ConsUni outorga o título de Professora Emérita a Tânia Pellegrini
São Carlos
O Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar outorgou na última quinta-feira (20/10) o título de Professora Emérita a Tânia Pellegrini, que ingressou na Universidade como docente do Departamento de Letras (DL) em 1997 e é, atualmente, Professora Sênior junto aos programas de pós-graduação em Estudos de Literatura (PPGLit) do qual foi idealizadora e primeira Coordenadora e em Sociologia (PPGS).
Durante a sessão solene de outorga do título, Jorge Vicente Valentim, também docente do DL, fez a saudação à homenageada, durante a qual registrou que, mesmo após a aposentadoria, Tânia Pellegrini nunca interrompeu suas atividades na UFSCar, e que "todos os seus passos estão comprometidos com a formação de jovens pesquisadores e professores". Ainda em relação aos processos de formação, o orador compartilhou com os presentes o fato de que muitos dos ex-alunos e orientandos da homenageada compõem hoje os quadros docentes de universidades por todo o País, incluindo a UFSCar, e destacou também sua contribuição à projeção nacional e internacional da UFSCar, do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) e do DL e, muito especialmente, ao respeito obtido pela área de Estudos da Literatura da UFSCar em vários países. Valentim também abordou a excelência da pesquisa desenvolvida pela homenageada e a relevância das atividades de extensão a ela associadas, os prêmios recebidos e o seu "compromisso com a vida coletiva e comunitária da UFSCar". "Se hoje a área de Estudos da Literatura da UFSCar é um grupo sólido, um campo consolidado no cenário nacional e internacional, devemos muito ao trabalho infatigável de nossa homenageada", afirmou, destacando também a característica de Pellegrini de zelar pelo "cuidado com o lado humano sem abrir mão da excelência e da unidade de seu trabalho acadêmico".
Em seu pronunciamento, a homenageada falou sobre a literatura e seu poder de transformar o mundo, traçando um paralelo entre o período da Ditadura Militar brasileira, durante a qual Pellegrini cursou a graduação em Letras, e o momento atual do País, quando temos "a dolorosa certeza de ser preciso enfrentar mais uma vez os mesmos inimigos de antes, apenas com uniformes diferentes". A professora registrou como rapidamente percebeu, como recém-formada, que a literatura era "a arma mais poderosa que eu tinha naquela conjuntura", mas também que ela "sozinha não transforma o mundo, são necessários atos". "Se textos não são armas suficientes para mudar os fatos, podem tocar as mentes e levá-las a transformar palavras em atos", afirmou.
Tânia Pellegrini também resgatou a frase repetida por uma professora durante os seus anos na graduação, que dizia ser necessário "cultivar os nossos jardins interiores", lembrança a partir da qual afirmou, novamente estabelecendo relações com o momento presente: "Meu caminho já foi trilhado, sempre acreditando que haverá um futuro melhor para o nosso país, em que os jardins interiores da Cultura, da Arte e da Literatura não sejam soterrados por botas ou sapatos de bico fino antes de se tornarem criticamente exteriores e coletivos". Para concluir, a Professora Emérita afirmou querer deixar aos presentes uma "última semente. A certeza de que cabe a nós, enquanto sujeitos, dar aos nossos jardins interiores o sentido certo da causa certa, o sentido político coletivo, o sentido verdadeiramente histórico. A literatura é o veículo privilegiado de todos os credos, valores e causas e, por isso, sempre transmite a ideia de que somos acima de tudo sujeitos da história, e não seu objeto. De uma história cujo lugar não é o tempo homogêneo e vazio, o tempo saturado, imóvel e indefinidamente presente, mas um tempo ativo, semeado antes, que floresce hoje, para frutificar depois".
O Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, encerrou a cerimônia registrando como a outorga do título de Professora Emérita a Tânia Pellegrini honra, sobretudo, a própria Universidade, ao tornar a homenageada um símbolo da Instituição, e destacou a satisfação de poder prestar tal homenagem no marco das comemorações dos 20 anos do curso de graduação em Letras e dos 5 anos do PPGLit. O dirigente também destacou as relações entre as contribuições da homenageada e o momento atualmente vivido pelo País, sua relevância como "alimento ao papel que a Universidade deve desempenhar de resistência e, assim, de defesa da possibilidade de construção de um futuro melhor".
Além de Araújo Filho e da homenageada, compuseram a mesa de honra da cerimônia o Vice-Reitor da UFSCar, Adilson de Oliveira; o Chefe do DL, Antón Castro Miguéz; e a Diretora do CECH, Wanda Aparecida Machado Hoffmann. Tânia Pellegrini foi conduzida à mesa pela Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSCar, Débora Cristina Morato Pinto, representando os conselheiros do ConsUni.
