EdUFSCar promove lançamento de livro de contos inspirado na animalidade humana
Sorocaba, São Carlos
O livro tem autoria de Wilson Alves-Bezerra, professor do Departamento de Letras da UFSCar
No mês de junho, a Editora da UFSCar (EdUFSCar) promove dois eventos de lançamento do livro "Histórias zoófilas e outras atrocidades", do professor Wilson Alves-Bezerra, do Departamento de Letras (DL) da Universidade, publicado em co-edição entre a EdUFSCar e a editora Oitava Rima.
Em São Carlos, o evento de lançamento ocorre no dia 10 de junho, no Sesc, a partir das 20 horas, com sessão de autógrafos e um bate-papo entre o escritor e o jornalista Rinaldo Gama, editor-sênior da Revista Veja. Já em Sorocaba o lançamento será realizado no dia 11 de junho, às 15 horas, no Auditório do Edifício ATLab, durante a Feira do Livro da EdUFSCar, que ocorre dias 10 e 11 no saguão da DiCA. Na ocasião, Alvez-Bezerra ministra a palestra "O conto: modos de fazer, modos de usar".
Sobre a obra
O agir animalesco ou que se relaciona de alguma forma com e como os bichos, retratado como uma paixão, que vai além do que a maioria pensa. Assim pode ser introduzido o tema central do livro, que é o primeiro de Alves-Bezerra dedicado a contos. Na obra, as particularidades da Zoofilia são reveladas em histórias contagiantes, com dramas, diálogos e pensamentos próprios. São os quatro capítulos - Hagiografia Profana, Histórias Zoófilas, Outras Atrocidades e Romance Familiar - que abrigam dezenove contos.
Para José Luis Martínez Amaro, professor de Literaturas Hispânicas da Universidade de Brasília (UnB), que assina a orelha da obra, cada uma das histórias, independentes entre si, dão liga à uma unidade temática, e abordam questões religiosas, sobrenaturais e cotidianas. Todas elas, segundo ele, empregam um pano de fundo realista para derramar o fantástico à moda do argentino Borges. Sua escrita enlaça um contemporâneo que dialoga comodamente com o [século] dezenove esse fim de século hispânico que está próximo de Machado de Assis, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Guimarães Rosa, Osman Lins e Hilda Hilst, diz o professor no prefácio. Também de acordo com Amaro, a zoofilia pode oscilar entre aquele que escuta harmonias no canto dos pássaros e o bruto livre que mata e que massacra.
Ao falar sobre o livro, Alves-Bezerra o relaciona tanto a atividade pulsional da escritura quanto ao cotidiano de leituras relacionadas ao gosto pessoal e à universidade. Neste sentido, a obra é perpassada por inspirações em Horacio Quiroga, Julio Cortázar, Edgar Allan Poe, Jorge Luis Borges, Hilda Hilst, Ricardo Piglia e Charles Baudelaire. Segundo o autor, o mote dos contos é a animalidade humana, em sentido amplo. "Falo das paixões que nos arrebatam, o amor, a morte, a religiosidade, tudo entremeado pelo chamado do selvagem, de que já falava Jack London. É uma releitura perturbada de fábulas, histórias de amor e da vida dos santos", afirma o escritor.
A atividade como docente na UFSCar e como gestor da Coordenação de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), onde é coordenador, também é apontada pelo autor como um espaço de interlocução privilegiado. Segundo ele, a universidade e o jornalismo têm sido lugares de atuação do escritor. "Muito embora nenhum dos dois se confunda com a literatura, ambos podem vir a permitir a proximidade ao literário e ao negócio da literatura. Pode-se passar uma vida num curso de literatura sem ser escritor, mas é um bom lugar para um escritor estar", enfatiza Alves-Bezerra, que também reflete sobre a escrita no cotidiano, em espaços como a tradução, a resenha literária, a aula, o artigo, a palestra. "Escrever literatura não é uma ilha. A linguagem que faz o artigo, faz o delírio. E depois é preciso disciplinar o escrito, nos mecanismos de circulação", finaliza o escritor.
