Plataforma sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos é apresentada durante a Reunião Anual da SBPC
São Carlos
Em conferência, Carlos Alfredo Joly explicou como o conhecimento científico pode ser utilizado na tomada de decisão política
Em conferência realizada na manhã de hoje (13/7) na 67ª Reunião Anual da SBPC, Carlos Alfredo Joly, coordenador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (Biota), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), apresentou um panorama da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Ipbes), órgão criado em 2011 com o objetivo de gerar conhecimento de base científica para a tomada de decisão política nas áreas de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. A plataforma conta com a participação de 124 países membros, que discutem temas como polinização, degradação, restauração e valores da biodiversidade.
Segundo Joly, que é professor do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atua na direção do Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP) da Ipbes, a ideia da plataforma não é promover a realização de pesquisas na área, mas transformar os dados científicos já existentes em uma linguagem acessível aos tomadores de decisão, atuando como equivalente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Para tanto, entre as funções assumidas pelo Ipbes estão a realização de diagnósticos regionais e globais sobre a biodiversidade e serviços ecossistêmicos, a identificação das ferramentas necessárias para os tomadores de decisão e a capacitação de profissionais.
Joly argumentou que, apesar de ter inspirado a criação do Ipbes, o IPCC não possui a função de capacitação profissional que o Ipbes tem. Além disso, ao contrário do painel de mudanças climáticas, que se baseia somente em trabalhos publicados em revistas indexadas de impacto, o Ipbes utiliza em seus diagnósticos conhecimentos disponíveis em todos os formatos, como teses, relatórios e, inclusive, saberes das populações tradicionais. "Reconhecemos que existe toda uma área de conhecimento tradicional de populações locais, indígenas, e os integramos em nossos diagnósticos. Consideramos e integramos a forma como as populações indígenas realizam a transmissão de conhecimento", afirmou o pesquisador.
O primeiro diagnóstico global do Ipbes será divulgado em 2019 e integrará todos os relatórios regionais, sendo que, entre os dias 20 e 25 de julho deste ano, em Bogotá, na Colômbia, ocorrerá o primeiro encontro para o diagnóstico das Américas, a ser realizado em um período de três anos e que envolverá 120 especialistas. A chamada para revisores, publicada no site da Plataforma, termina no dia 17 de julho, e uma nova chamada para especialistas deverá ser aberta entre fevereiro e março de 2016.
Segundo Joly, que é professor do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atua na direção do Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP) da Ipbes, a ideia da plataforma não é promover a realização de pesquisas na área, mas transformar os dados científicos já existentes em uma linguagem acessível aos tomadores de decisão, atuando como equivalente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Para tanto, entre as funções assumidas pelo Ipbes estão a realização de diagnósticos regionais e globais sobre a biodiversidade e serviços ecossistêmicos, a identificação das ferramentas necessárias para os tomadores de decisão e a capacitação de profissionais.
Joly argumentou que, apesar de ter inspirado a criação do Ipbes, o IPCC não possui a função de capacitação profissional que o Ipbes tem. Além disso, ao contrário do painel de mudanças climáticas, que se baseia somente em trabalhos publicados em revistas indexadas de impacto, o Ipbes utiliza em seus diagnósticos conhecimentos disponíveis em todos os formatos, como teses, relatórios e, inclusive, saberes das populações tradicionais. "Reconhecemos que existe toda uma área de conhecimento tradicional de populações locais, indígenas, e os integramos em nossos diagnósticos. Consideramos e integramos a forma como as populações indígenas realizam a transmissão de conhecimento", afirmou o pesquisador.
O primeiro diagnóstico global do Ipbes será divulgado em 2019 e integrará todos os relatórios regionais, sendo que, entre os dias 20 e 25 de julho deste ano, em Bogotá, na Colômbia, ocorrerá o primeiro encontro para o diagnóstico das Américas, a ser realizado em um período de três anos e que envolverá 120 especialistas. A chamada para revisores, publicada no site da Plataforma, termina no dia 17 de julho, e uma nova chamada para especialistas deverá ser aberta entre fevereiro e março de 2016.
13/07/2015
23:00:00
21/07/2015
17:00:00
Mariana Pezzo
Não
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