UFSCar implanta comissão de ética com foco em ações consultivas, educativas e punitivas

Araras, Sorocaba, São Carlos
Divulgar as normas éticas para o servidor público da UFSCar e realizar ações consultivas, educativas e punitivas que garantam o acompanhamento dessas normas na Instituição. Este é o objetivo principal da Comissão Permanente de Ética (CPE) implantada recentemente da UFSCar. A CPE é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGPe) da Universidade e está composta por servidores docentes e técnico-administrativos de todos os campi. No dia 25 de setembro, foi realizado o I Encontro de Prevenção ao Assédio na UFSCar no âmbito das CPE, organizado pela ProGPe com a intenção de sensibilizar os servidores em relação ao tema. Participaram do evento integrantes da CPE, docentes e técnico-administrativos dos quatro campi, além dos convidados/palestrantes Cássio Dalla-Déa, Procurador do Trabalho da 15ª região em Araraquara; Consuelo Coelho de Lima, médica e auditora fiscal na Gerência Regional do Trabalho e Emprego em São Carlos; Nei Vieira, ex-juiz do Trabalho e atual Procurador do Trabalho da 15ª região em Campinas; e Antonio Morillas Júnior, Gerente Regional do Trabalho e Emprego em São Carlos.

Para Consuelo de Lima, "o assédio é algo de difícil diagnóstico, pois pode ser confundido com problemas comportamentais do possível assediador". Para ela, um passo importante nas instituições "é criar mecanismos que sensibilizem e tratem o tema, com foco na orientação e no combate à qualquer tipo de assédio". Nei Vieira, durante palestra ministrada no evento, enfatizou que o assédio pode ser estabelecido de várias formas dentro das organizações, tanto de maneira horizontal como vertical nas hierarquias. "Nem sempre o chefe é o assediador. O assédio pode acontecer de baixo para cima, quando um subordinado assedia seu superior, por exemplo, ou entre profissionais que estão no mesmo nível hierárquico", explica.

Para Daniele Lopes, docente do Departamento de Psicologia da UFSCar, integrante da CPE e vinculada ao grupo de pesquisa "Relações Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS) da Universidade, a identificação do assédio é bastante complicada e demanda um levantamento detalhado das possíveis denúncias. "Para se configurar como assédio, o comportamento do possível assediador deve ter como foco o aniquilamento do assediado. O objetivo da pessoa que pratica o assédio é desestabilizar o assediado fazendo com que ele desista da sua função, do seu papel dentro da instituição", relata.

Morillas Júnior reconheceu a importância da atividade promovida pela UFSCar. "Parabenizo a instituição por essa iniciativa, que configura-se como uma ferramenta fundamental para prevenir e combater qualquer forma de assédio", relatou o convidado, que também enfatizou a importância da participação de representantes do Ministério do Trabalho no evento, prevendo novas parcerias em futuras iniciativas dentro da temática.

Foto dos palestrants do I Encontro de Prevenção do Assédio na UFSCar
Cássio Dalla-Déa, Consuelo de Lima, Antonio Morillas Júnior e Nei Vieira, durante palestra no I Encontro de Prevenção ao Assédio na UFSCar

O Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFSCar, Mauro Rocha Cortês, fez a abertura da atividade e ressaltou a criação da CPE e a realização do evento como iniciativas adotadas pela ProGPe com foco no combate ao assédio dentro da Universidade. "Nosso objetivo é sensibilizar, prevenir, combater e investigar, quando necessário, qualquer forma de assédio que seja identificada dentro da Universidade. Este é um tipo de comportamento inaceitável dentro da nossa Instituição".

Todo o trabalho da CPE, assim como os eventos que serão programados pela Comissão, podem ser acompanhados pelo site www.cpe.ufscar.br. Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone (16) 3351-6410 ou pelo e-mail cpe@ufscar.br.
03/10/2014
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13/10/2014
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Gisele Bicaletto
Não
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