Grupo faz treinamento em controle de verminose em ovinos na UFSCar

Lagoa do Sino
Tecnologia permite identificar a saúde dos animais e tratar os que apresentaram a doença
Infecções por verminoses em ovinos, quando não controladas adequadamente, resultam em alta mortalidade no rebanho, gerando consideráveis perdas econômicas aos produtores. Atualmente, evita-se vermifugar todos os animais, e sim somente aqueles que apresentam a doença, o que torna importante a identificação da saúde dos ovinos. Assim, o Grupo de Trabalho em Pecuária Ecológica (GTPec), do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, realizou no último dia três de dezembro o treinamento em controle de verminose em ovinos.

A atividade, que contou com o apoio do técnico em agropecuária João Paulo Agápto e do zootecnista Daniel Mendes Borges Campos, foi uma continuidade da visita à Embrapa Pecuária Sudeste realizada pelos alunos João Acácio Vieira e Leandro Augusto Marcon, do curso de Engenharia Agronômica. Eles foram capacitados pelo grupo da pesquisadora Ana Carolina de Souza Chagas a replicar o controle de verminose com os demais integrantes do GTPec.

Os principais sintomas da verminose em animais podem ser identificados por emagrecimento, inapetência, pelos arrepiados e que apresentam pouco brilho, anemia e papada. Porém, para um controle mais efetivo da enfermidade, a seleção dos animais com verminose pode ser feita por meio de dois métodos, que são não excludentes. O primeiro é a avaliação do grau de anemia dos animais pela avaliação da coloração da mucosa ocular, registrado como Famacha, e que já vem sendo realizada no campus. O segundo, mais recente, é por meio da contagem de ovos de parasitas por gramas de fezes (OPG), sendo que os animais com contagem elevada de ovos de vermes devem ser vermifugados. Esse método entrará na rotina do manejo dos animais do campus dentro de uma perspetiva de melhoria da gestão da saúde do plantel.

Como parte do treinamento, em um primeiro momento os alunos apresentaram os dados do OPG, e em seguida foi feita a parte prática no Laboratório de Biologia, quando foi feita a pesagem, diluição e identificação da quantidade de ovos de parasitas. A perspectiva é que a partir de janeiro do próximo ano o grupo faça a avaliação fora do campus. "Esse tipo de atividade é importante pelo fato de colocar os estudantes na prática, levando o conhecimento para os criadores da região", explica Gustavo Fonseca de Almeida, coordenador do GTPec e docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN).
17/12/2015
13:00:00
06/01/2016
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Fabricio Mazocco
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador
Atividade realizada pelo GTPec
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