Pesquisadores da UFSCar auxiliam na restauração florestal em Parque Estadual
Araras, Sorocaba, São Carlos
Com o intuito de testar técnicas para a restauração de fragmentos florestais degradados no Parque Estadual de Vassununga (PEV), localizado na cidade de Santa Rita do Passa Quatro (SP), o Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da UFSCar desenvolve um projeto que engloba atividades de pesquisa e extensão. Coordenado pelo professor Ricardo Viani, docente do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA), integrante do Laboratório de Silvicultura e Pesquisas Florestais (LASPEF) e do Grupo de Estudos em Silvicultura e Floresta (GESF) da Universidade, o estudo foi instaurado em julho de 2014. Embora seja conhecido por abrigar um dos maiores exemplares de jequitibá-rosa do País que é sua principal atração , o PEV possui trechos expostos às margens da rodovia Anhanguera que estão degradados e demandam ações para recuperação. São áreas impactadas por um grande incêndio ocorrido em 1975 e que possuem estrutura florestal alterada, com excesso de lianas e trepadeiras que encobrem as árvores.
O projeto, que prevê a restauração de 10,46 hectares de florestas no Parque, surgiu a partir de condicionantes ambientais no caso, a reposição florestal referentes ao licenciamento federal do Sistema de Escoamento Dutoviário de Etanol referente ao Trecho entre o Terminal Terrestre de Ribeirão Preto (TTRP) e a Refinaria do Planalto Paulista (REPLAN), em Paulínia, ressalta Adolfo Yustas, coordenador de licenciamentos da Logum Logística S.A., empresa envolvida neste projeto e responsável pela construção e operação do Sistema Logístico de Etanol que envolverá transportes multimodais: dutos, hidrovias (barcaças), rodovias (caminhões-tanques) e cabotagem (navios). A atividade é realizada em conjunto com algumas instituições, dentre elas a própria UFSCar; as empresas Logum Logística e Geoflor, que oferece serviço especializado em consultoria ambiental; a Fundação Florestal, órgão do governo estadual vinculado à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo que administra o PEV; o Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP); e o Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (IPEF).
Com esta parceria, cada instituição tem o seu papel específico. O manejo em campo controle de lianas, plantio de espécies, manutenção e limpeza das áreas é desenvolvido pela empresa Geoflor Consultoria Florestal, executora do projeto contratada pela Logum, explica Adolfo. Enquanto isso, a UFSCar e a USP conduzem as pesquisas que são feitas com a participação de docentes e alunos de graduação e pós-graduação. As universidades também avaliam periodicamente o desenvolvimento das atividades previstas para o andamento geral do projeto, completa o professor Viani.
Do ponto de vista de pesquisa, o docente ressalta que o intuito é gerar informações sobre como restaurar e recuperar os trechos de florestas remanescentes que estão degradados e com frequência tomados por trepadeiras que crescem sobre árvores. Essas florestas têm o papel de conservação da biodiversidade e de geração de serviços ecossistêmicos como fixação de carbono que estão comprometidos, avalia. O docente explica que estes danos ambientais são geralmente compensados com plantios de árvores, que nem sempre são bem-sucedidos. Achamos que se o conhecimento técnico e científico para o manejo de florestas degradadas for avançado, é possível obter melhores resultados de conservação da biodiversidade e geração de serviços ecossistêmicos. Há, portanto, muita aplicação prática a partir dos resultados que surgirão, ressalta Viani.
