Empresa júnior da UFSCar realiza projetos sociais que conscientizam população de Araras
Lagoa do Sino
Criada há seis anos, a Sustec Jr visa beneficiar a Universidade e a população com iniciativas que fortalecem a sustentabilidade
Fazer uso da biotecnologia para promover qualidade ambiental e social para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e para a comunidade de Araras. Este é o principal objetivo da Sustec Jr, empresa júnior do curso de Biotecnologia do Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da UFSCar. Fundada em 2010, a empresa júnior (EJ) tem a docente Marta Cristina Marjotta-Maistro, do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socio Economia Rural (DTAiSER), como professora orientadora. Na opinião da docente, o maior diferencial da EJ é o seu foco na sustentabilidade seja executando projetos com a temática ou organizando eventos de conscientização.
Em seus seis anos de atuação, a Sustec concretiza projetos sociais que visam beneficiar a população. Um deles, intitulado Reciclagem de Óleo Usado, foi criado em 2012 com o objetivo de inserir pontos de coletas de óleo de cozinha utilizado dentro do Campus Araras da Universidade. Junto à ideia veio a parceria com a Cooperativa Araras Limpa. O projeto uniu um ideal da Sustec, formada por universitários, com as carências da comunidade não acadêmica, lembra Gabriela Mauruto, presidente da empresa e aluna do curso de Biotecnologia da UFSCar. O projeto rendeu à Sustec o quarto lugar no Prêmio Bayer e a premiação trouxe não só avanços materiais e sociais para a EJ, mas também para a cooperativa, que ganhou jalecos de trabalho, bebedouros e o próprio óleo recebido sua destinação e venda ajudaram a quitar despesas internas do local. O projeto leva um pouco da UFSCar para fora dos muros da instituição e expande a visão do universitário, tirando-o da zona acadêmica e levando-o para a comunidade e para o meio social. Tivemos a oportunidade de mostrar aos nossos membros o poder que temos quando nos engajamos em algo e a importância de não internalizar o que aprendemos dentro da Universidade, esclarece Gabriela.
A estudante conta que as ações realizadas no Reciclagem de Óleo Usado deram origem a um novo projeto intitulado Sustec nas Escolas, que surgiu em 2013 e visa ensinar práticas sustentáveis às crianças de escolas municipais de Araras. A primeira atividade teve o intuito de aprofundar a visão de jovens alunos sobre o óleo e suas problemáticas ambiental e social e, consequentemente, aproximar a UFSCar desta comunidade. Como já tínhamos trabalhado essas questões dentro da Universidade, a ideia foi levar esses conhecimentos e experiências a outros públicos. Optamos pela conscientização de crianças em idade pré-escolar e escolhemos seis escolas de rede pública de Araras - EMEF Prof. Clotilde Russo , EMEF Thereza Colette Ometto, EMEF Prof. Francisco Salles Nogueira, EMEF Prof. Júlio Ridolfo, EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita e EMEF Leonaldo Zornoff - para falar sobre o tema. Por intermédio da Prefeitura de Araras, visitamos esses locais para conversar com alunos do 5º ano, conta a presidente da empresa. Este foi o primeiro projeto de extensão abrangendo escolas públicas. Durante as atividades, percebemos que a participação dos alunos foi intensa. Eles se sentiram curiosos com o tema e com questões que envolvem a UFSCar. Sentimos que estávamos aproximando esses dois extremos, comunidade e universidade, e esse feedback momentâneo nos engajou a continuar com o projeto, a trazer novas temáticas e melhorá-lo a cada fase, completa a aluna.
Além disso, também foi criado pela empresa o Dia do E-lixo, ação relacionada a lixo eletrônico e também com foco na sustentabilidade, que teve duas edições dentro do Campus. Promovemos a conscientização sobre o tema, mostrando como a própria população pode diminuir os efeitos da poluição o que ajuda não só o meio ambiente, mas os ambientes humano e social. Também abordamos o descarte correto e a destinação do e-lixo, conta. Para isso, as duas edições do evento tiveram a participação de empresas especializadas neste tipo de resíduos, que se disponibilizaram de ir até o Campus realizar o descarte correto e a possível reutilização dos materiais, sejam eles plásticos ou metais.
