Pesquisa da UFSCar identifica evolução socioeconômica da cidade de Capão Bonito
São Carlos
O município de Capão Bonito, no Estado de São Paulo, ficou conhecido ao longo dos anos pela pobreza generalizada de sua população, definida historicamente como o ramal da fome. No entanto, a cidade vem incrementando seus indicadores socioeconômicos, sinalizando que as décadas de miséria extrema, analfabetismo e desemprego elevados ficaram para trás. A conclusão, baseada em dados e observações, é resultado de uma pesquisa desenvolvida como trabalho de conclusão do curso de Especialização em Gestão Pública (GP), oferecido pela UFSCar na modalidade a distância.
O curso faz parte do Programa Nacional de Formação em Administração Pública (PNAP), sendo oferecido pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A pesquisa, finalizada em novembro, é intitulada Análise do grau de desenvolvimento socioeconômico do município de Capão Bonito e foi elaborada por Paulo Roberto Castanho de Almeida, com co-autoria de Antonio Trindade Erate Volner e Gabriel Pedro Alástico, que também orientou a pesquisa.
No decorrer do curso de GP, sempre quando possível, eu utilizava Capão Bonito para realizar as atividades. Foi em uma dessas atividades do curso em que percebi que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) capão-bonitense era superior a todos os municípios vizinhos. Então, a partir deste fato, surgiu a ideia de realizar uma análise a fim de realmente verificar o grau de desenvolvimento socioeconômico do município, afirma Paulo.
Segundo a pesquisa, o município de Capão Bonito é, há anos, sinônimo de pobreza e baixa qualidade de vida, apresentando em décadas passadas indicadores de desenvolvimento desfavoráveis, sendo por isso denominado de ramal da fome. A escolha do município de Capão Bonito para a realização do estudo ocorreu pelo fato do autor acompanhar e vivenciar a realidade do município e perceber a diferença entre a má fama da cidade e os atuais índices de desenvolvimento socioeconômico, que não condizem com essa imagem negativa. Esta é minha cidade natal, onde acompanho sempre a ocorrência de discriminação com o município e com as pessoas que lá vivem. Isso inclui também relatos de colegas que precisaram deixar a cidade em busca de melhores condições de vida, explica Paulo.
Mas a pesquisa mostra que os índices atuais do município não condizem com essa imagem. O estudo fez uma análise do grau de desenvolvimento socioeconômico atual do município por meio da coleta de informações, após ações de políticas públicas das esferas municipal, estadual e federal. Segundo os autores da pesquisa, foi possível observar, nas últimas duas décadas, melhorias significativas no desenvolvimento socioeconômico de Capão Bonito, especialmente, nas áreas de infraestrutura e educação. Na área de saneamento básico, Capão Bonito chega a 97% de distribuição de água tratada e quase 100% de coleta de lixo. Já a taxa de analfabetismo teve uma redução superior a 50%.
Esta pesquisa apresenta informações que permitem um estudo mais aprofundado no próprio município de Capão Bonito e também nos demais municípios que integram o Vale do Rio Ribeira, região mais pobre do Estado, conclui Paulo.
O curso faz parte do Programa Nacional de Formação em Administração Pública (PNAP), sendo oferecido pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A pesquisa, finalizada em novembro, é intitulada Análise do grau de desenvolvimento socioeconômico do município de Capão Bonito e foi elaborada por Paulo Roberto Castanho de Almeida, com co-autoria de Antonio Trindade Erate Volner e Gabriel Pedro Alástico, que também orientou a pesquisa.
No decorrer do curso de GP, sempre quando possível, eu utilizava Capão Bonito para realizar as atividades. Foi em uma dessas atividades do curso em que percebi que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) capão-bonitense era superior a todos os municípios vizinhos. Então, a partir deste fato, surgiu a ideia de realizar uma análise a fim de realmente verificar o grau de desenvolvimento socioeconômico do município, afirma Paulo.
Segundo a pesquisa, o município de Capão Bonito é, há anos, sinônimo de pobreza e baixa qualidade de vida, apresentando em décadas passadas indicadores de desenvolvimento desfavoráveis, sendo por isso denominado de ramal da fome. A escolha do município de Capão Bonito para a realização do estudo ocorreu pelo fato do autor acompanhar e vivenciar a realidade do município e perceber a diferença entre a má fama da cidade e os atuais índices de desenvolvimento socioeconômico, que não condizem com essa imagem negativa. Esta é minha cidade natal, onde acompanho sempre a ocorrência de discriminação com o município e com as pessoas que lá vivem. Isso inclui também relatos de colegas que precisaram deixar a cidade em busca de melhores condições de vida, explica Paulo.
Mas a pesquisa mostra que os índices atuais do município não condizem com essa imagem. O estudo fez uma análise do grau de desenvolvimento socioeconômico atual do município por meio da coleta de informações, após ações de políticas públicas das esferas municipal, estadual e federal. Segundo os autores da pesquisa, foi possível observar, nas últimas duas décadas, melhorias significativas no desenvolvimento socioeconômico de Capão Bonito, especialmente, nas áreas de infraestrutura e educação. Na área de saneamento básico, Capão Bonito chega a 97% de distribuição de água tratada e quase 100% de coleta de lixo. Já a taxa de analfabetismo teve uma redução superior a 50%.
Esta pesquisa apresenta informações que permitem um estudo mais aprofundado no próprio município de Capão Bonito e também nos demais municípios que integram o Vale do Rio Ribeira, região mais pobre do Estado, conclui Paulo.
26/11/2014
13:00:00
06/12/2014
22:00:00
Denise Britto
Não
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