Primeira grande guerra completa 100 anos, e impactos são sentidos até os dias atuais
São Carlos
Há 100 anos, após o assassinato do príncipe herdeiro Francisco Ferdinando, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. O fato iniciou um efeito dominó que envolveu países dos cinco continentes, desencadeando a Primeira Guerra Mundial que só teve fim em 1918. As principais potências do mundo se dividiram em duas vertentes opostas. De um lado, os Aliados (a Tríplice Entente de Reino Unido, França e Rússia, mais a Itália); do outro, os Impérios Centrais (Alemanha, o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano). Os confrontos só terminaram quando foi assinado, em 1918, o armistício entre a Alemanha e os Aliados, baseado em condições impostas pelos vencedores.
As consequências da Primeira Guerra Mundial são perceptíveis até hoje. A professora Rita de Cássia Lana, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades DGTH) da UFSCar, por exemplo, ressalta que "muitos concordam que, dentre as consequências que permanecem até hoje entre nós, destaca-se a aceleração do processo de descolonização, com a decadência dos antigos impérios coloniais e o surgimento de outras vertentes de imperialismo (influência econômica dos Estados Unidos, acentuadamente após a Grande Depressão e o surgimento da URSS, a partir de 1917). Na área da Medicina, muitas técnicas cirúrgicas e inovações para os problemas de mutilados e feridos de guerra, busca de novas drogas e métodos de tratamento de doenças surgiram no front". A professora ainda aponta estudos recentes que vêm esclarecendo aspectos pouco explorados sobre a Primeira Guerra."Hoje busca-se compreender o papel que tiveram no conflito aquelas populações que foram atingidas no chamado "front oriental" e que, atualmente, passam por diversas conflagrações internas e externas (Turquia, Bálcãs, etc). Há uma lista bastante extensa de novas publicações que estão trazendo à luz aspectos pouco divulgados da Grande Guerra, como a participação das mulheres no conflito, a presença de crianças entre os combatentes, os morticínios de etnias, entre outros". Sobre a participação do Brasil, Rita diz que por entrar no "final do conflito acabou trazendo consequências para a política de relações internacionais, ocasionando o reconhecimento do país como um interlocutor internacional e também desencadeando uma modernização nas concepções militares vigentes nas forças armadas, que ainda possuíam uma configuração próxima aos padrões do século XIX, conclui a docente.
Evento na UFSCar
É justamente em função da relevância da Primeira Guerra nos dias atuais, que o Campus Sorocaba da UFSCar realiza entre os dias 8 e 11 de setembro o evento "1914-2014: Cem Anos da Primeira Grande Guerra Mundial". O objetivo é relembrar a data do início das hostilidades que culminaram em um conflito de proporções mundiais. Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades DGTH) da UFSCar, por meio do Núcleo de Humanidades. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 8 de setembro. Todos os participantes receberão certificado.
A programação do evento recebe palestrantes convidados e será composta por mesas de debates, além da exibição de documentários com imagens da época. No dia 8, por exemplo, o professor Eduardo Barros Mariutti (IE/Unicamp) apresenta a mesa "IGGM: as raízes do conflito e suas implicações sociais". Haverá também a exibição do documentário "Às Armas!", que apresentam imagens de época sobre o início das hostilidades que deflagraram a Primeira Guerra. Já no dia 9 a professora Mônica Caron, do DGTH, ministrará palestra sobre a produção literária relacionada à Primeira Guerra Mundial. O site do evento disponibiliza a programação completa da atividade e mantém um acervo de imagens, textos e links relacionados à Primeira Guerra Mundial para pesquisa.
A coordenadora do evento, a professora Rita de Cássia Lana, explica que a data escolhida para a realização do ciclo de atividades "relembra a ocorrência da Batalha de Marne (de 5 a 12 de setembro de 1914), na França, considerada por diversos especialistas em história militar como uma das mais relevantes e sangrentas do conflito.
As inscrições podem ser feitas online até o dia 5 de setembro ou até o dia 8 de setembro pessoalmente no auditório do edifício ATLab da UFSCar. O Campus Sorocaba fica na Rodovia João Leme dos Santos (SP-264), Km 110 Bairro do Itinga.
As consequências da Primeira Guerra Mundial são perceptíveis até hoje. A professora Rita de Cássia Lana, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades DGTH) da UFSCar, por exemplo, ressalta que "muitos concordam que, dentre as consequências que permanecem até hoje entre nós, destaca-se a aceleração do processo de descolonização, com a decadência dos antigos impérios coloniais e o surgimento de outras vertentes de imperialismo (influência econômica dos Estados Unidos, acentuadamente após a Grande Depressão e o surgimento da URSS, a partir de 1917). Na área da Medicina, muitas técnicas cirúrgicas e inovações para os problemas de mutilados e feridos de guerra, busca de novas drogas e métodos de tratamento de doenças surgiram no front". A professora ainda aponta estudos recentes que vêm esclarecendo aspectos pouco explorados sobre a Primeira Guerra."Hoje busca-se compreender o papel que tiveram no conflito aquelas populações que foram atingidas no chamado "front oriental" e que, atualmente, passam por diversas conflagrações internas e externas (Turquia, Bálcãs, etc). Há uma lista bastante extensa de novas publicações que estão trazendo à luz aspectos pouco divulgados da Grande Guerra, como a participação das mulheres no conflito, a presença de crianças entre os combatentes, os morticínios de etnias, entre outros". Sobre a participação do Brasil, Rita diz que por entrar no "final do conflito acabou trazendo consequências para a política de relações internacionais, ocasionando o reconhecimento do país como um interlocutor internacional e também desencadeando uma modernização nas concepções militares vigentes nas forças armadas, que ainda possuíam uma configuração próxima aos padrões do século XIX, conclui a docente.
É justamente em função da relevância da Primeira Guerra nos dias atuais, que o Campus Sorocaba da UFSCar realiza entre os dias 8 e 11 de setembro o evento "1914-2014: Cem Anos da Primeira Grande Guerra Mundial". O objetivo é relembrar a data do início das hostilidades que culminaram em um conflito de proporções mundiais. Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades DGTH) da UFSCar, por meio do Núcleo de Humanidades. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 8 de setembro. Todos os participantes receberão certificado.
A programação do evento recebe palestrantes convidados e será composta por mesas de debates, além da exibição de documentários com imagens da época. No dia 8, por exemplo, o professor Eduardo Barros Mariutti (IE/Unicamp) apresenta a mesa "IGGM: as raízes do conflito e suas implicações sociais". Haverá também a exibição do documentário "Às Armas!", que apresentam imagens de época sobre o início das hostilidades que deflagraram a Primeira Guerra. Já no dia 9 a professora Mônica Caron, do DGTH, ministrará palestra sobre a produção literária relacionada à Primeira Guerra Mundial. O site do evento disponibiliza a programação completa da atividade e mantém um acervo de imagens, textos e links relacionados à Primeira Guerra Mundial para pesquisa.
A coordenadora do evento, a professora Rita de Cássia Lana, explica que a data escolhida para a realização do ciclo de atividades "relembra a ocorrência da Batalha de Marne (de 5 a 12 de setembro de 1914), na França, considerada por diversos especialistas em história militar como uma das mais relevantes e sangrentas do conflito.
As inscrições podem ser feitas online até o dia 5 de setembro ou até o dia 8 de setembro pessoalmente no auditório do edifício ATLab da UFSCar. O Campus Sorocaba fica na Rodovia João Leme dos Santos (SP-264), Km 110 Bairro do Itinga.
01/09/2014
13:00:00
12/09/2014
0:01:00
Wemerson Araujo
Não
Não
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