Outra ação de cunho social desenvolvida pela EJ aconteceu no início de 2016. Intitulada Fios de Solidariedade, teve o objetivo de coletar mechas de cabelo para doação a instituições que fazem perucas para pessoas que tiveram câncer e passaram por tratamentos severos com consequente perda de cabelo. Tivemos um dia no qual cabeleireiras voluntárias da cidade estiveram no Campus Araras cortando os cabelos e, durante todo o restante de março, a Sustec Jr recebeu mechas avulsas. A contagem de mechas chegou a marca de 232, o que foi uma surpresa para nós. Esperamos repetir a campanha e assim beneficiar um maior número de pessoas, reforça a aluna. As mechas foram doadas para a Organização Não Governamental (ONG) paulistana Rapunzel Solidária.
Além da promoção de ações sociais, a Sustec Jr regularmente se engaja em projetos acadêmicos. Em abril, participou ativamente na organização dos 10 anos do curso de Biotecnologia da UFSCar e promoveu palestras com ex-alunos sobre temas diversos da área. Em maio, a EJ realiza o evento Sustentabilidade e Inovação, que engloba palestras sobre a temática da sustentabilidade e mostra inovações e tecnologias criadas na Universidade.
Perspectivas e oportunidades
A ampliação dos projetos sociais é um dos focos da EJ para 2016. O Sustec nas Escolas continua com novas temáticas e a ideia é abarcar outras escolas, tanto públicas como privadas, com várias faixas etárias de alunos. Esperamos agora desenvolver a ação do e-lixo dentro deste projeto. A ideia é trabalhar com a conscientização teórica e também levar a importância do descarte correto na prática, conta Gabriela. A aluna ainda enfatiza: A Sustec caminha aos poucos até atingir um público cada vez maior de imediato, a população de Araras; em seguida, a região. Acreditamos que o contato com as escolas pode nos ajudar a conscientizar também as famílias por meio das crianças. No entanto, sempre iniciamos os projetos de forma simples para que os membros aprendam a geri-los e os melhorem com o passar das gestões. Gabriela afirma que a terceira edição do E-lixo acontecerá no Campus, mas com ampla divulgação para toda a cidade de Araras. A ideia é que a população conheça melhor a UFSCar, a empresa e participe ativamente da causa.
Por fim, a presidente da Sustec, que é também aluna de graduação da UFSCar, aconselha os alunos: Não deixem de fazer parte das empresas juniores. Independente da universidade, de seu curso ou do serviço que a empresa preste, os ganhos pessoal e profissional são gigantescos. Temos uma vivência diferente do que a universidade mostra todos os dias. É uma oportunidade para colocar a mão na massa, usar a criatividade, se expressar e transformar o que foi visto em sala de aula em algo real. Essa participação nos tira da zona de conforto e nos prepara para o que está por vir depois de formado. Aprendemos como gerir pessoas e projetos, como conversar e como se comportar em diversas situações. Reservar um tempo da graduação para desenvolver projetos sociais também é fundamental, pois trazer a comunidade para dentro da Universidade e mostrar a ela que também pode fazer parte desse meio só traz benefícios, opina.
Alunos interessados em fazer parte da Sustec Jr devem ficar atentos aos processos seletivos, que acontecem todos os anos em meados de maio e junho. Oferecemos um processo bem similar ao de empresas de médio e grande porte, com dinâmicas e entrevistas bem trabalhadas e focadas no tipo ideal de membro que precisamos, explica. A empresa fica localizada em frente a entrada do Restaurante Universitário, no Campus Araras da UFSCar. Além disso, a Sustec também está aberta a parcerias. Instituições que tiverem interesse podem entrar em contato pelo email sustecjr@gmail.com. Mais informações podem ser acompanhadas pela página do Facebook da empresa, disponível em www.facebook.com/sustecjr.
A força do Movimento Empresa Júnior
O Movimento Empresa Júnior (MEJ), nascido na França em meados dos anos 1960, vem crescendo e colocando em prática o aprendizado dos alunos em micro e pequenas empresas. Segundo Guilherme Brambilla, presidente do Núcleo UFSCar Júnior (NUJ), as empresas juniores carregam o nome da universidade. Nesse sentido, o respaldo acadêmico é muito importante para essas empresas e o impacto de um projeto pode render frutos para a própria universidade, com investimentos privados e aumento à estabilização da marca dentro da região situada, afirma. Segundo o presidente, o MEJ é como uma escola, já que logo no início os alunos engajados têm contato direto com conceitos do curso e com o mercado de trabalho. A experiência de lidar com clientes e stakeholders ainda bem jovens e ter um contato com a gestão organizacional e com cargos de liderança são fatores importantes para os discentes. Além disso, o Movimento é bem visto pelo mercado de trabalho e podem aumentar as chances do aluno conseguir uma boa oportunidade ao se formar, ressalta Guilherme.