Participação e engajamento dos alunos
O projeto de pesquisa e extensão conta com o envolvimento de seis alunos da UFSCar, incluindo estudantes de graduação e de mestrado pertencentes ao GESF. Isaí Euán Chi é natural do México e veio para o Brasil em 2014 cursar mestrado em Agricultura e Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA), do CCA. O aluno atua na área de manejo de trepadeiras. Minhas atividades incluem a caracterização quantitativa e fitossociológica das trepadeiras, bem como a avaliação da resposta delas ao corte em estações chuvosa e seca, visando a restauração do dossel arbóreo no fragmento florestal degradado, explica. Segundo o aluno, sua escolha por ter vindo cursar mestrado no Brasil, mais especificamente na UFSCar, se deu por conta da excelência da Universidade. Este foi um fator decisivo para mim. Além disso, o Estado de São Paulo é forte na área da agricultura e eu sempre quis aprender mais sobre os processos e a forma de agricultura do Estado e do País. Compartilhar conhecimentos com professores bem preparados é uma das melhores experiências, assim como participar de eventos acadêmicos. Aliado a isso, ainda conheço uma cultura diferente, o que me faz valorizar ainda mais minhas origens, ressalta. Para ele, a grande diversidade ambiental é um dos maiores atrativos do Brasil. No entanto, com o aumento da degradação de áreas ambientais, os estudos sobre seu efeitos na natureza são imprescindíveis para buscarmos soluções ou, ao menos, minimizar tais danos, completa.
Dentre os aprendizados obtidos no projeto do PEV, o estudante destaca o trabalho em equipe e o aumento do conhecimento em sua área de atuação. A participação dos alunos em trabalho de campo é fundamental para a consolidação do que vimos em sala de aula, já que é possível enxergar melhor a realidade dos problemas, sejam eles ambientais, sociais ou econômicos, conta Isaí. Natan Vieira Silva, aluno do curso de Engenharia Agronômica do Campus Araras, concorda que o trabalho em equipe foi algo valioso neste projeto. Trabalhar com pessoas de diversas áreas de atuação, bem como encontrar e produzir resultados juntos, auxiliou a complementar minha formação, ressalta. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante teve como base a sua experiência no projeto do PEV. Acompanhei todas as atividades no Parque desde a pesquisa dos alunos de graduação e pós-graduação, passando pelo o monitoramento das atividades referentes ao plantio de espécies arbóreas no interior da floresta e na bordadura, até o monitoramento do controle de trepadeiras hiperabundantes, conta.
O estudante acredita que realizar estágios dentro e fora da universidade é importante para que os alunos descubram o que os agrada e com o que desejam trabalhar após a graduação. Meu conselho para quem está entrando agora na universidade ou ainda está indeciso com a área que atue é: tente várias atividades. Não tenha medo de mudar só porque alguém falou que na área que você está há mais oportunidades de trabalho ou que você estará desperdiçando todo o conhecimento aprendido. Com certeza, esse conhecimento será útil em sua nova área e só trará benefícios, argumenta Natan. Na opinião do professor Viani, os benefícios aos alunos que atuam como estagiários ou bolsistas no âmbito do projeto envolve o desenvolvimento e a coordenação de atividades práticas na área florestal, bem como o acompanhamento, no dia a dia, de um projeto de campo. É algo que, sem dúvida, gera maturidade e prepara para o futuro exercício profissional, opina o professor.
Benefícios e perspectivas da parceria universidade-empresa
Na opinião de Fabrício Pinheiro da Cunha, gestor da Fundação Florestal, a parceria do Parque Estadual de Vassununga com universidades ou outras instituições de pesquisa é de extrema importância. É possível, em conjunto, produzir conhecimentos básicos e aplicados que atendam as demandas diretas ou indiretas determinadas nos diversos programas dos Planos de Manejo das Unidades. O Parque é um laboratório vivo que, sob experimentação científica e sistemática, pode e deve gerar uma aplicação direta nas ações de gestão e manejo em prol da efetividade da conservação de sua biota e dos seus bens naturais. Por outro lado, para as empresas, a parceria com universidades sérias para a execução das compensações ambientais fornece segurança na qualidade do desenvolvimento e da conclusão dos projetos, ressalta. O professor Viani concorda e acredita que projetos em conjunto fortalecem cada vez mais as iniciativas. As demandas de pesquisa originadas dessas parcerias geralmente têm problemas práticos reais, que demandam geração de conhecimento. Considero a parceria benéfica e inovadora porque, fruto do papel dos diferentes participantes, parte do recurso destinado à compensação ambiental é aplicado em pesquisa para melhorar futuras compensações, afirma Viani.
