Professores da UFSCar e USP estimulam a robótica na região de São Carlos
São Carlos
No dia 9 de agosto, ocorreu em São Bernardo do Campo (SP) a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), com a participação de mais de 90 equipes compostas por alunos de escolas dos ensinos Fundamental e Médio do Estado de São Paulo. O evento foi organizado pelos professores Rafael Arouca e Fernando Aguiar, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos, e o Serviço Social da Indústria (Sesi-SP).
Durante a avaliação, cada equipe construiu e programou um robô para atuar num ambiente simulado de resgate num desastre. O robô deveria detectar e superar diversos tipos de obstáculos, encontrar a vítima, representada por uma latinha de refrigerante, e proceder com o seu resgate, sem a utilização de nenhum controle remoto. Para desenvolver mecanismos que possibilitem a autonomia do robô, os alunos utilizaram diversos sensores e elaboraram um programa computacional de controle. "No caso da OBR, os sensores mais usados são: sensor de luz, sensor de distância por ultrassom, sensor de cor, sensor de posição e deslocamento e bússola digital. O programa feito pelos alunos analisa os dados destes sensores e decide as próximas ações do robô, tal como ir para frente, desviar de um obstáculo, ou usar uma garra para resgatar a vítima. Em nenhum momento os alunos podem interagir com o robô. Após ser ligado, ele deve completar toda missão sem nenhuma intervenção ou comando por controle remoto", descreve o professor Arouca.
Entre os 20 prêmios distribuídos, cinco deles foram recebidos por escolas de São Carlos. No Ensino Fundamental, a equipe NaipeNX2YZ, da escola estadual Professor Militão de Lima, ficou em terceiro lugar na classificação geral e ganhou medalha de bronze. A equipe da escola estadual Marivaldo Carlos Degan recebeu medalha por ter sido a equipe mais dedicada. Já a equipe do Colégio São Carlos recebeu medalha por se destacar como melhor equipe na categoria escola privada. Na categoria destinada ao Ensino Médio, a equipe da escola estadual Dr. Álvaro Guião recebeu prêmio de melhor escola estreante e a escola Juliano Neto foi premiada como melhor escola pública.
As escolas públicas premiadas de São Carlos contaram com apoio da UFSCar e da USP, organizadoras da etapa regional da Olimpíada, que ofereceram aulas de robótica e emprestaram os kits de robótica educacional. Foram realizados encontros quinzenais no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, onde docentes e alunos de pós graduação da USP e UFSCar, juntamente com professores das empresas de robótica educacional, receberam os alunos e professores das escolas de São Carlos e região.
Como explica o professor Arouca, a realização de projetos de robótica nas salas de aula oferece uma experiência de aprendizado que estimula os alunos, apresenta aplicações práticas de conceitos teóricos e estimula o trabalho em equipe. "Um ponto importante é que o objetivo principal não é ensinar robótica nos ensinos Fundamental e Médio, mas usar a robótica como ferramenta integradora para motivar e despertar maior interesse no aprendizado e uso de conceitos de Matemática, Física, Ciências, Português, Inglês, Geografia, dentre outras disciplinas. Além de todas estas vantagens, ainda observamos, de forma inesperada, que o uso de robótica aumentou a frequência dos alunos nas salas de aula", aponta o docente.
Além de incentivar e promover eventos relacionados à OBR, a coordenadoria de São Carlos também promove palestras em escolas para divulgar a robótica e tecnologias relacionadas. "No futuro planejamos oferecer cursos frequentes de robótica para professores e alunos dos ensinos Fundamental e Médio", adianta Arouca.
Além das avaliações práticas com a construção de robôs, a OBR também conta com provas teóricas que são realizadas nas escolas participantes e abordam conceitos básicos de Matemática, Português, Inglês e outras disciplinas dos ensinos Fundamental e Médio, aplicadas a situações práticas de robótica. A avaliação é elaborada e revisada por pesquisadores dos departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica e do Centro de Educação e Ciências Humanas, todos da UFSCar. Podem se inscrever escola de Ensino Médio e de Ensino Fundamental e os participantes não podem ter idades superiores a 19 anos. A próxima prova ocorre no dia 22 de agosto e as inscrições podem ser efetuadas até o dia 15 de agosto no site da Olimpíada, em www.obr.org.br.
O professor Arouca salienta que nas provas teóricas não são exigidos os conhecimentos tecnológicos, mas são abordados conceitos úteis para as situações reais, como por exemplo, conhecimentos da física mecânica. A prova segue os parâmetros curriculares nacionais (PCNs), que especificam o que deve ser ensinado em cada série dos ensinos Fundamental e Médio. "Com base no estudo dos PCNs, elaboramos uma lista de assuntos de diversas disciplinas e enviamos para uma comissão de 30 pesquisadores de robótica, que elaboraram questões de robótica relacionadas com este tema. Por exemplo, um dos temas dos PCNs para certa série é velocidade, então preparamos uma questão onde é necessário calcular a velocidade de um robô para resolver um problema prático. Assim, são elaboradas diversas provas, uma para cada nível dos estudantes", explica o docente.
Na avaliação do professor Arouca, a participação das escolas na OBR é um importante passo para aproximar os estudantes da ciência e tecnologia, além de integrar as atividades com as universidades. "Esta aproximação permite desmistificar a robótica e busca também atrair jovens talentos para cursos da área das Ciências Exatas. O desempenho dos estudantes varia bastante na Olimpíada, mas o mais importante não é o desempenho no dia da competição e sim todo processo que ocorrer nos diversos meses de preparação para a Olimpíada. Os alunos montam e desmontam seus robôs diversas vezes, repensam aspectos mecânicos, de eletrônica e de software. Notam a interdependência destes sistemas, e refinam o sistema em busca de melhorias após testes", analisa o docente.