Para a professora Marta, o envolvimento de alunos de graduação em empresas juniores da Universidade é benéfico em vários sentidos. Os alunos constroem uma dinâmica de trabalho que possibilita agregar novos subsídios para sua formação acadêmica. Com isso, já começam a se deparar com desafios que poderiam surgir somente após a graduação, como também se deparam com estruturas muito semelhantes às empresas existentes no país, observa. Além disso, a docente ressalta que, embora a participação na empresa júnior pelos discentes seja voluntária, os que se engajam já conseguem se defrontar com uma dinâmica de trabalho muito semelhante à dinâmica encontrada fora da Universidade. Isso desperta características de liderança em seus membros. Especificamente na Sustec Jr, os discentes estão engajados em várias frentes relativas à sustentabilidade, o que ainda promove um crescimento multidisciplinar, reforça Marta.
Na opinião de Guilherme, atitudes empreendedoras são extremamente bem vistas no mercado de trabalho. Fomentar essas práticas no início da carreira faz com que a maturidade desses alunos seja muito maior no momento de encontrar um primeiro emprego e compreender as operações gerais de uma empresa. As empresas juniores apresentam configurações enxutas e, por isso, o empresário júnior possui uma visão holística das organizações, facilitando sua adaptação à situações futuras quando inserido no mercado, opina.
Marta acredita que as empresas juniores se configuram em mais uma forma de organização e de atuação do corpo discente, juntamente com o corpo docente da Universidade, para que se desenvolvam projetos que apliquem o conhecimento adquirido. Nesse sentido, são ações que visam a comunidade, tanto interna como externa (extensão), baseados em estudos prévios para a resolução de problemas (pesquisa) e sustentadas pelo conhecimento adquirido nas aulas (ensino), explica.
Atualmente, a UFSCar conta com 25 EJs atuando nas diversas áreas e cursos, sendo 16 empresas no Campus São Carlos, sete em Sorocaba e duas no Campus Araras. Mais informações sobre as EJs da Universidade podem ser conferidas no Facebook do NUJ, em www.facebook.com/NucleoUFSCarJunior.
Em seus seis anos de atuação, a Sustec concretiza projetos sociais que visam beneficiar a população. Um deles, intitulado Reciclagem de Óleo Usado, foi criado em 2012 com o objetivo de inserir pontos de coletas de óleo de cozinha utilizado dentro do Campus Araras da Universidade. Junto à ideia veio a parceria com a Cooperativa Araras Limpa. O projeto uniu um ideal da Sustec, formada por universitários, com as carências da comunidade não acadêmica, lembra Gabriela Mauruto, presidente da empresa e aluna do curso de Biotecnologia da UFSCar. O projeto rendeu à Sustec o quarto lugar no Prêmio Bayer e a premiação trouxe não só avanços materiais e sociais para a EJ, mas também para a cooperativa, que ganhou jalecos de trabalho, bebedouros e o próprio óleo recebido sua destinação e venda ajudaram a quitar despesas internas do local. O projeto leva um pouco da UFSCar para fora dos muros da instituição e expande a visão do universitário, tirando-o da zona acadêmica e levando-o para a comunidade e para o meio social. Tivemos a oportunidade de mostrar aos nossos membros o poder que temos quando nos engajamos em algo e a importância de não internalizar o que aprendemos dentro da Universidade, esclarece Gabriela.
