Seleção de candidatos indígenas para os cursos de graduação acontecerá em quatro capitais
São Carlos
O Conselho de Graduação (CoG) da UFSCar, em reunião realizada no início deste mês, aprovou mudanças importantes nos processos específicos de seleção de candidatos indígenas e refugiados para os cursos de graduação da Universidade.
A alteração no processo seletivo para candidatos indígenas partiu de uma demanda do Centro de Culturas Indígenas (CCI) da Universidade que, junto com as coordenadorias de Ações Afirmativas e outras Políticas de Equidade (Caape) e de Ingresso na Graduação (CIG) da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), avaliou os dados de inscrição e ingresso dos anos anteriores, bem como as demandas dos povos indígenas do País. Com a aprovação do Conselho, o processo seletivo para o ano de 2016 será realizado em quatro capitais Cuiabá, Manaus, Recife e São Paulo , e não mais no Campus São Carlos, como nos anos anteriores. O objetivo da mudança é facilitar o deslocamento de candidatos de regiões do País que têm grande concentração de aldeias indígenas.
Para que a mudança possa ser viabilizada, o formato do processo seletivo será alterado, não compreendendo mais a avaliação oral realizada originalmente. Avaliou-se que a prova, concebida para valorizar a tradição oral dos povos indígenas, já não contribuía de forma significativa no resultado da seleção, e por isso optou-se por excluí-la em benefício da aplicação em diferentes capitais. A decisão foi subsidiada pelos números do processo seletivo para 2015, quando a UFSCar homologou a inscrição de 237 candidatos indígenas e pouco menos da metade compareceu às provas.
Uma das lideranças do CCI, o estudante de graduação Marcondy Maurício de Souza se pronunciou a favor da descentralização do processo seletivo, destacando a oportunidade de que mais candidatos indígenas possam concorrer. "A proposta original do Vestibular Indígena criou as condições para que estivéssemos na Universidade, e hoje somos mais de cem estudantes indígenas na graduação. O impacto que a nossa presença já gerou, os avanços que já conquistamos ao longo desses anos, nos permitem trazer essa nova proposta, que busca aperfeiçoar o processo seletivo. Agora, estudantes indígenas e a Administração Superior da UFSCar sentam juntos para discutir os rumos que devemos tomar. Levar as provas para outros Estados, para locais com alta concentração de povos indígenas no País, facilitará o acesso dos estudantes, já que isso diminuiu os custos e o tempo de deslocamento. E, dessa forma, esperamos ter nos próximos anos ainda mais do que 29 povos e uma centena de indígenas na UFSCar", afirmou o estudante.
A Pró-Reitora de Graduação, Claudia Raimundo Reyes, também destacou durante a reunião do CoG a importância da proposta encaminhada pelos estudantes indígenas e os impactos que se espera da mudança. "Depois de sete anos da implantação do processo seletivo específico para os indígenas, podemos amadurecer nossa visão do ingresso. Agora temos estudantes formados, estudantes que estão na Universidade com grande capacidade de articulação e proposição, e em constante diálogo com a ProGrad. Essa proposta é baseada na experiência que acumulamos ao longo desses anos, e esperamos que aumente ainda mais o número de estudantes indígenas na UFSCar", avaliou Reyes.
Refugiados
O CoG aprovou também alteração na portaria que rege o ingresso de refugiados na Universidade, que atribuía a seleção às coordenações dos cursos pleiteados. A partir de agora, tanto a elaboração do edital de seleção como a execução do processo seletivo são de responsabilidade da ProGrad, com o objetivo de diminuir prazos e facilitar o ingresso dos candidatos capacitados. Outra mudança é a possibilidade de mais de uma tentativa de ingresso, o que não era possível anteriormente. A partir de agora, o candidato com status de refugiado (concedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados do Ministério da Justiça) terá sua inscrição validada por três anos consecutivos, o que permitirá que ele use a nota obtida na seleção para se candidatar, nos anos seguintes à realização da prova, a qualquer outro curso de graduação, presencial ou a distância, da Universidade.
Em relação à seleção de refugiados, há um processo seletivo em andamento, com inscrições abertas até o dia 31 de agosto. Mais informações podem ser consultadas aqui. Já os interessados no processo seletivo para indígenas devem acompanhar as novidades pelo site www.vestibular.ufscar.br.
