Professor Pandolfelli, do DEMa, é eleito membro de conselho consultivo da Academia Mundial de Cerâmica

São Carlos
Com um pesquisador dos EUA, ele representará as Américas junto à entidade, sendo o segundo brasileiro a ocupar o posto na história da entidade
O professor Victor Pandolfelli, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar, foi eleito no primeiro semestre de 2014 membro do Conselho Consultivo da Academia Mundial de Cerâmica (World Academy of Ceramics - WAC) para o período de 2014 a 2018. Com um pesquisador dos EUA, ele representará as Américas junto à WAC, sendo o segundo brasileiro a ocupar o posto na história da entidade.

Fundada em 1987, a WAC é uma organização sem fins lucrativos voltada para o fortalecimento da Ciência e Tecnologia e para o reconhecimento dos pesquisadores que desenvolvem suas pesquisas nesta área. Os membros da Academia passam por um rigoroso processo seletivo que envolve a indicação por dois membros efetivos, avaliação da candidatura por pares selecionados pela Academia e aprovação final de pelo menos 10 entre os 15 membros do Conselho Consultivo. Uma vez eleito, o pesquisador tem como atribuições a revisão das regras de admissão na WAC, a definição dos membros que participam dos novos processos de seleção dos candidatos e a definição dos palestrantes para apresentação técnica e premiação no Fórum científico interno para os membros da Academia.

O mandato do conselheiro é de quatro anos. A posse e primeira reunião do comitê ocorrem em junho de 2014, durante o 13º Congresso Internacional de Cerâmica, em Montecatini Termi, na Itália. Na ocasião, Pandolfelli estará presente acompanhado de mais três pesquisadores do Grupo de Engenharia de Microestrutura de Materiais (GEMM). No evento eles apresentam trabalhos sobre as novas tendências da Engenharia de Microestruturas de Materiais Aplicados em Altas Temperaturas, pesquisas que estão relacionadas a aplicações nas áreas de petroquímica e das indústrias de alumínio e aço. O objetivo, segundo o pesquisador, é aumentar o desempenho de equipamentos destes setores com custos de produção menores e maior qualidade.

Pandolfelli é membro da WAC desde 2008, período em que tem participado frequentemente dos encontros da Academia. Segundo ele, fazer parte de um conselho de qualquer entidade científica e tecnológica é importante pelo relacionamento particular com os pares no pensamento das diretrizes e da política científica. "Também tem o benefício das discussões e do contato, em primeira mão, com informações da área", ressalta o professor.

Sobre a eleição, Pandolfelli credita a indicação ao reconhecimento da comunidade pelo trabalho executado pelo grupo da UFSCar, que, segundo ele, tem a magnitude dos esforços dos dirigentes e funcionários da Universidade. "O reconhecimento é importante porque não se tratou de uma iniciativa própria, com uma candidatura. Foi uma indicação da comunidade. Não é decorrente de conexões, mas decorrente do trabalho executado e de um impacto desconhecido por nós até então", observa Pandolfelli, que também enfatiza a importância desta indicação como reconhecimento da Ciência brasileira em nível mundial. "Além do aspecto político, ganha a imagem da UFSCar, do país e do Estado de São Paulo", conclui.

Trajetória - Em 2012, Pandolfelli tomou posse como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), eleito para a área de Ciências da Engenharia, reconhecimento também conferido por 75 prêmios e homenagens recebidos até 2014. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa nível 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenador Latino-Americano da Federation for International Refractories Research and Education (FIRE), que envolve nove universidades em diferentes países e 16 empresas líderes na área de refratários. O pesquisador também foi membro do Grupo de Apoio e Planejamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (PADCT-MCT) e do Comitê de Assessoramento de Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais do CNPq. Ele concluiu o doutorado em Leeds, na Inglaterra, em 1989, e o pós-doutorado na École Polytechnique de Montreal, no Canadá, em 1997.
14/05/2014
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30/05/2014
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Rodrigo Botelho
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