A estudante conta que as ações realizadas no Reciclagem de Óleo Usado deram origem a um novo projeto intitulado Sustec nas Escolas, que surgiu em 2013 e visa ensinar práticas sustentáveis às crianças de escolas municipais de Araras. A primeira atividade teve o intuito de aprofundar a visão de jovens alunos sobre o óleo e suas problemáticas ambiental e social e, consequentemente, aproximar a UFSCar desta comunidade. Como já tínhamos trabalhado essas questões dentro da Universidade, a ideia foi levar esses conhecimentos e experiências a outros públicos. Optamos pela conscientização de crianças em idade pré-escolar e escolhemos seis escolas de rede pública de Araras - EMEF Prof. Clotilde Russo , EMEF Thereza Colette Ometto, EMEF Prof. Francisco Salles Nogueira, EMEF Prof. Júlio Ridolfo, EMEIEF Ivan Inácio de Oliveira Zurita e EMEF Leonaldo Zornoff - para falar sobre o tema. Por intermédio da Prefeitura de Araras, visitamos esses locais para conversar com alunos do 5º ano, conta a presidente da empresa. Este foi o primeiro projeto de extensão abrangendo escolas públicas. Durante as atividades, percebemos que a participação dos alunos foi intensa. Eles se sentiram curiosos com o tema e com questões que envolvem a UFSCar. Sentimos que estávamos aproximando esses dois extremos, comunidade e universidade, e esse feedback momentâneo nos engajou a continuar com o projeto, a trazer novas temáticas e melhorá-lo a cada fase, completa a aluna.
Além disso, também foi criado pela empresa o Dia do E-lixo, ação relacionada a lixo eletrônico e também com foco na sustentabilidade, que teve duas edições dentro do Campus. Promovemos a conscientização sobre o tema, mostrando como a própria população pode diminuir os efeitos da poluição o que ajuda não só o meio ambiente, mas os ambientes humano e social. Também abordamos o descarte correto e a destinação do e-lixo, conta. Para isso, as duas edições do evento tiveram a participação de empresas especializadas neste tipo de resíduos, que se disponibilizaram de ir até o Campus realizar o descarte correto e a possível reutilização dos materiais, sejam eles plásticos ou metais.
Outra ação de cunho social desenvolvida pela EJ aconteceu no início de 2016. Intitulada Fios de Solidariedade, teve o objetivo de coletar mechas de cabelo para doação a instituições que fazem perucas para pessoas que tiveram câncer e passaram por tratamentos severos com consequente perda de cabelo. Tivemos um dia no qual cabeleireiras voluntárias da cidade estiveram no Campus Araras cortando os cabelos e, durante todo o restante de março, a Sustec Jr recebeu mechas avulsas. A contagem de mechas chegou a marca de 232, o que foi uma surpresa para nós. Esperamos repetir a campanha e assim beneficiar um maior número de pessoas, reforça a aluna. As mechas foram doadas para a Organização Não Governamental (ONG) paulistana Rapunzel Solidária.
Além da promoção de ações sociais, a Sustec Jr regularmente se engaja em projetos acadêmicos. Em abril, participou ativamente na organização dos 10 anos do curso de Biotecnologia da UFSCar e promoveu palestras com ex-alunos sobre temas diversos da área. Em maio, a EJ realiza o evento Sustentabilidade e Inovação, que engloba palestras sobre a temática da sustentabilidade e mostra inovações e tecnologias criadas na Universidade.
Perspectivas e oportunidades
A ampliação dos projetos sociais é um dos focos da EJ para 2016. O Sustec nas Escolas continua com novas temáticas e a ideia é abarcar outras escolas, tanto públicas como privadas, com várias faixas etárias de alunos. Esperamos agora desenvolver a ação do e-lixo dentro deste projeto. A ideia é trabalhar com a conscientização teórica e também levar a importância do descarte correto na prática, conta Gabriela. A aluna ainda enfatiza: A Sustec caminha aos poucos até atingir um público cada vez maior de imediato, a população de Araras; em seguida, a região. Acreditamos que o contato com as escolas pode nos ajudar a conscientizar também as famílias por meio das crianças. No entanto, sempre iniciamos os projetos de forma simples para que os membros aprendam a geri-los e os melhorem com o passar das gestões. Gabriela afirma que a terceira edição do E-lixo acontecerá no Campus, mas com ampla divulgação para toda a cidade de Araras. A ideia é que a população conheça melhor a UFSCar, a empresa e participe ativamente da causa.
Por fim, a presidente da Sustec, que é também aluna de graduação da UFSCar, aconselha os alunos: Não deixem de fazer parte das empresas juniores. Independente da universidade, de seu curso ou do serviço que a empresa preste, os ganhos pessoal e profissional são gigantescos. Temos uma vivência diferente do que a universidade mostra todos os dias. É uma oportunidade para colocar a mão na massa, usar a criatividade, se expressar e transformar o que foi visto em sala de aula em algo real. Essa participação nos tira da zona de conforto e nos prepara para o que está por vir depois de formado. Aprendemos como gerir pessoas e projetos, como conversar e como se comportar em diversas situações. Reservar um tempo da graduação para desenvolver projetos sociais também é fundamental, pois trazer a comunidade para dentro da Universidade e mostrar a ela que também pode fazer parte desse meio só traz benefícios, opina.
