Renato Ortiz discute o conceito de modernidade-mundo em palestra

São Carlos
Professor da Unicamp aborda o tema nesta quarta-feira, a partir das 10 horas, no DS
No dia 1º de junho, quarta-feira, às 10 horas, o Programa de Pós-Graduação em Sociologia e o Departamento de Sociologia recebem o professor Renato José Pinto Ortiz, da Unicamp, para ministrar a palestra "Universalismo e diversidade". O evento, que integra as Quartas Sociológicas, é baseado no livro de Ortiz “Universalismo e diversidade: contradições da modernidade-mundo”, publicado pela Editora Boitempo.

Ortiz também é autor de livros como "Cultura Brasileira e Identidade Nacional", "A Moderna Tradição Brasileira", Mundialização e Cultura", "O Próximo e o Distante: Japão e modernidade-mundo", "Mundialização: saberes e crenças", "A Diversidade dos Sotaques: o inglês e as ciências sociais", todos da Editora Brasiliense.

Ortiz é graduado em Sociologia pela Universite de Paris VIII, mestre em Sociologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e doutor em Sociologia/Antropologia pela mesma École.

A palestra ocorre no Auditório do Departamento de Sociologia, localizado na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. Não é necessário inscrição.

Sobre o tema
De acordo com o resumo do livro, escrito pela professora da USP Olgária Chain Feres Matos, "Universalismo e Diversidade" procede a uma genealogia do conceito de globalização, reconstruindo o campo teórico e os métodos que formaram esse conceito, bem como suas implicações na vida social. Em vez da ideia de globalização, Renato Ortiz prefere “modernidade-mundo”, a fim de compreender o processo no qual se inverteram valores e se dissolveram modos de vida e tradições.

Para Ortiz, a universalização do industrialismo e a predominância da técnica, a aceleração do tempo da produção e do mercado, com sua potência de liquidação de tradições e valores, traz para o primeiro plano a “experiência do tempo” e da “diversidade” – nacional, cultural, sexual, religiosa, histórica. Disso resultam as aporias do universal e do particular, o universal – comum e acessível a todos – rumando para o universalismo homogeneizador e intolerante das diferenças, e a diferença tendendo ao relativismo corporativista e privatizante, a que subjaz a problematização da experiência democrática, convertendo-se a cidadania em “identidades”, direitos universais legislados cada vez mais no particular, a democracia tornando-se vulnerável a lobbies e grupos de pressão.
31/05/2016
13:00:00
02/06/2016
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Denise Britto
Não
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Estudante, Docente/TA, Visitante
Renato Ortiz discute o conceito de modernidade-mundo em palestra.
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