Mais informações podem ser encontradas no site da OBR, em www.obr.org.br.
Durante a avaliação, cada equipe construiu e programou um robô para atuar num ambiente simulado de resgate num desastre. O robô deveria detectar e superar diversos tipos de obstáculos, encontrar a vítima, representada por uma latinha de refrigerante, e proceder com o seu resgate, sem a utilização de nenhum controle remoto. Para desenvolver mecanismos que possibilitem a autonomia do robô, os alunos utilizaram diversos sensores e elaboraram um programa computacional de controle. "No caso da OBR, os sensores mais usados são: sensor de luz, sensor de distância por ultrassom, sensor de cor, sensor de posição e deslocamento e bússola digital. O programa feito pelos alunos analisa os dados destes sensores e decide as próximas ações do robô, tal como ir para frente, desviar de um obstáculo, ou usar uma garra para resgatar a vítima. Em nenhum momento os alunos podem interagir com o robô. Após ser ligado, ele deve completar toda missão sem nenhuma intervenção ou comando por controle remoto", descreve o professor Arouca.
Entre os 20 prêmios distribuídos, cinco deles foram recebidos por escolas de São Carlos. No Ensino Fundamental, a equipe NaipeNX2YZ, da escola estadual Professor Militão de Lima, ficou em terceiro lugar na classificação geral e ganhou medalha de bronze. A equipe da escola estadual Marivaldo Carlos Degan recebeu medalha por ter sido a equipe mais dedicada. Já a equipe do Colégio São Carlos recebeu medalha por se destacar como melhor equipe na categoria escola privada. Na categoria destinada ao Ensino Médio, a equipe da escola estadual Dr. Álvaro Guião recebeu prêmio de melhor escola estreante e a escola Juliano Neto foi premiada como melhor escola pública.
As escolas públicas premiadas de São Carlos contaram com apoio da UFSCar e da USP, organizadoras da etapa regional da Olimpíada, que ofereceram aulas de robótica e emprestaram os kits de robótica educacional. Foram realizados encontros quinzenais no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, onde docentes e alunos de pós graduação da USP e UFSCar, juntamente com professores das empresas de robótica educacional, receberam os alunos e professores das escolas de São Carlos e região.
Como explica o professor Arouca, a realização de projetos de robótica nas salas de aula oferece uma experiência de aprendizado que estimula os alunos, apresenta aplicações práticas de conceitos teóricos e estimula o trabalho em equipe. "Um ponto importante é que o objetivo principal não é ensinar robótica nos ensinos Fundamental e Médio, mas usar a robótica como ferramenta integradora para motivar e despertar maior interesse no aprendizado e uso de conceitos de Matemática, Física, Ciências, Português, Inglês, Geografia, dentre outras disciplinas. Além de todas estas vantagens, ainda observamos, de forma inesperada, que o uso de robótica aumentou a frequência dos alunos nas salas de aula", aponta o docente.
Além de incentivar e promover eventos relacionados à OBR, a coordenadoria de São Carlos também promove palestras em escolas para divulgar a robótica e tecnologias relacionadas. "No futuro planejamos oferecer cursos frequentes de robótica para professores e alunos dos ensinos Fundamental e Médio", adianta Arouca.
Além das avaliações práticas com a construção de robôs, a OBR também conta com provas teóricas que são realizadas nas escolas participantes e abordam conceitos básicos de Matemática, Português, Inglês e outras disciplinas dos ensinos Fundamental e Médio, aplicadas a situações práticas de robótica. A avaliação é elaborada e revisada por pesquisadores dos departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica e do Centro de Educação e Ciências Humanas, todos da UFSCar. Podem se inscrever escola de Ensino Médio e de Ensino Fundamental e os participantes não podem ter idades superiores a 19 anos. A próxima prova ocorre no dia 22 de agosto e as inscrições podem ser efetuadas até o dia 15 de agosto no site da Olimpíada, em www.obr.org.br.
O professor Arouca salienta que nas provas teóricas não são exigidos os conhecimentos tecnológicos, mas são abordados conceitos úteis para as situações reais, como por exemplo, conhecimentos da física mecânica. A prova segue os parâmetros curriculares nacionais (PCNs), que especificam o que deve ser ensinado em cada série dos ensinos Fundamental e Médio. "Com base no estudo dos PCNs, elaboramos uma lista de assuntos de diversas disciplinas e enviamos para uma comissão de 30 pesquisadores de robótica, que elaboraram questões de robótica relacionadas com este tema. Por exemplo, um dos temas dos PCNs para certa série é velocidade, então preparamos uma questão onde é necessário calcular a velocidade de um robô para resolver um problema prático. Assim, são elaboradas diversas provas, uma para cada nível dos estudantes", explica o docente.
Na avaliação do professor Arouca, a participação das escolas na OBR é um importante passo para aproximar os estudantes da ciência e tecnologia, além de integrar as atividades com as universidades. "Esta aproximação permite desmistificar a robótica e busca também atrair jovens talentos para cursos da área das Ciências Exatas. O desempenho dos estudantes varia bastante na Olimpíada, mas o mais importante não é o desempenho no dia da competição e sim todo processo que ocorrer nos diversos meses de preparação para a Olimpíada. Os alunos montam e desmontam seus robôs diversas vezes, repensam aspectos mecânicos, de eletrônica e de software. Notam a interdependência destes sistemas, e refinam o sistema em busca de melhorias após testes", analisa o docente.
Mais informações podem ser encontradas no site da OBR, em www.obr.org.br.
14/08/2014
13:00:00
20/08/2014
22:00:00
Enzo Kuratomi
Sim
Não
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