Professores da Universidade participam de ações relacionadas ao mosquito no Dia Mundial da Saúde

Araras, Sorocaba, São Carlos
No dia 7 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Saúde. Para marcar a data, o Ministério da Educação (MEC) propôs uma série de ações em 192 municípios brasileiros, prioritariamente aqueles em que há maior incidência do mosquito Aedes aegypti. Para representar a UFSCar e ampliar a abrangência das ações da campanha "UFSCar contra Aedes", três docentes da Instituição desenvolveram atividades nesta data em cidades diferentes do interior paulista.

Caio de Melo Freire, do Departamento de Genética e Evolução (DGE), conduziu duas palestras na cidade de Ibitinga sobre “Conscientização contra o mosquito Aedes”. O evento contou com um público de aproximadamente 600 alunos, na faixa etária entre 4 e 10 anos, do Centro Integrado Educacional da cidade. Neste encontro, o docente falou sobre formas de combate ao Aedes aegypti e sobre os vírus transmitidos pelo mosquito.

Já Larissa Riani, professora do Departamento do Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, participou de uma reunião geral da Secretaria Municipal de Educação em São Carlos, em que estiveram presentes o secretário em exercício e 56 diretores das escolas municipais da cidade. O evento foi realizado na Biblioteca Municipal e abordou a temática da campanha. “Tive a oportunidade de divulgar o projeto UFSCar contra Aedes, esmiuçando objetivos e comitês de trabalho. Como o comitê de Ações Externas possui uma grande frente de articulação com as escolas, nos colocamos à disposição para apoiar as ações que já são desenvolvidas no combate ao Aedes, bem como para capacitação de docentes e para o esclarecimento científico de dúvidas que os professores apresentem”, informa Larissa.

Na ocasião, a docente também esclareceu aspectos clínicos sobre três doenças transmitidas pelo mosquito – dengue, zika e chikungunya –, destacando a gravidade das complicações que podem gerar e a alta probabilidade de futuras epidemias. “O cenário atual exige vigilância constante dos criadouros de mosquito nas escolas e entorno, bem como de esclarecimento e incentivo aos alunos para atuarem em suas casas, família e bairro. É importante, porém, que esse movimento de combate ao Aedes com os alunos aborde discussões sociais e econômicas envolvidas com a proliferação do mosquito, como problemas relacionados ao saneamento básico: abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando a saúde das comunidades”, afirma. A docente explica que essas causas relacionadas a aspectos urbanos exigem mobilização dos moradores dos bairros na identificação de problemas locais e encaminhamento da demandas para os setores responsáveis. “Surge, portanto, a necessidade de que este amplo debate que a sociedade promove acerca da dengue, zika e chikungunya promova mobilização social, ações de cidadania, educação ambiental, reflexão sobre o consumo consciente e uma análise crítica sobre o modelo social e econômico que vivemos”, ressalta.

Por fim, na cidade de Porto Ferreira, Karina Lupetti, professora voluntária e diretora do Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica da UFSCar, participou de diversas ações no município também apresentando informações da iniciativa institucional. Inicialmente, cerca de 40 crianças do quarto ano da EMEI Professora Jandira Fortes Denunci realizaram uma distribuição de panfletos no entorno escolar por meio de passeata com cartazes e instrumentos musicais. Na praça central da cidade, aproximadamente 100 pessoas – entre alunos e professores – das escolas EMEF Professor Agostinho Garcia e Cooperativo Colégio realizaram uma conscientização por meio de maquetes, painéis, paródias musicais e panfletagem aos motoristas que passavam pela rua. As crianças puderam ouvir informações sobre a proliferação do Aedes aegypti do agente da Vigilância Sanitária e se mostraram sensibilizadas sobre a prevenção das doenças a ele associadas.

A ação em Porto Ferreira também contou com uma palestra do assessor Luiz Roberto Rodrigues Martins, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do MEC, que realizou um bate-papo sobre conscientização relacionada às doenças causadas pelo Aedes. Participaram desta atividade cerca de 500 alunos da EMEF Professora Noraide Mariano. Também houve uma reunião com a prefeita da cidade, Renata Anchão Braga, sobre ações realizadas, dados sobre a epidemia e doenças correlatas, mostrando a importância desse trabalho interligando entre diferentes secretarias do município. “Com a participação da UFSCar, pude reforçar que a Universidade está à disposição quanto ao apoio a iniciativas educacionais. Informei sobre os materiais existentes no site da UFSCar relacionados à campanha, bem como sobre a peça de teatro que o Ouroboros estreará no mês de maio sobre a temática. Os participantes se mostraram interessados em uma parceria e certamente realizarão contato para continuidade de ações conjuntas”, analisa Karina.

Adilson de Oliveira, vice-reitor da UFSCar e coordenador da campanha "UFSCar contra Aedes", destaca a importância destas iniciativas no escopo do Dia Mundial da Saúde. “Estas ações dão continuidade ao nosso projeto, no qual temos tentado mobilizar toda a comunidade acadêmica da Universidade. A UFSCar tem tentando, neste primeiro momento, divulgar amplamente as informações precisas sobre as maneiras efetivas de combate ao mosquito e sobre as doenças a ele associadas. Esperamos, em breve, avançar em questões relacionadas à pesquisa sobre essas doenças”, esclarece Oliveira.

Mais informações sobre a campanha "UFSCar contra Aedes" podem ser acessadas em www.combateaedes.ufscar.br.
08/04/2016
13:00:00
19/04/2016
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Adriana Arruda
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Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Professor Caio Freire, da UFSCar, ministra palestra em Ibitinga sobre Aedes. Foto: Claudia Cicoti
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