A expectativa do projeto para os próximos anos é dar continuidade a técnicas que, se forem bem sucedidas, poderão ser replicadas em outras áreas do parque e em outras florestas da região e unidades de conservação com problemas semelhantes. Para Fabrício, a ideia é que a atividade ajude a responder questões ecológicas da restauração de fragmentos florestais de Florestas Estacionais Semideciduais (Mata Atlântica de interior). Também esperamos que a sua aplicação permita elevar a qualidade das matas, isto é, a promoção da estrutura do dossel, da diversidade florística, da diversidade de habitats e da diversidade de recursos em menor tempo e menor investimento de recursos financeiros e que a sua aplicação possa ser estendida a todas as bordas de fragmentos do PEV, demais unidades de paulistas protegidas pela Fundação Florestal e, também, em demais áreas florestais públicas ou privadas, protegidas ou não, com problemas semelhantes, ressalta. Adolfo também acredita que o projeto possa obter amplos resultados. Espera-se gerar subsídios técnico-científicos para que o restante do PEV possa ser devidamente restaurado no futuro e para que a restauração de fragmentos florestais degradados possa ser indicada, por órgãos licenciadores, como medida de reposição florestal, afirma.
O gestor da Fundação Florestal, Fabrício, destaca ainda que este é um projeto pioneiro de compensação ambiental em Unidades de Conservação tanto pelo tamanho da área, 10,46 hectares, como por ser de longo prazo seis anos, podendo se estender por 10 ou mais. Na opinião de Viani, a ideia é que o projeto continue mesmo após os seis anos iniciais. Na ecologia e na área florestal, resultados mais robustos dependem de um longo tempo de observação e estamos empenhados em continuar as pesquisas por um longo prazo, justifica.
Para o Campus Araras e para a UFSCar como um todo, pesquisas realizadas em ambientes externos à Universidade trazem benefícios mútuos, como ressalta Viani: A ciência não tem fronteiras e, neste contexto, pesquisas fora da Universidade e com participação de outros setores da sociedade devem sempre existir. Como professor e pesquisador, me sinto gratificado por realizar, neste projeto, parte da minha função, que é gerar conhecimentos para além da Universidade conhecimento básico, para melhor compreendermos como nossas florestas estão e funcionam, e também aplicado, para que possa ser diretamente usado pela sociedade para melhor conservar e manejar seus recursos naturais, finaliza.
O projeto, que prevê a restauração de 10,46 hectares de florestas no Parque, surgiu a partir de condicionantes ambientais no caso, a reposição florestal referentes ao licenciamento federal do Sistema de Escoamento Dutoviário de Etanol referente ao Trecho entre o Terminal Terrestre de Ribeirão Preto (TTRP) e a Refinaria do Planalto Paulista (REPLAN), em Paulínia, ressalta Adolfo Yustas, coordenador de licenciamentos da Logum Logística S.A., empresa envolvida neste projeto e responsável pela construção e operação do Sistema Logístico de Etanol que envolverá transportes multimodais: dutos, hidrovias (barcaças), rodovias (caminhões-tanques) e cabotagem (navios). A atividade é realizada em conjunto com algumas instituições, dentre elas a própria UFSCar; as empresas Logum Logística e Geoflor, que oferece serviço especializado em consultoria ambiental; a Fundação Florestal, órgão do governo estadual vinculado à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo que administra o PEV; o Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP); e o Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (IPEF).
Com esta parceria, cada instituição tem o seu papel específico. O manejo em campo controle de lianas, plantio de espécies, manutenção e limpeza das áreas é desenvolvido pela empresa Geoflor Consultoria Florestal, executora do projeto contratada pela Logum, explica Adolfo. Enquanto isso, a UFSCar e a USP conduzem as pesquisas que são feitas com a participação de docentes e alunos de graduação e pós-graduação. As universidades também avaliam periodicamente o desenvolvimento das atividades previstas para o andamento geral do projeto, completa o professor Viani.
