Na obra, o autor descreve a estrutura e o funcionamento dos campos de desabrigados, identificando-os como "a expressão territorial de angústias, intranquilidades e sofrimentos físico e psíquico".
Na obra, Marchezini defende que os abrigos provisórios seriam um novo tipo de aglomerado de exclusão, com tensões, conflitos e relações de poder. A ideia de campo de desabrigados também é lançada pelo autor para que o leitor compreenda o que é viver por dias, semanas ou até meses sem privacidade nem condições de exercitar as próprias regras que embasam a dinâmica familiar, numa convivência forçada com outras famílias e estranhos que se revestem de autoridade para determinar as rotinas do local, como os horários das refeições e o tipo de alimentação disponível, a hora de tomar banho e o momento de recolher e apagar a luz, por exemplo.
"Campos de desabrigados - a continuidade do desastre" também apresenta uma revisão bibliográfica da Sociologia contemporânea e da Sociologia dos desastres para enfatizar que, tal como ocorre nas demais esferas da vida social, as soluções técnicas se impõem cada vez mais e dominam resolutamente o campo de produção simbólica. O livro é fruto do estudo sociológico "Representações Sociais dos Abrigos Temporários no Brasil", realizado entre 2006 e 2009 pela equipe do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped) da UFSCar com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do qual o autor fez parte durante seu curso de mestrado. A obra pode ser adquirida no site da Editora.
Na obra, Marchezini defende que os abrigos provisórios seriam um novo tipo de aglomerado de exclusão, com tensões, conflitos e relações de poder. A ideia de campo de desabrigados também é lançada pelo autor para que o leitor compreenda o que é viver por dias, semanas ou até meses sem privacidade nem condições de exercitar as próprias regras que embasam a dinâmica familiar, numa convivência forçada com outras famílias e estranhos que se revestem de autoridade para determinar as rotinas do local, como os horários das refeições e o tipo de alimentação disponível, a hora de tomar banho e o momento de recolher e apagar a luz, por exemplo.
"Campos de desabrigados - a continuidade do desastre" também apresenta uma revisão bibliográfica da Sociologia contemporânea e da Sociologia dos desastres para enfatizar que, tal como ocorre nas demais esferas da vida social, as soluções técnicas se impõem cada vez mais e dominam resolutamente o campo de produção simbólica. O livro é fruto do estudo sociológico "Representações Sociais dos Abrigos Temporários no Brasil", realizado entre 2006 e 2009 pela equipe do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped) da UFSCar com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do qual o autor fez parte durante seu curso de mestrado. A obra pode ser adquirida no site da Editora.
23/04/2014
13:00:00
03/05/2014
23:00:00
Eduardo Sotto Mayor
Não
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