O livro pode ser adquirido no site da EdUFSCar.
Em São Carlos, o evento de lançamento ocorre no dia 10 de junho, no Sesc, a partir das 20 horas, com sessão de autógrafos e um bate-papo entre o escritor e o jornalista Rinaldo Gama, editor-sênior da Revista Veja. Já em Sorocaba o lançamento será realizado no dia 11 de junho, às 15 horas, no Auditório do Edifício ATLab, durante a Feira do Livro da EdUFSCar, que ocorre dias 10 e 11 no saguão da DiCA. Na ocasião, Alvez-Bezerra ministra a palestra "O conto: modos de fazer, modos de usar".
O agir animalesco ou que se relaciona de alguma forma com e como os bichos, retratado como uma paixão, que vai além do que a maioria pensa. Assim pode ser introduzido o tema central do livro, que é o primeiro de Alves-Bezerra dedicado a contos. Na obra, as particularidades da Zoofilia são reveladas em histórias contagiantes, com dramas, diálogos e pensamentos próprios. São os quatro capítulos - Hagiografia Profana, Histórias Zoófilas, Outras Atrocidades e Romance Familiar - que abrigam dezenove contos.
Para José Luis Martínez Amaro, professor de Literaturas Hispânicas da Universidade de Brasília (UnB), que assina a orelha da obra, cada uma das histórias, independentes entre si, dão liga à uma unidade temática, e abordam questões religiosas, sobrenaturais e cotidianas. Todas elas, segundo ele, empregam um pano de fundo realista para derramar o fantástico à moda do argentino Borges. Sua escrita enlaça um contemporâneo que dialoga comodamente com o [século] dezenove esse fim de século hispânico que está próximo de Machado de Assis, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Guimarães Rosa, Osman Lins e Hilda Hilst, diz o professor no prefácio. Também de acordo com Amaro, a zoofilia pode oscilar entre aquele que escuta harmonias no canto dos pássaros e o bruto livre que mata e que massacra.
Ao falar sobre o livro, Alves-Bezerra o relaciona tanto a atividade pulsional da escritura quanto ao cotidiano de leituras relacionadas ao gosto pessoal e à universidade. Neste sentido, a obra é perpassada por inspirações em Horacio Quiroga, Julio Cortázar, Edgar Allan Poe, Jorge Luis Borges, Hilda Hilst, Ricardo Piglia e Charles Baudelaire. Segundo o autor, o mote dos contos é a animalidade humana, em sentido amplo. "Falo das paixões que nos arrebatam, o amor, a morte, a religiosidade, tudo entremeado pelo chamado do selvagem, de que já falava Jack London. É uma releitura perturbada de fábulas, histórias de amor e da vida dos santos", afirma o escritor.
A atividade como docente na UFSCar e como gestor da Coordenação de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), onde é coordenador, também é apontada pelo autor como um espaço de interlocução privilegiado. Segundo ele, a universidade e o jornalismo têm sido lugares de atuação do escritor. "Muito embora nenhum dos dois se confunda com a literatura, ambos podem vir a permitir a proximidade ao literário e ao negócio da literatura. Pode-se passar uma vida num curso de literatura sem ser escritor, mas é um bom lugar para um escritor estar", enfatiza Alves-Bezerra, que também reflete sobre a escrita no cotidiano, em espaços como a tradução, a resenha literária, a aula, o artigo, a palestra. "Escrever literatura não é uma ilha. A linguagem que faz o artigo, faz o delírio. E depois é preciso disciplinar o escrito, nos mecanismos de circulação", finaliza o escritor.
O livro pode ser adquirido no site da EdUFSCar.
30/05/2014
13:00:00
11/06/2014
23:00:00
Rodrigo Botelho
Não
Não
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