Atendimento psicológico na USE possibilita a melhoria da qualidade de vida

São Carlos
As ações são direcionadas a mulheres com queixas psicossociais e emocionais
Diante da grande demanda de mulheres com queixas psicossociais e emocionais, a equipe da Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar elaborou atividades que permitem a reflexão sobre as dificuldades vividas no cotidiano, promoção do desenvolvimento da autoestima e estímulo para a descoberta de potencialidades, habilidades autonomia e independência. Rodas de conversa e desenvolvimento de habilidades artísticas são algumas das ações desenvolvidas no Projeto de Extensão "Grupo Terapêutico: empoderando mulheres com dificuldades psicossociais", realizado na USE desde 2008, sob coordenação da psicóloga Alessandra de Araújo e a terapeuta ocupacional Maria Tereza Ramalho, e que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx).

Como explica Alessandra, o atendimento psicológico em grupo permite que as mulheres compartilhem situações, discutam soluções e lidem com as diversas dificuldades do cotidiano, além de aumentar a qualidade de vida. “A nossa proposta é desenvolver atividades em grupo, duas vezes por semana. Organizamos rodas de conversa com exposição dos problemas e conflitos. Percebemos que as participantes se identificam com as situações e há a criação de um vínculo de confiança entre elas”, salienta a psicóloga. As participantes são encaminhadas para o grupo pela rede de saúde e nos atendimentos prestados na própria USE.

Ana Maria Ferreira Metzger conta que o atendimento psicológico, concomitante à fisioterapia,  contribuiu para a sua recuperação após ser submetida à uma cirurgia. “Sentia dores e dificuldades de movimentar as pernas e as mãos e consegui superar isso com os trabalhos realizados na USE. Foi muito importante participar do grupo, porque cada uma ajuda a outra”, afirma. Para Valdelice Ribeiro Diogo, a participação no grupo terapêutico e a execução de atividades como pintura e  artesanato possibilitaram o encontro do equilíbrio emocional e controle do estresse. “Estava muito estressada e hoje me sinto muito feliz e realizada. Passei por 15 anos cuidando da minha mãe que tinha Doença de Alzheimer e precisava fazer uma terapia em grupo”, conta.

As atividades de 2015 foram encerradas com a apresentação do coral  "Quem canta seus males espanta...mesmo que desafinado!", realizado no dia 18 de dezembro, no auditório da USE, no Campus São Carlos da UFSCar. Alessandra conta que as atividades culturais, como oficinas artísticas e artesanato, também auxiliam o tratamento, pois explora as capacidades individuais. “Isso melhora a autoestima e faz com que elas se sintam valorizadas. Percebemos como as participantes se sentem bem no grupo”, afirma.
02/01/2016
13:00:00
29/01/2016
0:01:00
Enzo Kuratomi
Sim
Não
Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Atividades artísticas e culturais são desenvolvidas pelas participantes do grupo
8133