Durante a sessão solene de outorga do título, Jorge Vicente Valentim, também docente do DL, fez a saudação à homenageada, durante a qual registrou que, mesmo após a aposentadoria, Tânia Pellegrini nunca interrompeu suas atividades na UFSCar, e que "todos os seus passos estão comprometidos com a formação de jovens pesquisadores e professores". Ainda em relação aos processos de formação, o orador compartilhou com os presentes o fato de que muitos dos ex-alunos e orientandos da homenageada compõem hoje os quadros docentes de universidades por todo o País, incluindo a UFSCar, e destacou também sua contribuição à projeção nacional e internacional da UFSCar, do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) e do DL e, muito especialmente, ao respeito obtido pela área de Estudos da Literatura da UFSCar em vários países. Valentim também abordou a excelência da pesquisa desenvolvida pela homenageada e a relevância das atividades de extensão a ela associadas, os prêmios recebidos e o seu "compromisso com a vida coletiva e comunitária da UFSCar". "Se hoje a área de Estudos da Literatura da UFSCar é um grupo sólido, um campo consolidado no cenário nacional e internacional, devemos muito ao trabalho infatigável de nossa homenageada", afirmou, destacando também a característica de Pellegrini de zelar pelo "cuidado com o lado humano sem abrir mão da excelência e da unidade de seu trabalho acadêmico".
Em seu pronunciamento, a homenageada falou sobre a literatura e seu poder de transformar o mundo, traçando um paralelo entre o período da Ditadura Militar brasileira, durante a qual Pellegrini cursou a graduação em Letras, e o momento atual do País, quando temos "a dolorosa certeza de ser preciso enfrentar mais uma vez os mesmos inimigos de antes, apenas com uniformes diferentes". A professora registrou como rapidamente percebeu, como recém-formada, que a literatura era "a arma mais poderosa que eu tinha naquela conjuntura", mas também que ela "sozinha não transforma o mundo, são necessários atos". "Se textos não são armas suficientes para mudar os fatos, podem tocar as mentes e levá-las a transformar palavras em atos", afirmou.
Tânia Pellegrini também resgatou a frase repetida por uma professora durante os seus anos na graduação, que dizia ser necessário "cultivar os nossos jardins interiores", lembrança a partir da qual afirmou, novamente estabelecendo relações com o momento presente: "Meu caminho já foi trilhado, sempre acreditando que haverá um futuro melhor para o nosso país, em que os jardins interiores da Cultura, da Arte e da Literatura não sejam soterrados por botas ou sapatos de bico fino antes de se tornarem criticamente exteriores e coletivos". Para concluir, a Professora Emérita afirmou querer deixar aos presentes uma "última semente. A certeza de que cabe a nós, enquanto sujeitos, dar aos nossos jardins interiores o sentido certo da causa certa, o sentido político coletivo, o sentido verdadeiramente histórico. A literatura é o veículo privilegiado de todos os credos, valores e causas e, por isso, sempre transmite a ideia de que somos acima de tudo sujeitos da história, e não seu objeto. De uma história cujo lugar não é o tempo homogêneo e vazio, o tempo saturado, imóvel e indefinidamente presente, mas um tempo ativo, semeado antes, que floresce hoje, para frutificar depois".
O Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, encerrou a cerimônia registrando como a outorga do título de Professora Emérita a Tânia Pellegrini honra, sobretudo, a própria Universidade, ao tornar a homenageada um símbolo da Instituição, e destacou a satisfação de poder prestar tal homenagem no marco das comemorações dos 20 anos do curso de graduação em Letras e dos 5 anos do PPGLit. O dirigente também destacou as relações entre as contribuições da homenageada e o momento atualmente vivido pelo País, sua relevância como "alimento ao papel que a Universidade deve desempenhar de resistência e, assim, de defesa da possibilidade de construção de um futuro melhor".
Além de Araújo Filho e da homenageada, compuseram a mesa de honra da cerimônia o Vice-Reitor da UFSCar, Adilson de Oliveira; o Chefe do DL, Antón Castro Miguéz; e a Diretora do CECH, Wanda Aparecida Machado Hoffmann. Tânia Pellegrini foi conduzida à mesa pela Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSCar, Débora Cristina Morato Pinto, representando os conselheiros do ConsUni.
26/10/2016
12:00:00
28/11/2016
0:01:00
Mariana Pezzo
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Tânia Pellegrini recebe título do Reitor da UFSCar. Foto: Mariana Pezzo
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