Do ponto de vista de pesquisa, o docente ressalta que o intuito é gerar informações sobre como restaurar e recuperar os trechos de florestas remanescentes que estão degradados e com frequência tomados por trepadeiras que crescem sobre árvores. Essas florestas têm o papel de conservação da biodiversidade e de geração de serviços ecossistêmicos como fixação de carbono que estão comprometidos, avalia. O docente explica que estes danos ambientais são geralmente compensados com plantios de árvores, que nem sempre são bem-sucedidos. Achamos que se o conhecimento técnico e científico para o manejo de florestas degradadas for avançado, é possível obter melhores resultados de conservação da biodiversidade e geração de serviços ecossistêmicos. Há, portanto, muita aplicação prática a partir dos resultados que surgirão, ressalta Viani.
Participação e engajamento dos alunos
O projeto de pesquisa e extensão conta com o envolvimento de seis alunos da UFSCar, incluindo estudantes de graduação e de mestrado pertencentes ao GESF. Isaí Euán Chi é natural do México e veio para o Brasil em 2014 cursar mestrado em Agricultura e Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA), do CCA. O aluno atua na área de manejo de trepadeiras. Minhas atividades incluem a caracterização quantitativa e fitossociológica das trepadeiras, bem como a avaliação da resposta delas ao corte em estações chuvosa e seca, visando a restauração do dossel arbóreo no fragmento florestal degradado, explica. Segundo o aluno, sua escolha por ter vindo cursar mestrado no Brasil, mais especificamente na UFSCar, se deu por conta da excelência da Universidade. Este foi um fator decisivo para mim. Além disso, o Estado de São Paulo é forte na área da agricultura e eu sempre quis aprender mais sobre os processos e a forma de agricultura do Estado e do País. Compartilhar conhecimentos com professores bem preparados é uma das melhores experiências, assim como participar de eventos acadêmicos. Aliado a isso, ainda conheço uma cultura diferente, o que me faz valorizar ainda mais minhas origens, ressalta. Para ele, a grande diversidade ambiental é um dos maiores atrativos do Brasil. No entanto, com o aumento da degradação de áreas ambientais, os estudos sobre seu efeitos na natureza são imprescindíveis para buscarmos soluções ou, ao menos, minimizar tais danos, completa.
Dentre os aprendizados obtidos no projeto do PEV, o estudante destaca o trabalho em equipe e o aumento do conhecimento em sua área de atuação. A participação dos alunos em trabalho de campo é fundamental para a consolidação do que vimos em sala de aula, já que é possível enxergar melhor a realidade dos problemas, sejam eles ambientais, sociais ou econômicos, conta Isaí. Natan Vieira Silva, aluno do curso de Engenharia Agronômica do Campus Araras, concorda que o trabalho em equipe foi algo valioso neste projeto. Trabalhar com pessoas de diversas áreas de atuação, bem como encontrar e produzir resultados juntos, auxiliou a complementar minha formação, ressalta. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do estudante teve como base a sua experiência no projeto do PEV. Acompanhei todas as atividades no Parque desde a pesquisa dos alunos de graduação e pós-graduação, passando pelo o monitoramento das atividades referentes ao plantio de espécies arbóreas no interior da floresta e na bordadura, até o monitoramento do controle de trepadeiras hiperabundantes, conta.
O estudante acredita que realizar estágios dentro e fora da universidade é importante para que os alunos descubram o que os agrada e com o que desejam trabalhar após a graduação. Meu conselho para quem está entrando agora na universidade ou ainda está indeciso com a área que atue é: tente várias atividades. Não tenha medo de mudar só porque alguém falou que na área que você está há mais oportunidades de trabalho ou que você estará desperdiçando todo o conhecimento aprendido. Com certeza, esse conhecimento será útil em sua nova área e só trará benefícios, argumenta Natan. Na opinião do professor Viani, os benefícios aos alunos que atuam como estagiários ou bolsistas no âmbito do projeto envolve o desenvolvimento e a coordenação de atividades práticas na área florestal, bem como o acompanhamento, no dia a dia, de um projeto de campo. É algo que, sem dúvida, gera maturidade e prepara para o futuro exercício profissional, opina o professor.