A alteração no processo seletivo para candidatos indígenas partiu de uma demanda do Centro de Culturas Indígenas (CCI) da Universidade que, junto com as coordenadorias de Ações Afirmativas e outras Políticas de Equidade (Caape) e de Ingresso na Graduação (CIG) da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), avaliou os dados de inscrição e ingresso dos anos anteriores, bem como as demandas dos povos indígenas do País. Com a aprovação do Conselho, o processo seletivo para o ano de 2016 será realizado em quatro capitais Cuiabá, Manaus, Recife e São Paulo , e não mais no Campus São Carlos, como nos anos anteriores. O objetivo da mudança é facilitar o deslocamento de candidatos de regiões do País que têm grande concentração de aldeias indígenas.
Para que a mudança possa ser viabilizada, o formato do processo seletivo será alterado, não compreendendo mais a avaliação oral realizada originalmente. Avaliou-se que a prova, concebida para valorizar a tradição oral dos povos indígenas, já não contribuía de forma significativa no resultado da seleção, e por isso optou-se por excluí-la em benefício da aplicação em diferentes capitais. A decisão foi subsidiada pelos números do processo seletivo para 2015, quando a UFSCar homologou a inscrição de 237 candidatos indígenas e pouco menos da metade compareceu às provas.
Uma das lideranças do CCI, o estudante de graduação Marcondy Maurício de Souza se pronunciou a favor da descentralização do processo seletivo, destacando a oportunidade de que mais candidatos indígenas possam concorrer. "A proposta original do Vestibular Indígena criou as condições para que estivéssemos na Universidade, e hoje somos mais de cem estudantes indígenas na graduação. O impacto que a nossa presença já gerou, os avanços que já conquistamos ao longo desses anos, nos permitem trazer essa nova proposta, que busca aperfeiçoar o processo seletivo. Agora, estudantes indígenas e a Administração Superior da UFSCar sentam juntos para discutir os rumos que devemos tomar. Levar as provas para outros Estados, para locais com alta concentração de povos indígenas no País, facilitará o acesso dos estudantes, já que isso diminuiu os custos e o tempo de deslocamento. E, dessa forma, esperamos ter nos próximos anos ainda mais do que 29 povos e uma centena de indígenas na UFSCar", afirmou o estudante.
A Pró-Reitora de Graduação, Claudia Raimundo Reyes, também destacou durante a reunião do CoG a importância da proposta encaminhada pelos estudantes indígenas e os impactos que se espera da mudança. "Depois de sete anos da implantação do processo seletivo específico para os indígenas, podemos amadurecer nossa visão do ingresso. Agora temos estudantes formados, estudantes que estão na Universidade com grande capacidade de articulação e proposição, e em constante diálogo com a ProGrad. Essa proposta é baseada na experiência que acumulamos ao longo desses anos, e esperamos que aumente ainda mais o número de estudantes indígenas na UFSCar", avaliou Reyes.
Refugiados
O CoG aprovou também alteração na portaria que rege o ingresso de refugiados na Universidade, que atribuía a seleção às coordenações dos cursos pleiteados. A partir de agora, tanto a elaboração do edital de seleção como a execução do processo seletivo são de responsabilidade da ProGrad, com o objetivo de diminuir prazos e facilitar o ingresso dos candidatos capacitados. Outra mudança é a possibilidade de mais de uma tentativa de ingresso, o que não era possível anteriormente. A partir de agora, o candidato com status de refugiado (concedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados do Ministério da Justiça) terá sua inscrição validada por três anos consecutivos, o que permitirá que ele use a nota obtida na seleção para se candidatar, nos anos seguintes à realização da prova, a qualquer outro curso de graduação, presencial ou a distância, da Universidade.
Em relação à seleção de refugiados, há um processo seletivo em andamento, com inscrições abertas até o dia 31 de agosto. Mais informações podem ser consultadas aqui. Já os interessados no processo seletivo para indígenas devem acompanhar as novidades pelo site www.vestibular.ufscar.br.
21/05/2015
10:00:00
01/06/2015
17:00:00
Mariana Pezzo
Sim
Não
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