Alunos interessados em fazer parte da Sustec Jr devem ficar atentos aos processos seletivos, que acontecem todos os anos em meados de maio e junho. Oferecemos um processo bem similar ao de empresas de médio e grande porte, com dinâmicas e entrevistas bem trabalhadas e focadas no tipo ideal de membro que precisamos, explica. A empresa fica localizada em frente a entrada do Restaurante Universitário, no Campus Araras da UFSCar. Além disso, a Sustec também está aberta a parcerias. Instituições que tiverem interesse podem entrar em contato pelo email sustecjr@gmail.com. Mais informações podem ser acompanhadas pela página do Facebook da empresa, disponível em www.facebook.com/sustecjr.
A força do Movimento Empresa Júnior
O Movimento Empresa Júnior (MEJ), nascido na França em meados dos anos 1960, vem crescendo e colocando em prática o aprendizado dos alunos em micro e pequenas empresas. Segundo Guilherme Brambilla, presidente do Núcleo UFSCar Júnior (NUJ), as empresas juniores carregam o nome da universidade. Nesse sentido, o respaldo acadêmico é muito importante para essas empresas e o impacto de um projeto pode render frutos para a própria universidade, com investimentos privados e aumento à estabilização da marca dentro da região situada, afirma. Segundo o presidente, o MEJ é como uma escola, já que logo no início os alunos engajados têm contato direto com conceitos do curso e com o mercado de trabalho. A experiência de lidar com clientes e stakeholders ainda bem jovens e ter um contato com a gestão organizacional e com cargos de liderança são fatores importantes para os discentes. Além disso, o Movimento é bem visto pelo mercado de trabalho e podem aumentar as chances do aluno conseguir uma boa oportunidade ao se formar, ressalta Guilherme.
Para a professora Marta, o envolvimento de alunos de graduação em empresas juniores da Universidade é benéfico em vários sentidos. Os alunos constroem uma dinâmica de trabalho que possibilita agregar novos subsídios para sua formação acadêmica. Com isso, já começam a se deparar com desafios que poderiam surgir somente após a graduação, como também se deparam com estruturas muito semelhantes às empresas existentes no país, observa. Além disso, a docente ressalta que, embora a participação na empresa júnior pelos discentes seja voluntária, os que se engajam já conseguem se defrontar com uma dinâmica de trabalho muito semelhante à dinâmica encontrada fora da Universidade. Isso desperta características de liderança em seus membros. Especificamente na Sustec Jr, os discentes estão engajados em várias frentes relativas à sustentabilidade, o que ainda promove um crescimento multidisciplinar, reforça Marta.
Na opinião de Guilherme, atitudes empreendedoras são extremamente bem vistas no mercado de trabalho. Fomentar essas práticas no início da carreira faz com que a maturidade desses alunos seja muito maior no momento de encontrar um primeiro emprego e compreender as operações gerais de uma empresa. As empresas juniores apresentam configurações enxutas e, por isso, o empresário júnior possui uma visão holística das organizações, facilitando sua adaptação à situações futuras quando inserido no mercado, opina.
Marta acredita que as empresas juniores se configuram em mais uma forma de organização e de atuação do corpo discente, juntamente com o corpo docente da Universidade, para que se desenvolvam projetos que apliquem o conhecimento adquirido. Nesse sentido, são ações que visam a comunidade, tanto interna como externa (extensão), baseados em estudos prévios para a resolução de problemas (pesquisa) e sustentadas pelo conhecimento adquirido nas aulas (ensino), explica.
Atualmente, a UFSCar conta com 25 EJs atuando nas diversas áreas e cursos, sendo 16 empresas no Campus São Carlos, sete em Sorocaba e duas no Campus Araras. Mais informações sobre as EJs da Universidade podem ser conferidas no Facebook do NUJ, em www.facebook.com/NucleoUFSCarJunior.
25/04/2016
13:00:00
01/05/2016
0:01:00
Adriana Arruda
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Sustec e Cooperativa Araras Limpa realizam projeto Reciclagem de Óleo Usado.Foto:Divulgação Sustec
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