Benefícios e perspectivas da parceria universidade-empresa
Na opinião de Fabrício Pinheiro da Cunha, gestor da Fundação Florestal, a parceria do Parque Estadual de Vassununga com universidades ou outras instituições de pesquisa é de extrema importância. É possível, em conjunto, produzir conhecimentos básicos e aplicados que atendam as demandas diretas ou indiretas determinadas nos diversos programas dos Planos de Manejo das Unidades. O Parque é um laboratório vivo que, sob experimentação científica e sistemática, pode e deve gerar uma aplicação direta nas ações de gestão e manejo em prol da efetividade da conservação de sua biota e dos seus bens naturais. Por outro lado, para as empresas, a parceria com universidades sérias para a execução das compensações ambientais fornece segurança na qualidade do desenvolvimento e da conclusão dos projetos, ressalta. O professor Viani concorda e acredita que projetos em conjunto fortalecem cada vez mais as iniciativas. As demandas de pesquisa originadas dessas parcerias geralmente têm problemas práticos reais, que demandam geração de conhecimento. Considero a parceria benéfica e inovadora porque, fruto do papel dos diferentes participantes, parte do recurso destinado à compensação ambiental é aplicado em pesquisa para melhorar futuras compensações, afirma Viani.
A expectativa do projeto para os próximos anos é dar continuidade a técnicas que, se forem bem sucedidas, poderão ser replicadas em outras áreas do parque e em outras florestas da região e unidades de conservação com problemas semelhantes. Para Fabrício, a ideia é que a atividade ajude a responder questões ecológicas da restauração de fragmentos florestais de Florestas Estacionais Semideciduais (Mata Atlântica de interior). Também esperamos que a sua aplicação permita elevar a qualidade das matas, isto é, a promoção da estrutura do dossel, da diversidade florística, da diversidade de habitats e da diversidade de recursos em menor tempo e menor investimento de recursos financeiros e que a sua aplicação possa ser estendida a todas as bordas de fragmentos do PEV, demais unidades de paulistas protegidas pela Fundação Florestal e, também, em demais áreas florestais públicas ou privadas, protegidas ou não, com problemas semelhantes, ressalta. Adolfo também acredita que o projeto possa obter amplos resultados. Espera-se gerar subsídios técnico-científicos para que o restante do PEV possa ser devidamente restaurado no futuro e para que a restauração de fragmentos florestais degradados possa ser indicada, por órgãos licenciadores, como medida de reposição florestal, afirma.
O gestor da Fundação Florestal, Fabrício, destaca ainda que este é um projeto pioneiro de compensação ambiental em Unidades de Conservação tanto pelo tamanho da área, 10,46 hectares, como por ser de longo prazo seis anos, podendo se estender por 10 ou mais. Na opinião de Viani, a ideia é que o projeto continue mesmo após os seis anos iniciais. Na ecologia e na área florestal, resultados mais robustos dependem de um longo tempo de observação e estamos empenhados em continuar as pesquisas por um longo prazo, justifica.
Para o Campus Araras e para a UFSCar como um todo, pesquisas realizadas em ambientes externos à Universidade trazem benefícios mútuos, como ressalta Viani: A ciência não tem fronteiras e, neste contexto, pesquisas fora da Universidade e com participação de outros setores da sociedade devem sempre existir. Como professor e pesquisador, me sinto gratificado por realizar, neste projeto, parte da minha função, que é gerar conhecimentos para além da Universidade conhecimento básico, para melhor compreendermos como nossas florestas estão e funcionam, e também aplicado, para que possa ser diretamente usado pela sociedade para melhor conservar e manejar seus recursos naturais, finaliza.
23/05/2016
13:00:00
30/05/2016
0:01:00
Adriana Arruda
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Pesquisadores da UFSCar em trabalho de campo no Parque Estadual de Vassununga. Foto: Divulgação
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