DEMa e PPGCEM são premiados no 60° Congresso Brasileiro de Cerâmica

São Carlos
Um trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) e no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) da UFSCar recebeu o Prêmio de Segundo Melhor Trabalho do 60º Congresso da ABC, que ocorreu de 15 a 18 de maio. No evento, foram apresentados cerca de 450 trabalhos técnicos nas mais diversas áreas de atuação em cerâmicas tradicionais e avançadas.

O estudo premiado tem a autoria do doutorando do PPGCEM, José Rodriguez Muñoz Hoyos, do docente do Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Eriton Rodrigo Botero, do docente do Departamento de Física da UFSCar, Ducinei Garcia, e da docente do DEMa, Ruth Kiminami. O estudo apresenta resultados da pesquisa em síntese química in situ pelo método Pechini de pós cerâmicos multifuncionais magnetoelétricos. Intitulada “Síntese in situ pelo método Pechini de compósitos magnetoelétricos de SBN61/NFO e quantificação das fases por refinamento de Rietveld”, a pesquisa é desenvolvida desde 2012, como tema de doutorado e de iniciação científica, inseridos em um projeto Temático financiado pela Fapesp.

Segundo a professora Ruth, os compósitos magnetoelétricos livres de chumbo enfocados na pesquisa podem ser aplicados como sensores e atuadores. "Entre os dispositivos de um sistema, os atuadores são aqueles que para um determinado sinal de estímulo realizam trabalho sobre o sistema. Ou seja, são elementos ativos, diferentemente dos sensores, que são passivos”. Segundo a docente, há várias aplicações de sensores e atuadores magnetoelétricos na indústria de automação e controle para áreas estratégicas como a biomédica e aeroespacial. Por exemplo, um atuador magnetoelétrico poderia ser usado para a administração remota de drogas dentro do corpo humano.", exemplifica Ruth.

O diferencial da pesquisa, de acordo com a docente, foi o método de síntese utilizado. “O método 'In situ por Pechini' foi desenvolvido para preparar duas fases (SBN e NFO) simultaneamente em uma única reação, com controle da homogeneidade química, morfológica e granulométrica dos pós, garantindo, assim, o controle da microestrutura e propriedades finais do material”, explica Ruth. Segundo ela, normalmente o método de preparação de compósitos magnetoelétricos, até hoje, tem sido o de mistura mecânica, na qual duas fases constituintes, na forma de pó, obtidas separadamente são misturadas em moinhos, que comprometem a qualidade do material.

“O desafio maior foi preparar nanomateriais com propriedades magnetoelétricas, de materiais multifuncionais, que podem ter propriedades elétricas ou magnéticas. Então, esse prêmio é um reconhecimento das atividades de pesquisa e de pesquisas de ponta que são realizadas no Brasil na área da Cerâmica”, avalia Ruth.
23/06/2016
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04/07/2016
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Denise Britto
Não
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Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Pesquisa desenvolvida na UFSCar conquista prêmio em Congresso.
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